De uma forma resumida falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.
Bruno Reis
Kyoukai Senki (22)
Alexei e Amou após fugirem do hotel são perseguidos pelas tropas norte-americanos sob os olhares atentos de Brad e German. Embora as estrelas de serviço fossem os membros da dupla referida, o episódio ficou marcado pelo novo Reiki -parece que cada tem um destaque de cada uma das AMAIM- e a perda de Masaki. Percebo o que a produção está a tentar criar com Alexei e Amou, dado que se trata da Sunrise. A mesma está a tentar criar a mesma dinâmica Kamille/Quattro, ou seja, um inimigo emerge como aliado e atua como mentor ao piloto base de toda a série. O problema é que Quattro Bajeena foi uma personagem muito mais trabalhada e desenvolvida, além de vir do desenvolvimento de uma prequela, fez sentido atuar da forma que agiu, devido aos eventos do Gundam original e da morte de Lailah, antes de iniciar o seu contra-ataque. Com Alexei, nem sinto razões plausíveis porque se aliou a Amou, o que acabou por destruir o niilismo inicial da personagem, parece que se juntou quase por obrigação. Realmente criativa e assustadora foi a frase de German “Vamos lá jogar a esta guerra chamada economia” uma citação que assenta que nem uma luva nos tempos presentes.
Ascendance of a Bookworm -Temporada 3- (35)
Myne a sua família são mergulhados num jogo de corrupções e enganos. Devido a um incidente com um nobre sedento de poder, a nossa bibliotecária terá de se separar definitivamente daqueles de quem mais gosta neste novo mundo para os proteger. Realmente não esperava um episódio deste calibre em Ascendance of a Bookworm. Tivemos um misto de praticamente tudo, intriga, raiva, drama, ternura, ação e muitas outras emoções e géneros. Também tivemos um vislumbre do quanto corrupta e desigual uma sociedade pode ser, e que surpreendentemente podem existir episódios mais movimentados numa série aparentemente calma. Este episódio foi o claro exemplo de que as cores desta série podem ser coloridas na capa, mas a mesma cobre uma história tingida de tons profundos de engano, depressão, tristeza e outras emoções demasiado humanas.

Dragon Quest: The Adventure of Dai (81)
Dragon Quest: The Adventure of Dai, tornou-se tão volátil nas mortes que já nem sei o que acreditar. Sinto que as personagens vão e vem como os autores assim o desejam, um efeito bem característico de onde bebe uma das suas maiores fontes, Dragon Ball Z. Hyunckel supostamente “morre” e o portador da sua armadura surge para a vestir a ajudar os seus companheiros. O grupo enfrenta Mystvearn, que lhes indica que o exército de Hadlar foi uma mera formalidade e um sonho sem fundamento, já que durante milénios junto de Killvearn conquistou várias gerações de heróis. Relativamente a este último, descobrimos que consegue afinal ser um guerreiro que apela a códigos de honra.
SPY x FAMILY (10)
Quem nos segue neste espaço sabe que esta série já nos conquistou por apostar numa narrativa episódica e coesa onde o senso comum é completamente atirado pela janela. Este certamente que foi um elemento que marcou os anteriores episódios, contudo, o desta semana aumentou exponencialmente este espectro. Anya e a sua escola voltam a ter um merecido destaque quando a sua turma defronta outra num jogo do “mata” . A grande beleza deste episódio foi na demonstração de como uma série pode moldar-se sem perder a sua identidade, dado que apresentou uma temática diferente, mesmo assente na principal, ou seja, adquirir stellas. O jogo foi exemplificado com várias referências de Dragon Ball Z, desde o célebre combate de Goku contra Frieza em Namek, até sacrifício de Piccolo para salvar o Gohan (até os planos de imagem são os mesmos). Outra que sinto que passou despercebida foi quando em Naruto Shippudden o Naruto estava prestes a morrer e a Hinata interveio para o salvar. Mas, porque referências a outras séries merecem tanto destaque, quando centenas de séries já o fizeram? A resposta é muito simples, devido ao seu contexto. Todos já fomos crianças, e claro que emulávamos os nossos heróis quer em casa como nos recreios da escola.
A forma como SPY x FAMILY, nos demonstrou este efeito foi de tal forma genial que me senti transportado para uma era onde a imaginação e a brincadeira era uma constante. A série compara um pneu à genki dama, uma estrutura de recreio a uma montanha ou até mesmo uma situação corrente ser extremamente desequilibrada dramática, e hiperbólica, ou seja, tal como nos fazíamos. Contudo, no meio de comicidade tivemos outro regresso à infância, e um efeito social que infelizmente continuo a assistir, a pressão que os pais imprimem nas crianças, e os efeitos contraproducentes geados por esta na construção da personalidade. Esse efeito foi assistido quando descobrimos que Damian age de uma forma antissocial para se afirmar na família, e o seu rival do “mata” -um titã de seis anos- faz o mesmo, mas para liderar a sua família e estatuto do pai. Realmente foi incrível assistir a tanta antítese paralela.
Helder Archer
Spy x Family
Episódio 9 – A polícia Secreta. Ficamos a conhecer um pouco melhor a polícia secreta e consequentemente os adversários de Loid Forger e a excitação de Anya em ter mais um conhecido com uma profissão secreta.
Ricardo M.
Obi-Wan Kenobi ( 03 a 04)
Continuamos a ver o Mestre Obi-Wan a Lidar com os seus fantasmas do passado enquanto a sua relação com a Leia vai ganhando maiores proporções. Ainda tem havido espaço para breves momentos de tensão vindas do lado sombrio da força com os aparecimentos do Lord Sith Darth Vader e a surpreendente interpretação da ambiciosa Moses Ingram, (The Third Sister, Reva).
Felipe Soares
Spy x Family (10)
O oitavo decimo da adaptação para série anime de Tatsuya Endo mostrou Anya tentando adquirir sua primeira estrela em uma emocionante partida de queimada.
Pra mim um episódio bom é aquele que diverte e consegue passar sua mensagem ou desenvolver seus personagens. O episódio dessa semana de Spy x Family conseguiu isso, mostrando o lado da imaginação de crianças em uma brincadeira simples, contra a responsabilidade que os pais podem colocar nelas.
Foi bem legal o episódio mostrar o grupo do Damian “treinando a sério” na imaginação deles, enquanto que na realidade eles estavam fazendo apenas coisas de crianças. Eu diria a mesma coisa para o lado da Anya, apesar do episódio deixar claro a força de Yor, podemos dizer que o que vimos do “treinamento” da personagem foi mais um lado da imaginação dela exagerando algumas coisas. Foi bastante divertido ver que todo o lado exagerado da partida também foi pelo olhar infantil, principalmente o fato do principal jogador do time adversário parecer um adulto só por ter um desenvolvimento corporal mais avançado para a sua idade. As surpresas em torno da partida se mostraram coerentes com o desenvolvimento do Demian e da Anya e o lado da comédia casou muito bem.
Agora falando sobre a temática mais séria do episódio. Mesmo com o lado divertido em destaque, gostei que por trás existiu uma abordagem simples de crianças ganhando responsabilidades de seus pais de forma antecipada. Isso fica bem claro com Anya assumindo para si a responsabilidade de ganhar as estrelas para ajudar na missão de Loid, com o personagem filho de general com o peso de ser o futuro da nação e com o Demian tentando superar seu irmão como uma forma de ganhar atenção de seu pai. Na minha opinião, isso meio que mostra cada vez mais o lado crítico da série a pais que traçam e apresentam essa responsabilidade ao filho ainda na infância, um período em que a criança deveria apenas brincar e aprender as coisas no ritmo dela.
As referências a filmes também ganham destaque neste episódio. É interessante que neste episódio, além de obras com temática de espiões, temos uma referência ao filme Rocky, que acaba casando com o período histórico real sobre a Guerra Fria. As referências a filmes de espiões ocorrem em diversos momentos e de forma bastante divertida dentro do contexto do episódio.
Avataro Sentai Donbrothers (2 a 12)
Assisti os episódios referente ao primeiro arco de Donbrothers e posso dizer com certeza que a produção está sendo uma grande surpresa.
Gosto que a série não possui foco em inimigos monstruoso ou organizações malignas, o foco da obra ocorre principalmente em torno dos protagonistas e de seus desejos ambiciosos. Aliás, desejos ambiciosos também é o principal motivo para o surgimento dos monstros da semana e a série consegue ser bem criativa nas situações em que os monstros aparecem.
Até o momento Donbrothers mostrou um universo que se expande de forma bem gradual. Os três antagonistas, chamados de Mestres da Mente, acabam sendo um contraponto interessante pois eles lutas contra os desejos humanos ambiciosos ao mesmo tempo que tentam entender como os sentimentos humanos funcionam. Isso já gerou diversas situações com estes personagens que vai do engraçado ao bizarro.
Gosto muito que a série se utiliza muito de diversos elementos de teatro Kabuki, isso casa muito bem com a temática da lenda de Momotaro. Já o CG do Kaiji e do Inu Brother são fáceis de se acostumar com o tempo, apesar dele ainda ser produzido de forma bem meia boca.
Obi-Wan Kenobi (04)
O quarto episódio da mini-série original do universo Star Wars mostrou Obi-Wan Kenobi em uma missão para resgatar a Princesa Leia na base dos Inquisitores.
Eu gostaria de pensar em algo de bom para falar deste episódio da série, porém, se utilizar do mesmo estilo de plot de acontecimentos do filme a New Hope acabou me trazendo a sensação de ter gasto meu tempo de forma desnecessária. Entendo um episódio de uma série ter um roteiro mais fraco que os outros, mas um roteiro chamar seu público de trouxa com um Obi-Wan andando por um longo caminho da base com um sobretudo e a Leia escondida por baixo foi demais.
Creio que existam diversas maneiras de se utilizar de uma mesma temática, agora se utilizar de um mesmo formato de história pela terceira vez (a segunda foi com The Force Awakens) acaba fazendo eu achar que alguém de dentro de Star Wars acha ok super-herói morrer e ressuscitar quando é conveniente.
Star Trek: Strange New Worlds (06)
O episódio seis mostrou a tripulação da USS Enterprise resgatando os tripulantes de uma nave com um membro importante para um planeta.
Este foi (até o momento) o episódio mais político e filosófico da série. Foi interessante a abordagem sobre o assunto de troca de informações entre culturas diferentes, o questionamento principal é até que ponto culturas que não são aliadas poderiam se ajudar em situações médicas. Com certeza o principal ponto do episódio foi a questão sobre interferência externa em outras culturas, a situação em que ocorre esse questionamento e os pontos levantados são bem complicados ao ponto do roteiro deixar em aberto quem estava realmente certo. Afinal de contas, como podemos questionar determinados pontos de outras culturas se na nossa própria existem problemas semelhantes?
Por outro lado achei que o roteiro deste episódio desenvolveu de forma muito corrida os plots paralelos dos personagens Nyota Uhura e M’Benga. O plot do médico chefe da Enterprise ajudou um pouco no desenvolvimento do plot principal, mas acabou não chegando a lugar nenhum. Porém, achei que o plot envolvendo o treinamento de Uhura seria mais interessante por mostrar as regras dos membros de segurança da nave, infelizmente essa parte acabou ganhando muito pouco destaque e foi utilizado apenas de forma pontual dentro do episódio.
No meio de tantos problemas que este ultimo arco de Dragon Quest tem, o maior deles todos é sem dúvida alguma o facto de ser extremamente arrastado. Demasiadas lutas paralelas, mortes que afinal não são mortes, regressos que ninguém conta…já só quero que termine.
Realmente sinto isso, este último arco no pacing e desenvolvimentos está horrível.
Foi um episodio de SpyxFamily carregado de referências divertido de ver. Mas o que impressionou foi o “cabedal” daquele aluno de 6 anos que dominou o jogo do mata. Esta temporada tem muitos animes sólidos que estão a entregar bons episódios semana após semana. Até tenho pena que a temporada já está a terminar.
Aquele garoto de Spy x Family com ctz n é um kkkkk