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    RiftStar Raiders — Análise

    Um gênero de jogo pelo qual raramente minha atenção acaba sendo chama, são os jogos de nave onde exploramos alguns cenários e disparamos contra nossos inimigos em sequências muitas vezes frenética com um controle aberto sobre nossa movimentação porém sempre ao nosso redor rodeado de perigos e particularmente não era um gênero que conseguia me atrair, apesar de gradualmente eu querer compreender o seu sucesso e o que conseguia manter esse gênero de pé até os dias atuais. Não demorou para eu me deparar com jogos como Nier Automata que brincavam com a experiência de uma maneira igualmente frenética em meio a combates inimagináveis que mudavam minha perspectiva sobre como um Game Designer deve realizar suas ferramentas em prol de uma mecânica polida que possa fazer esse combate funcionar. Mas foi nas mãos de RiftStar Riders que eu possuía em mãos o que era verdadeiramente uma adrenalina ao controlar essas naves e sentir, como nunca antes, o que era gostar desse gênero. E devo dizer: Nada antes me fez se sentir dessa forma.

    Desenvolvido pela prolixa Climax Studios e publicado pela Vision Games Publishing LTD, RiftStar Riders aparece em 28 Fevereiro de 2018 para os consoles Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC. Uma temática Sci-Fi que brinca constantemente com um pouco de Suspense em uma premissa simples, nós temos no controle um Shoot’em Up com visão isométrica uma mecânica que anteriormente eu nunca antes havia experienciado. Inicialmente se mostrando ser um pouco contido, o jogo não faz muita questão de te mostrar até onde ele estará disposto a levar os seus desafios proporcionados pelo Game Designer que se mostrarão presentes nos embates contra o personagem. Um desenvolvimento mecânico com uma progressão lenta que talvez possam afastar pessoas que não estão acostumadas com esse estilo de jogo e possam tentar uma primeira vez, mas que definitivamente a partir da sua segunda missão single-player em diante é que nós temos os verdadeiros ares da graça com os desafios que realmente iremos encontram em RifStar Riders e devo dizer: aquilo mal é o começo dos seus pesadelos!

    Inicialmente nós temos sobre o controle apenas uma simples nave com disparos múltiplos como já esperamos de qualquer shoot’em up, nos deparando com poucos obstáculos como inimigos estáticos capazes de nos desferir danos medianos ou raros momentos quando nos deparamos com inimigos que se deslocam rapidamente mas que possuem uma porcentagem de dano baixa, equilibrando bem o início que os jogadores poderão ter com essa sua primeira experiência. Porém, é a partir da segunda fase que nos vemos diante do que esse jogo quer experimentar. Elementos de Stealth e Hacking se mostram presentes em sessões que brincam com misturas de gêneros clássicos dos videogames em uma mecânica que possa nos deixar inseguros mas que apesar de ainda nos vermos presentes de frente aos tutoriais constantes do jogo, ainda sentiremos um momento de descoberta quando decidimos experimentar com as ferramentas nas quais são abertas para o jogador. Podemos selecionar diferentes tipos de naves que poderão, adicionalmente, nos oferecer diferentes tipos de proteções enquanto nos translocamos por entre os cenários: Shields Circulares que cobrirão nossas naves, Shields laterais para proteger nossas espreitas enquanto trocamos algumas balas com naves mais perigosas que bolarão suas próprias estratégias para se aproximar mais de nossas naves e conquistarem seus objetivos, ou Shields que podemos focar suas proteções de frente a nossas naves mas que para contrabalancear isso, nos deixarão completamente expostos em outras áreas, nos tornando alvos fáceis para inimigos que estrategiarem uma aproximação mais focada em nossa retaguarda.

    Um elogio que deve ser feito é como o balanceamento desse jogo é tão bem executado na maior parte do tempo enquanto enfrentamos nossos inimigos durante as missões e o quão bem ele se comporta nas suas execuções de Stealth. Nossas naves receberão o aviso de que sensores próximos estão fazendo rondas locais e que deveremos nos aproximar com cuidado ou as consequências virão para nossa falta de cuidado. De primeira instância as nossas dificuldades de movimentação, principalmente para aqueles que não estão acostumados com os controles de movimentação, podemos nos sentir inseguros diante de tamanha cautela inimiga em relação as nossas aproximações. Porém, é igualmente recompensador quando nos deparamos com bases inimigas que devemos executar suas missões de Stealth e conseguimos realizá-las com perfeição. Suas missões não são difíceis e quando somos descobertos pelo radar inimigo, apesar de inicialmente parecer que o jogo estará infinitamente atacando inimigos em nossas direções, ele exige que tomemos prioridades diante de tamanhas dificuldades e que é sempre importante e nunca um sinônimo de covardia, você recorrer a curtas fugas para conseguir se localizar diante de tamanhos inimigos. E uma das coisas que tornam essa experiência tão mágica é, sem sombra de dúvidas, o seu level design onde teremos áreas pouco abertas para executarmos nossas missões porém em muitas vezes, preenchidas com várias possibilidades que poderemos nos deparar a qualquer momento durante nossas explorações para que durante o procedimento das missões principalmente termos a realização de que: “Huh, a missão me mandou para esse lugar que eu coincidentemente já havia vindo e realizado a aproximação contra esses inimigos” assim te recompensando com a falta deles quando o momento ideal que a história exigir ocorrer.

    Porém, você deverá ter muita cautela com as habilidades que você comparará com as recompensas atingidas ao final de cada missão! Pois ao redor dos cenários, encontraremos algumas capsulas que nos presentearão com alguns elementos que poderão preencher nossas vidas, nossos Shields, presentear o jogador com experiências e dinheiros mas o principal: Perks de Habilidade que poderemos preencher alguns Slots em nossas naves durante nossos momentos de pausa no Lobby. Afinal de contas, um patrulheiro deverá estar sempre muito bem preparado quando em busca de enfrentar hordas de WarSwarms, uma inteligência artificial alienígena consciente coletiva que declara guerra à humanidade, lançando ataques devastadores contra o espaço da federação e agora cabe a você e sua ralé de Raiders eliminá-los. Por isso, não tenha vergonha de passar um grande período de tempo escolhendo bem através das suas linhas de habilidade com diferentes premiações que de maneiras bem balanceadas entre risco e recompensa, lhe tornarão apto para avançar nas suas missões contra essas hordas perigosas. Você pode a qualquer momento alternar entre sequências vastas de tiros ou, quem sabe, apenas um laser que necessitará de um esfriamento de momentos em momentos mas que terão poder de ataque altos o bastante para lidar com seus inimigos!

    Mas assim como todo patrulheiro: Você não poderá enfrentá-los sozinhos. Poder? Você pode. Mas por que não ter a segurança de outros aventureiros ao seu lado? Recrute seus colegas mais confiáveis para atirar e conseguir espólios atravessando 9 missões cooperativas para até 4 jogadores que o auxiliarão constantemente nos combates que gradualmente ficarão mais e mais difíceis de serem cumpridos. Mas, recompensadores. Gráficos lindos irão te acompanhar durante essa jornada, texturas simples e uma trilha sonora que sabe bem complementar na sua jornada sem se tornar maçante, tendo suas cordas levantadas em momentos de importância que nos farão se importar com momentos de devido cuidado e atenção que os desenvolvedores tiveram durante nossas explorações.

    Mecânicas que funcionam e respondem bem aos comandos do jogador sem atraso, uma dificuldade bem balanceada na qual progressivamente cresce conforme a confiança e habilidades do jogador, aguardando mais de seu crescimento sabendo lidar bem com a progressão de desafios e a passagem bem transposta entre missões e outras no quesito de saber passar bem as suas lições de design para o jogador. Outro atrativo que pode ser anotado para os jogadores esperarem, são as presenças de chefes que apesar de serem bem integrados nos cenários, oferecendo verdadeiros desafios para os jogadores e os seus times de companheiros em até 4 pessoas, em determinadas escolhas alguns chefes poderão ser injustos em quesito de números e quantidade, tornando algumas vezes a experiência em algo mais frustrante do que desafiadora – elemento a se considerar apenas por ser um fator mecânico que jogadores já experientes em Shoot’em Up esperam e os novos talvez não? Discutível, mas ainda sim, frustrante.

    E sobre a história? Eu prefiro deixar isso nas suas mãos, pois ela vai te surpreender quando você menos esperar. Se eu recomendo RiftStar Riders? Sem sombra de dúvidas! Minhas críticas negativas estão mais em torno do seu começo ser um pouco lento e que, talvez propositalmente, um pouco enxuto e menos atrativo em relação as suas mecânicas e combates, tornando a experiência um pouco fácil e simples, podendo ser facilmente subestimado para aqueles que estão adentrando em shoot’em ups pela primeira vez nos videogames. Porém, é recompensador descobrir que existe um vasto número de combates a ser descobertos, mecânicas novas, elementos de Stealth, um Level Design que consegue recompensar o jogador durante suas explorações do cenário e através da sua história e missões.

    Então, definitivamente: Eu recomendo “RifStar Riders”.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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