A Massaschade & Consument, um grupo de consumidores holandês interpôs uma ação coletiva contra a Sony por esta alegadamente manter os preços na PlayStation Store “artificialmente elevados” e abusar de uma posição de poder ao impedir os jogadores de comprarem versões digitais de jogos PS4 e PS5 noutros locais.
No site que está a promover a ação coletiva podemos ler:
A indústria do jogo é agora maior do que as indústrias do cinema, TV e música juntas. A Sony, enquanto fabricante da consola mais vendida no mundo, é uma das mais poderosas – senão a mais poderosa – jogadora deste mercado. E com tanto poder vem a responsabilidade. Na UE, é ilegal que as grandes empresas abusem da sua posição para obter mais lucro à custa dos consumidores. Mas a Sony não cumpre totalmente estas regras.
Ao comprar um jogo digital ou conteúdo do jogo, a Sony garante que tal só pode ser feito através da sua própria PlayStation Store. A Sony mantém o mercado para si desta forma e pode manter os preços artificialmente elevados. Como resultado, pagam mais, sem receber nada extra em troca. Este também é chamado de “Imposto Sony”.
Já em Portugal a Ius Omnibus em 2023 avançou com uma ação popular contra a Sony por alegado abuso de poder de mercado.
No website da Ius Omnibus podemos ler:
Desde 29 de novembro de 2013 que a Sony controla e limita drasticamente a produção e distribuição de videojogos digitais e físicos, de conteúdos add-on, de serviços de bibliotecas de jogos e de serviços multijogador online. Criou artificialmente um monopólio de distribuição de conteúdos e serviços digitais PlayStation pela Sony. Proíbe a revenda de videojogos em formato digital ou físico. Impõe restrições ao cross-commerce entre plataformas de conteúdos de jogos.
Esta ação popular visa pôr termo às práticas anticoncorrenciais da Sony que limitaram significativamente, e em alguns casos excluíram totalmente, a concorrência em vários mercados…
Pois é, algum dia ia acontecer.