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    Produtores de Clair Obscur: Expedition 33 e Shinobi: Art of Vengeance revelam um ponto comum que surpreendeu e irritou alguns fãs

    Guillaume Broche, o diretor executivo e criativo da Sandfall Interactive, responsável pelo jogo Clair Obscur: Expedition 33, e Ben Fiquet, o diretor executivo e artístico da Lizardcube, o estúdio que relançou Shinobi: Art of Vengeance, recentemente participaram numa entrevista na denfaminicogamer porque no Japão ambos os jogos são publicados pela SEGA e durante a conversa revelaram um ponto em comum que surpreendeu os fãs de videojogos nas redes sociais.

    Embora tenham idades bem diferentes, ambos comentaram que não cresceram a jogar consolas da Nintendo.

    Broche recorda que a sua ligação aos videojogos começou muito cedo, quando recebeu uma SEGA Mega Drive do seu pai e passou a jogar regularmente os jogos da SEGA. Mais tarde, dedicou-se sobretudo à PlayStation onde desfrutou de vários JRPG’s, tais com as séries Final Fantasy e Atelier, e aventuras de ação frenética, tais como Devil May Cry e Shinobi na PlayStation 2. Apesar do entusiasmo pelos jogos da Nintendo, revelou que nunca teve grande oportunidades de experimentar os sistemas da Nintendo.

    De forma semelhante, Fiquet também cresceu afastado das consolas da empresa do Super Mario. Fiquet cresceu no campo, a oeste de Paris e a sua primeira experiência em videojogos foi com uma Sega Master System II, que comprou após ver um amigo com o mesmo sistema, sem sequer saber que existiam outras opções no mercado. Esta escolha acabou por marcar o seu percurso que consequentemente o afastou da Nintendo.

    O facto de ambos os criadores não terem jogado em consolas Nintendo surpreendeu muitos fãs, sobretudo tendo em conta a enorme popularidade da Nintendo neste período. No entanto, como o mercado europeu não foi abalado pelo crash da indústria em 1983, ao longo da década de 80, os computadores ZX Spectrum, o Commodore 64, o Atari ST e o Commodore Amiga 500 dominaram este território.

    A Nintendo só começou a investir de forma consistente na Europa na geração dos 16 bits, quando confiou a distribuição do seu hardware à Bandai. Anteriormente os únicos produtos da “Nintendo” que o território europeu recebeu foram consolas contrafeitas da China, agora conhecidas como Famiclones, baseadas na Famicom.

    Garantias de produto e atrasos abriram espaço para a SEGA obter vantagem neste território com o lançamento da SEGA Master System II e depois com a SEGA Mega Drive, o que consolidou uma base sólida de jogadores. Quando a popularidade da SEGA começou a descer, a PlayStation já tinha chegado ao mercado e estabeleceu-se como nova referência no setor o que levou novamente muitos europeus a passar ao lado das consolas da Nintendo.

    Por isso, não é de estranhar que dois membros de produção de jogos em França tenham crescido sem nenhum contacto com o universo Nintendo, já que o percurso europeu de videojogos é bem diferente dos outros territórios. No entanto, as declarações dos produtores acabaram por inflamar as redes sociais e alimentar aquela velha chama de rivalidade que tanta tinta fez correr nos anos 90.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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