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    Faleceu Kazuki Motoyama, o criador da versão Mangá de Super Mario

    Kazuki Motoyama, o artista e argumentista japonês conhecido pela autoria do mangá de Super Mario Bros. publicado pela Kodansha faleceu aos 69 anos. A notícia foi confirmada recentemente pela sua irmã Lisa Motoyama, através de uma mensagem partilhada no Instagram. Embora não tenha revelado a causa da morte do seu irmão, expressou a sua gratidão a todos os que o apoiaram.

    Motoyama foi uma figura marcante na história do mangá associado à Nintendo, sendo o criador e ilustrador responsável pela série de Super Mario publicada na revista Comic BomBom, da Kodansha, entre 1988 e 1998. Ao longo de uma década, a obra acompanhou a evolução do famoso canalizador da Nintendo, com adaptações de jogos clássicos, tais como Super Mario Bros. 3, Super Mario World, Super Mario RPG e Super Mario 64.

    O seu estilo artístico distinto, expressivo e dinâmico, aliado a um humor extravagante e autorreferencial, tornaram as suas histórias inesquecíveis para os fãs. Motoyama inseria frequentemente nas suas páginas o seu alter ego, Mototin, um caricatural mangaká exausto e sobrecarregado, através do qual satirizava a sua própria rotina criativa. As suas obras oficiais surpreendiam pela ousadia que incluiam momentos de humor irreverente, sátira e pequenas provocações adultas, algo invulgar em publicações licenciadas pela Nintendo.

    Mesmo após o fim da serialização de Super Mario, Motoyama continuou a expandir o seu universo criativo. Em 2019, lançou o spin-off não oficial Kinoppe-chan Forever, centrado na personagem original Kinoppe, uma jovem cogumelo inspirada no mundo de Mario, que refletia o lado mais pessoal e imaginativo do autor.

    A carreira de Kazuki Motoyama começou bem antes da fama com Super Mario. Estreou-se em 1977 com a história Love & Mini, publicada na Deluxe Margaret Magazine, voltada para o público shojo. Dois anos depois, fez a sua estreia na Weekly Shōnen Jump com Kimattenai no Nikimemaru-kun, cuja abriu portas para uma colaboração regular com a lendária revista. Nos anos 80, dedicou-se também a livros de cariz histórico onde demonstrou o seu fascínio pela cultura e história do Japão.

    Ao longo da sua trajetória, Motoyama conquistou o respeito de colegas e leitores, não só pelo seu talento, como também pela sua personalidade afável e pela paixão que dedicava à arte sequencial. Kazuki Motoyama deixa um legado inestimável, que ultrapassa fronteiras e gerações, sendo lembrado como um criador que soube unir humor, criatividade e autenticidade no universo do Super Mario.

    A redação do OtakuPT presta a sua homenagem ao expressar as mais sinceras condolências à família, amigos e admiradores do autor. Que descanse em paz.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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