Toshihiro Kondo, o presidente da Nihon Falcom Corporation esteve em conversa com diversos sites e durante as entrevistas um dos assuntos mais pertinentes o estado atual da série The Legend of Heroes.
Kondo explicou que vez de concentrar todas as perspetivas de The Legend of Heroes: Trails beyond the Horizon através dos olhos de Van, a Nihon Falcom Corporation optou por uma abordagem com vários protagonistas para permitir explorar diferentes instâncias da história em simultâneo. Cada personagem oferece um contexto único para os eventos globais em desenvolvimento que incluem agitação política, avanços tecnológicos e tensões crescentes ligadas à religião e ao poder.
A decisão de trazer de volta personagens, tais como Kevin ou Rean não se trataram apenas de fan service. Por exemplo, o surgimento de Kevin foi meticulosamente pensado para unir várias pontas soltas que aguardam respostas durante anos, especialmente os assuntos relacionados com organizações como a Igreja Septiana e a misteriosa Sociedade Ouroboros. Cada rota permitiu à sua equipa explorar novos temas, enquanto honrou as dinâmicas de personagens que tornaram a série um sucesso entre os fãs desde o início.
Nos bastidores, a Nihon Falcom Corporation está muito consciente dos desafios de manter a coerência narrativa da série. Existem documentos internos sobre a mitologia da série, mas o verdadeiro elemento unificador é a própria equipa, muitos dos quais trabalham na mesma por décadas. Manter a equipa motivada e criativamente envolvida tornou-se tão crucial como manter a complexa rede narrativa da série.
Claro que uma série que atravessa décadas pode gerar fadiga, por isso Kondo permite que membros da equipa se afastem temporariamente quando acharem necessário. Por exemplo, o sistema de pesca em The Legend of Heroes: Trails through Daybreak II foi desenvolvido por um novo membro da equipa. Enquanto, Ys X: Nordics vai incluir uma missão secundária escrita inteiramente pela secretária de Kondo, que transformou a oportunidade num arco narrativo muito apreciado pelos fãs. Kondo também afirmou que os livros e minijogos dentro do universo da série são frequentemente utilizados como terreno de testes para novas ideias ou talentos emergentes.
A versão de The Legend of Heroes: Trails beyond the Horizon para a Nintendo Switch 2 reflete uma ambição técnica renovada para a série. Kondo observou que as especificações melhoradas da nova consola da Nintendo permitiram à sua empresa implementar o sistema de combate híbrido com modos de ação e combate por turnos sem compromissos. A NIS America também confirmou que era importante lançar o jogo na Nintendo Switch 2 para manter viva a crescente audiência da série nos sistemas da Nintendo.
Kondo também se debruçou lá do horizonte da série, e explicou que a Nihon Falcom Corporation já se está a preparar para um cenário pós-Trails. Kondo tem sido claro quanto ao seu desejo de terminar a série antes do seu 30.º aniversário, mesmo que esse prazo possa ser ajustado. O que é certo é que a sua equipa quer abrandar o ritmo para unificar lançamentos e criar produtos com mais qualidade por segundo Kondo, um final pouco digno pode manchar a série como um todo e para todo o sempre:
Kondo comentou o seguinte:
No Japão, 2025 verá o lançamento de uma versão melhorada de Ys X e de um remake completo de Trails in the Sky 1st Chapter, mas não existirá uma nova entrada principal na série The legend of Heroes. Isto porque as equipas pretendem lançar jogos a um ritmo mais lento daqui em diante, o que poderá beneficiar as equipas de localização para permitir um alinhamento mais eficiente nos lançamentos globais.
A série Trails não continuará indefinidamente, nem poderia. Por isso, é necessário identificar os momentos certos para começar a preparar o que virá a seguir. Criar oportunidades para que a equipas desenvolvam novos jogos e propriedades intelectuais que possam dar continuidade ao legado, quando Trails chegar ao fim. Jogos que consigam equilibrar aquilo que os criadores querem desenvolver com o que os jogadores querem jogar.
Jogos como Tokyo Xanadu, Ys, e outras propriedades existentes assim como novas ideias que estamos a considerar. Já planeámos o desenvolvimento destes projetos, para que possam ser lançados, criar uma base de fãs, e, eventualmente, estarem prontos para o dia em que Trails terminar.
A Falcom está assim a preparar o terreno para o que virá depois. Projetos como Tokyo Xanadu e futuros títulos da série Ys já estão em desenvolvimento, com o objetivo de dar espaço à equipa para explorar novas direções criativas e dar aos fãs motivos para continuarem envolvidos após o fim de Trails.
À medida que a história se aproxima do fim, a fasquia esteve tão alta! Se arruinarmos o final então poderá muito bem tornar-se na pior série do mundo. Por isso não há volta a dar.
Que tenha uma conclusão digna. E que outros remakes e spin-off’s não estejam fora dos planos.