De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.
Bruno Reis
Bleach: Thousand-Year Blood War (10)
O duelo entre os Kenpachi termina com um vencedor que abraçou que finamente se inteirou dos erros do seu passado. No mundo superior, Ichigo e Renji conhecem mais uma excentricidade shinigami. Falamos nada mais nada menos que o criador de todas as Zanpakutos, ou seja, as armas que cada ceifador de almas utiliza. O energético shinigami da divisão zero refere que consegue reparar a Zangetsu e a Zabimaru que foram destroçadas na sangrenta batalha contra os Quincy, mas para tal os seus mestres devem sobreviver a uma prova para receberem o seu respeito. Renji consegue, mas como Ichigo falha, é devolvido novamente ao seu mundo e às suas origens. Senti em Bleach, o mesmo efeito que em Dragon Ball Z, quando o Goku foi treinar com seres poderosos e teve de recorrer a efeitos cómicos para ganhar o seu respeito e consequente treino. No lado dos Kenpachi a coisa já foi mais séria e prevejo que a Yachiru seja a próxima a revelar a sua verdadeira identidade.
Chainsaw Man (10)
Como Denji é um óbvio objetivo do demónio da bala, Makima decide deixar o treino de Denji e Power aos cuidados de Kishibe, um ser demoníaco que ama os prazeres terrenos. No hospital, Aki lamenta a perda dos seus companheiros e toma uma decisão. Não me canso de dizer o Estúdio Mappa está a rebentar as costuras no departamento artístico. O choro do Aki foi bem mais convivente e humano que muitos em superproduções de Hollywood. Será interessante ver o que o estúdio Mappa vai produzir doravante. Já existem uns burburinhos que Black Clover pode receber esta qualidade de animação. Quanto ao episódio em si, foi um típico “training arc” que prova que Chainsaw Man também pode conte doses de comédia.

Urusei Yatsura (2022) (10)
O dia mais aguardado pelos pais dos alunos do liceu de Tomobiki por fim chega. Como este ano a escola tem uma aluna recebeu uma planeta, a sua mãe marca presentes neste encontro de adultos Claro, que esta não é uma visita comum, porque literalmente esbarra a mãe do Shuutaro, e entre uma comunicação mal interpretada até recebe um pedido de casamento. De salientar que a seiyuu da mãe da Lum é a Fumi Hirano, a voz da Lum clássica, por isso este episodio foi como um passar de tocha para a Sumire Uesaka. Não sei se aperceberam mas tivemos uma breve menção ao Ten-chan, o bebé sobrinho da Lum que apareceu logo no segundo episódio da série clássica. Se esta história foi essencialmente em redor da comicidade, a seguinte foi um autêntico 180.º que partiu ao encontro do que digo há umas semanas neste espaço e que tal como previa fechou os eventos do primeiro “cour”.
Ataru está farto da Lum seguir-lhe por todo o lado e proibir-lhe de caçar miúdas (nesta adaptação modernizada seria engraçado se ao invés da morada e número de telefone o Ataru pedisse às meninas o seu endereço nas contas do Instagram, Twitter ou outras redes sociais). Certo, dia a sua auto intitulada esposa também parece que chegou ao limite das suas parvoíces, mas antes de abandonar-lhe deixa-lhe uma bonequinha feita por si à sua imagem. Ataru sempre viu a Lum como um fardo, mas quando se apercebe que já não está presente realmente sente a sua falta e o que sente, recorda os breves mas intensos momentos que passaram juntos. Certamente já se aperceberam é este o famoso episódio da bonequinha que tantas vezes já mencionei aqui. Tal como vos disse, este é um ótimo ponto de paragem no primeiro “cour” da série, até porque não importa o “media” que sentimos o mesmo que o Ataru. Gradualmente a Lum, preencheu as nossas semanas e quando damos por conta que partiu sentimos a sua falta às quintas-feiras. Este elemento é ainda mais sublinhado pelo próprio Ataru, porque atua como um elo também para os espetadores. Só senti que a versão clássica foi muito mais poderosa neste quesito. Além de não polvilhar com as cores saturadas, a “partida” da Lum aconteceu no inverno ao invés do outono, mas admito que no seu regresso saltar entre as folhas das árvores foi fofo. Esta é a primeira grande paragem de Urusei Yatsura e a crescente relação entre o Ataru e a Lum. Enquanto o ponto de partida entre os dois foi o encontro no café uns episódios atrás, neste assistimos ao início de uma cálida chama. Penso agora que o próximo momento será no rapto da Lum, contudo -um piscar de olhos para a David Production– seria genial se adaptassem também alguns capítulos que ficaram fora da versão clássica, tais como o episódio de jardinagem, o encontro do Ten com a Ran, ou o filme erótico no cinema. Começo a acreditar também que esta adaptação vai ter um número muito menor de personagens, ainda não vimos os tradicionais homens peixes ou o urso e o Momotaro que na obra original foi o primeiro papel da Masako Nosawa, a voz de Son Goku.
Akiba Maid Sensou (11)
Era de esperar que as maids da Tontokoton mais cedo ou tarde fossem banidas do circulo da Creature Land. Não só eliminaram alguns dos seus membros como Nagomi teve a ousadia de vencer o troféu Omoe. Como não podia deixar de as Super Porcas sem capa partem para uma luta feroz entre o gangue das leoas e coelhinhas. No rescaldo, quando tudo parecia ter votado aos eixos para as nossas heroínas, assistimos a um momento que ninguém surpreendente. Esta é literalmente a palavra de ordem para Akiba Maid Sensou, visto que nem ninguém sabe o que esperar de uma série que continua a encaixar todas as suas ponta-soltas de uma forma absolutamente original e muito própria. Os elementos underground são fielmente traduzidos para o mundo das maids numa vertente extremamente hiperbólica e metafórica que consegue por artes de magia ser coerente e até emocional.
SPY x FAMILY (23)
O casal vive a sua primeira crise conjugal. Isto porque com a Fiona adicionada à equação, a mãe de Anya e esposa de Loid sente que a chama da paixão apagou-se com a chegada da mulher de poucas falas e olhar gélido. Felizmente, Loid demonstra-lhe o contrário… com resultados de literalmente cair o queixo. Em seguida, Anya e Becky vão às compras para a esper seduzir o segundo filho.

Senti que este episódio teve como principal efeito o final de uma viagem quer pelo espetador como nas personagens num primeiro estágio. O mesmo também serviu para construir uma ponte sólida já com algumas fundações para o futuro deste conto de espionagem familiar. Além do casal Forger continuar a construir um amor verdadeiro, também tivemos um vislumbre sobre o passado da Becky, que embora seja uma personagem secundária faz girar a relação da Anya com os outros meninos no colégio. A nossa amiguinha afinal usa uma capa de maturidade para vestir os desejos e expetativas dos seus pais. Por muito que tente no fundo deseja viver a inocência e a liberdade de uma criança normal, tal como a Anya. Desde o começo que Loid Forger não revelou muito sobre o seu passado, apenas se apresentou sendo um super espião que completou um sem fim de missões pela paz com sucesso. Enquanto se recompôs de um pontapé -que não deveu nada aos fulminantes golpes de pernas da Chun Li em Street Fighter- revelou um pouco do seu passado. Loid recordou um pouco da sua infância, (tal foi o golpe!), da sua mãe e como cresceu num clima de guerra. Acredito que com o desenvolvimento da série se apaixone e case de verdade com a Yor pelo facto de apresentar paralelismos com a sua falecida mãe. Vai uma aposta?

POP TEAM EPIC 2 (12) FIM
Pop Team Epic termina mais uma temporada com muita loucura, aleatoriedade, paródias e claro palavrões. Mas debaixo desta camada de insanidade acreditam que temos algo muito mais profundo (tanto que nem vejo o fundo). Pop Team Epic foi essencialmente uma celebração a todas as formas da arte da animação. Não só singraram nomes sonantes de seiyuus (não tanto como os da primeira temporada), como os seus diversos sketches foram um misto de experimentação nas diversas vertentes do universo da animação. CGI, plasticina, animação por cels, animação digital, género mecha ou live action integrado, foram apenas alguns dos elementos deste verdadeiro festival animado. Podemos ir mais longe e comparar o segmento Bob Team Epic à animação americana, visto que tenta integrar elementos japoneses numa arte extremamente estranha e característica de séries da Nickelodeon ou até dos Simpsons. Se estiveram atentos a animação notaram foi fluída… por vezes até demasiado, uma característica das séries referidas. Embora a segunda temporada tenha ficado aquém das expetativas quer em nível de sketches como de seiyuus convidados foi agradável e o seu final que continuou os acontecimentos do super-herói Tokusatsu Aoi da temporada anterior e deu a entender que a Pipimi e a Popuko vão regressar para uma terceira dose de muita insanidade animada. Acreditem que a indústria de animação necessita também deste obras e liberdade.

No campo dos videojogos, após terminar mais uma partida no The Legend of Heroes: Trails from Zero, decidi continuar a desfrutar do requinte dos RPGs japoneses com um titulo que curiosamente também recebeu lançamento originalmente para a PlayStation Portable, mas que recentemente também foi resgatado e voltou regressou com um facelift. Crisis Core Final Fantasy VII Reunion é uma remasterização que por vezes mais parece um remake por ficar muito próximo visualmente de Final Fantasy VII Remake. Contudo, ao contrário da aventura do herdeiro loiro da Buster Sword, nesta todos os seus elementos clássicos estão intactos. Estes atuaram como uma bênção e uma maldição. Enquanto o jogo permanece com das melhores histórias e fiel ao seu material original, as óbvias limitações de uma consola portátil do início deste milénio também foram transportadas o que pode traduzir numa experiência limitada (sistema de missões; camera; sistema demasiado RNG) para alguns jogadores. Felizmente a jogabilidade, e a “IU” também o aproximaram um pouco mais de Final Fantasy VII Remake. Alguns elementos “futuristas” também foram mantidos como por exemplo monitores “CRT” e telemoveis “flip” que acabaram por ter um efeito cómico em diversas situações.
Ricardo M.
Battle Royale II: Requiem
Esta semana decidi ver a sequela de Battle Royale, intitulado de Battle Royale II: Requiem.
Três anos após os acontecimentos do primeiro Battle Royale, Shûya Nanahara, o sobrevivente da última edição, declara guerra aos adultos que apoiam a Lei BR criando um grupo terrorista anti-BR e anti-governo. O governo japonês para ripostar sequestra uma nova turma de jovens problemáticos a fim de enviá-los contra o exército de Shûya, que atualmente estão resguardados numa ilha remota.
A comparar ao original, Requiem demonstra ser completamente o oposto pela ausência de qualidade em qualquer um dos seus elementos, tanto o enredo como a escolha de atores assim como um argumento nada coerente, já para não falar da questionável edição, entre outros. Apesar de ser uma característica habitual da cinematografia japonesa deste género, acho que tudo foi levado ao limite no que toca a representação, sendo simplesmente demasiado para poder conseguir digerir até ao fim. Com isto, teria sido preferível que o diretor Kinji Fukasaku tivesse seguido outra abordagem ou então não tivesse feito de todo uma sequela, visto que o anterior é considerado um clássico de culto japonês.
Battle Royal II é para ver e esquecer que se viu, só existe o primeiro. Não estava nada á espera daquele final de episódio de Akiba Maid Wars, só mais um episódio para ver como tudo vai ser desembrulhado. Comecei a ver o Me & Roboco, um short form de comédia carregado de referências a outros anime. Vê -se bem!