Em março de 2025 a Ala dos Livros publica O Fogo de David Rubín.
Um enorme asteróide aproxima-se da Terra numa trajectória de colisão. Alexander Yorba, conhecido arquitecto de meia-idade, é encarregado de idealizar e construir com urgência uma colónia lunar para assegurar a sobrevivência da humanidade perante o desastre inevitável.
Imerso nessa construção, é diagnosticado com um tumor cerebral em fase terminal; apenas lhe restam de vida os mesmos meses que faltam para que o asteróide colida com o nosso planeta. Este facto dramático fará com que questione a sua própria natureza profissional e pessoal, o que o leva a renunciar ao seu trabalho na colónia para se juntar à sua família, com quem mantinha pouco contacto.
Uma decisão que desencadeará uma série de acontecimentos fatídicos que irão arruinar o crédito profissional e a vida pessoal de Alexander, condenando-o a errar numa dramática, visceral e reveladora odisseia por diferentes lugares do mundo: uma corrida desesperada até ao fim dos tempos, contra a morte, a loucura e a sua própria consciência atormentada.
Sobre DAVID RUBÍN (Ourense, 1977)
Estuda desenho gráfico e lança-se no mundo do cómic, da animação e da ilustração. Com a sua primeira obra de fôlego, “El circo del desaliento” (Astiberri, 2005), é nomeado como autor revelação no Salón Internacional del Cómic de Barcelona de 2006, ganha o seu primeiro prémio e é editado em galego, castelhano, italiano e francês. A sua obra seguinte, “La tetería del oso malayo” (Astiberri, 2006), também publicada em França, Itália e República Checa é nomeada para quatro dos prémios do Salón Internacional del Cómic de Barcelona de 2007; a obtenção do prémio autor revelação acredita-o, em Espanha, como finalista do I Premio Nacional del Cómic.
Publicado pela primeira vez em 2008, “Cuaderno de tormentas” (Planeta, 2008, e Astiberri, 2018) é nomeado para o prémio de melhor desenho, também no encontro de Barcelona. Para além destes trabalhos, em 2008 e 2009 Rubín codirige “Espíritu del bosque”, uma longa metragem de animação, e adapta “Romeo y Julieta” (SM, 2008), de William Shakespeare a BD, bem como “El monte de las ánimas” (SM, 2009), de Gustavo Adolfo Bécquer. Ilustra a colecção de relatos “Solomon Kane” (Astiberri, 2010), de Robert E. Howard, e embrenha-se na adaptação do mito de Hércules para BD, com a publicação de dois volumes de “El héroe” (Astiberri, 2011 e 2012).
“Beowulf”, que realiza em colaboração com Santiago García – e que teve publicação em Portugal, em 2018, pela Ala dos Livros -, é inicialmente publicado em 2013 pela Astiberri.
David Rubín trabalhou ainda em dois spin-offs de “Battling Boy”, de Paul Pope, centrados na personagem de Aurora West, dos quais se publicaram dois tomos: El momento de Aurora West y “La caída de la casa West” (Debolsillo, 2014 y 2015), assim como em “La Ficción”, que realizou com o argumentista Curt Pires (Astiberri, 2015), e “Miguel en Cervantes – El retablo de las maravillas”, realizado com Miguelanxo Prado (uma coedição da Astiberri e da Acción Cultural Española, 2015).
Realiza ainda, com Marcos Prior, a novela gráfica “Gran Hotel Abismo” (Astiberri, 2016) ao mesmo tempo que se dedica a “Ether” (Astiberri, 2017), a sua terceira incursão no mercado do comic americano, com Matt Kindt. Depois de ter trabalhado num episódio de “Black Hammer 2 – El Suceso”, com argumento de Jeff Lemire, (Dark Horse), participa na trilogia “Ether” (Astiberri, 2017-2020) e num arco de três volumes da série “Rumble” (Astiberri, 2019-2020), com argumento de John Arcudi e “Cosmic Detective”, em parceria com Jeff Lemire e Matt Kindt. “O Fogo” é sua mais recente obra como autor completo.
Em 2018 David Rubin foi nomeado para 4 prémios Eisner: dois em categorias colectivas – “Black Hammer”, nomeado para melhor série continuada, e “Beowulf”, nomeado para melhor adaptação, e outras duas nomeações em categorias individuais: melhor colorista e melhor “penciller”.