A Escorpião Azul publicou A Língua do Diabo de Andrea Ferraris.
Sciacca, Sicília, 1831. Os irmãos Salvatore e Vincenzo, órfãos, vivem da pesca e do trabalho no campo. Num dia de faina, vêem de repente, um vulcão a surgir do mar em plena actividade. Em poucos dias o material em erupção formou uma pequena ilha. Salvatore é o primeiro a lá chegar, convencido, que ao fazê-lo, se tornará o seu legítimo proprietário. Em vez disso, terá de lutar contra os britânicos, os franceses e os espanhóis. Na verdade, os espanhóis foram os últimos a intervir na disputa, nomeando Salvatore governador da ilha em nome de Fernando II.
Inspirado num facto histórico – a existência efémera da Ilha Ferdinandea – o autor tece uma história onde a aventura e o romance psicológico se entrelaçam. Como um vulcão que emerge do Mediterrâneo, todos estão agitados, mas permanecem prisioneiros da ordem e das convenções sociais que acabarão por engoli-los. Esta é uma novela gráfica de grande fôlego que nos conta uma história mágica e bizarra sobre uma alucinação colectiva, uma natureza feroz e sonhos desfeitos.
- Livro: Brochado/ P&B
- Género: Novela Gráfica
- Nº Páginas: 232
- ISBN: 978-989-35187-6-2
- Edição: 1º Edição / Julho 2024
- PVP: 27€
Sobre Andrea Ferraris
Nasceu em Génova em 1966. Depois de se formar em artes, frequentou um curso de design gráfico e cenografia dado pelos formadores Gianni Polidori e Emanuele Luzzati. Em Milão trabalhou como cenógrafo assistente para a Casa da Ópera e para a televisão. A paixão pelo “fumetti” levou-o a instalar-se em Bolonha onde teve, como ele próprio diz, “a oportunidade de conhecer mestres como Vittorio Giardino, Andrea Pazienza e Marcello Jori”. Em 1992, começou a colaborar com a Disney Itália, para quem trabalha há mais de 30 anos. Publicou ilustrações e banda desenhada para várias revistas como “Alias”, “La Lettura” e “Internazionale”, bem como encartes para os jornais “Il Manifesto” e “Il Corriere della Sera”.
Em 2011 produziu com Giacomo Revelli, uma biografia em BD sobre Ottavio Bottecchia, o primeiro italiano a vencer a Volta à França em bicicleta. Entre 2013 e 2016 viveu em Paris onde concluiu a sua primeira obra a solo, “Churubusco”, uma história verídica sobre o Batalhão de São Patrício. Seguiu-se em 2017 “A Cicatriz – Na Fronteira Entre os Estados Unidos e o México” com o argumento do seu amigo Renato Chiocca. Em 2018 volta a solo com a obra “A Língua do Diabo”. “Um Mosquito no Ouvido” é o seu livro mais autobiográfico, no qual conta a história da adopção da sua filha Sarvari, publicado em 2021. “Temporale”, publicado em 2024, é o seu novo e mais recente livro de banda desenhada.