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    O que estamos a ver – 22 de Maio de 2022

    De uma forma resumida falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Kyoukai Senki (19)

    Se o episódio da semana passada teve uma abordagem juvenil, o desta semana aumentou infelizmente aumentou este elemento. Enquanto Amou e os seus companheiros humanos planeiam uma missão longe dos olhares de Gai e das outras “AI” estas decidem descobrimos pelos seus próprios meios porque foram postas de lado. Embora tivéssemos mais indicadores sobre a personalidades destas figuras digitais, a execução foi muito pobre. O episódio além de ser imensamente previsível poderia ter abordado com uma maior maturidade alguns eventos. É notório que serviu para “humanizar” as “AI” enquanto as ligou com o resto da tripulação, mas assistir a homens adultos atuarem como crianças não foi agradável e inorgânico. Felizmente o episódio fechou com um evento que espero que coloque a série novamente nos eixos.

    Ascendance of a Bookworm -Temporada 3- (06)

    Parece que o “baby boom” chegou ao reino da Myne, visto que além do pequeno irmão da nossa amiga, o santuário foi agraciado com a visita de um recém-nascido abandonado no mesmo. Myne ciente das suas funções e vida futura decide confiar a guarda e educação do menino à sua vassala Delia, enquanto dedica o seu tempo a descobrir e inventar cores para produzir os livros infantis para entregar ao seu irmão, e o resto das crianças que nasceram. Embora o destaque naturalmente fosse para o bebé Dirk, o que mais gostei deste episódio foi essencialmente a sua segunda parte. Isto porque o Atellier da Myne, transportou-me imediatamente para o da Ryza. Tive brevíssimos vislumbres passados onde passava horas -literalmente- a desenvolver e testar fórmulas para inventar as mesmas tintas apresentadas no episódio, um dos melhores elementos para melhorar invenções.

    The Rise of the Shield Hero -Season 2- (07)

    Com a desastrosa batalha contra o Espírito da Tartaruga terminada, Naofumi acorda junto da sua mais recente integrante e de Raphtalia, que surpreendemente regressou para a sua infância e para para o nível 1 assim como o seu mestre e colega. De volta às suas origens o trio enfrenta mobs fracas de modo a sobreviver e no rescaldo de uma intensa luta se depara com mais uma heroína cardinal, a heroína da caça, que por alguma estranha razão conhece o grupo de L’arc. Cada vez mais sinto que este hiato foi severo com a obra. Gradualmente está a tornar-se incrivelmente aborrecida, e a aproximar-se de um isekai comum e corrente. A desconstrução do género parece ser uma miragem e não consigo deixar de sentir aquele travo a “filler” já no início deste arco.

    SONGOKU MIRRASTE!

    SPY x FAMILY (07)

    Após um primeiro encontro abrupto com o Damien, a pequena Anya, segue os conselhos do seu pai, e incansavelmente tenta pedir desculpas ao jovem. Contra tudo, e contra todas, a nossa esper consegue, contudo, com um efeito inesperado. Isto porque o coração do Damien descobre que mesmo que não admita já nutre sentimentos pela menina plebeu. Embora este tenha sido o grande tema do episódio, achei mais interessante o foco dos pais da Anya, sobre a temática do que é ser pai, e como devem atuar mesmo que não se tratem de uma família verdadeira. Yor com a sua característica espontaneidade consegue transmitir essa resposta ao seu marido. Realmente esta é uma escola de elite! Porque ensinar trigonometria a crianças com 5 anos não é para qualquer um.

    Dragon Quest: The Adventure of Dai (78)

    Por muito que goste de Dragon Quest: The Adventure of Dai, sinto que está a enrolar-se demasiado. Personagens que já deviam estar mortas e enterradas não deviam voltar. Embora compreenda que o Hym, sirva para fechar o arco do Hyunckel, não só julgo ser desnecessário como é contraproducente. A redenção de um dos discípulos de Avan poderia ser muito mais simples e direta, sem a necessidade de parcialmente resgatar duas personagens, onde uma já não faz sentido possuir as mesmas motivações de antes porque o seu mestre abraçou a paz. Realmente este “padding” final está a ser muito desnecessário. Muito gratificante e igualmente assustador foi o final do Zaboera, e os paralelismos com o coração confuso do ex-general do exército dos monstros.

    Not Hadlar

    Chip and Dale: Rescue Rangers

    Assim que Chip and Dale: Rescue Rangers foi anunciado que imediatamente despertou o meu interesse. Este pseudo reboot de uma das séries que passou no programa Clube Amigos Disney, marcou a minha mais tenra infância, e como tal fiquei com grande expetativa para além de voltar a ver o grupo todo junto, de o reencontrar na companhia de algumas figuras desse período. Como o decidiu fazer foi do mais impressionante, original e vanguardista o que condicionou-me desfrutar de um filme que é muito mais do que aparentava ser. Em Chip and Dale: Rescue Rangers voltamos a encontrar um Tico e Teco -sem as vozes de esquilo clássicas- marcados pelo passado, enquanto o Tico abandonou a carreira do espetáculo, o Teco ainda continua a sonhar com a mesma -tanto que realizou uma cirurgia em CGI. Devido a estes desenvolvimentos o seu companheiro mostra-se muito relutante para avançar com o seu passado. Porém, com o rapto de Montery Jack (Monty) a dupla de esquilos mais famosa dos anos 80 vai ter de colocar tudo o que aprendeu ao longo de três temporadas para salvar o seu amigo louco por queijo.

    Este filme à primeira vista pode ser descrito como um “Quem Tramou o Roger Rabbit” Moderno, visto que mistura desenhos animados com atores de carne e osso em ambientes reais. No entanto, quanto assistimos, mais chegamos à conclusão que estamos perante uma longa-metragem que acima de tudo festeja o maravilhoso mundo da animação e dos anos 80/90… no global. Chip and Dale: Rescue Rangers, não vive apenas das personagens da Disney, no filme encontramos as presenças de Garfield, Transformers, The Simpsons, Sponge Bob, Asterix, e até de um ouriço azul muito especial que ficou conhecido mundialmente por ser feio. Completamente sem aviso somos introduzidos ao Sonic Feio, que devido a sua popularidade se tornou numa personagem de destaque no filme. Esta longa-metragem, também homenageia a própria era e o mundo do entretenimento, além de uma clara alusão aos filmes “VHS” no mercado contrafeito, não pisquem por um segundo, ou vão perder o passeio da fama da Chun Li, a lancheira do Knight Rider, ou um Transformer no meio de uma multidão. É certo que a Disney tem sido eximia a desenvolver realidades alternativas onde os seus programas passados fazem parte do seu mundo, grande parte do requinte de Ducktales 2017, foi centrado neste elemento. No entanto, a mestria de Chip and Dale: Rescue Rangers foi muito mais além e audaciosa. Este foi um filme que utilizou um sem fim de técnicas de animação, desde a tradicional, passando pela digital, stop motion e CGI. Embora a 2D parecesse um pouco artificial em alguns ambientes, há que louvar como foi introduzida -por vezes pareceu usar as mesmas técnicas que a Ufotable usa nas suas obras. Quanto ao humor, sinto que brilhou apenas quando de uma forma descarada rompeu as suas barreiras demonstrando que as suas características partilham um mundo onde a animação é de tal forma tão intensa que nem o nosso imaginativo foi capaz de lhe fazer justiça. Acima de se tratar de um filme criado com conta, peso e medida para os tempos onde a Disney era Disney, não deve ser perdido para qualquer fã da forma de arte de cinematografia mais liberta de constrangimentos. O único problema que sinto, foi o tratar-se de um Remake moderno assente em valores tradicionais, visto que mesmo que resgate personagens clássicas, a sua transação para uma era moderna fez os seus valores se perderem em prol de um filme familiar. Por favor, Disney+ quero assistir a mais obras deste calibre no vosso catálogo.

    Felipe Soares

    Spy x Family (07)

    O setimo episódio da adaptação para série anime de Tatsuya Endo mostrou Loid tentando acertar o curso de sua missão ao mesmo tempo que Anya recebe muita pressão para as coisas envolvendo a escola.

    Gostei como o episódio dessa semana da série tentou fazer um espelho com a questão da pressão que crianças e jovens recebem dentro de sua vida escolar. É de conhecimento público que existe dentro do Japão uma grande pressão para que crianças e jovens tentem ser os melhores nos estudos e não causar problemas, dentro do episódio isso ocorre com a pressão de Loid coloca em Anya para conseguir ser melhor nos estudos e ainda se desculpar do ocorrido da briga mostrado no episódio anterior. O desenvolvimento dos três personagens como família também ocorreu de forma bem gradual neste episódio. Com pequenas ações, foi legal Loid ver mudar sua perspectiva sobre o que Anya gostaria através de uma conversa simples com Yor, que também revelou mais de seu passado com seu irmão.

    O tom cômico ganhou muito destaque neste episódio, isso aconteceu de uma forma bem divertida através do bom texto que a série tem, a edição e montagem e sua trilha sonora. O mesmo ocorreu no momento mais dramático, dando um tom um pouco mais sombrio no momento.

    Dragon Quest: The Adventure of Dai (78)

    O novo episódio de Dragon Quest mostrou o final de Zaboera e o retorno de Hyn para seu confronto final contra Hyunckel.

    Se em sua parte inicial e na metade de sua história, Dragon Quest estava conseguindo o feito de ser bem consistente, mas em sua parte final estão aparecendo falhas muito visíveis para serem ignoradas. Os Cavaleiros de Hadlar tiveram o seu momento no início do arco da invasão ao castelo de Vearn, para mim este momento serviu para mostrar que os discípulos de Avan estavam fortes o suficiente para superarem estes inimigos e partirem para os inimigos finais. Por esse motivo considero que o retorno de Hyn não faz nenhum sentido, a não ser uma tentativa de dar um embate grande ao Hyunckel sem precisar apresentar um novo personagem.

    Os Cavaleiros de Hadlar são baseados em peças de Xadrez, para quem conhece o jogo sabe que o Peão é a única peça capaz de ganhar uma “transformação” ao chegar na primeira fileira do lado inimigo e podendo virar qualquer outra peça existente (com exceção do rei). Porém, os Cavaleiros também dependiam de seu rei (no caso Hadlar) para continuar vivendo. Com o antigo inimigo de Dai e Avan morto nenhum outro Cavaleiro deveria sobreviver, ao trazer Hyn de volta para lutar contra Hyunckel a série quebra uma regra imposta dentro de seu universo mágico, algo que também pode ser considerado um tipo de Deus Ex-Machina.

    Chip ‘n Dale: Rescue Rangers

    Lançado nesta sexta-feira (20 de maio) no catálogo da Disney+, este longa baseado na animação Chip ‘n Dale Rescue Rangers (Tico e Teco e os Defensores da Lei no Brasil e Tico e Teco – Comando Salvador em Portugal) foi uma grata surpresa.

    Produzido pela Walt Disney Pictures e pela Mandeville Films, este longa com direção de Akiva Schaffer e roteiros de Dan Gregor e Doug Mand. O filme se passa anos após o sucesso da série animada e os protagonistas Tico e Teco foram esquecidos e estão separados. A dupla se junta novamente quando Teco, que recebeu uma cirurgia computadorizada, pede ajuda para Tico após o sumiço de um de seus colegas de série.

    O termo Multiverso da Loucura deveria ser o real subtítulo deste longa, além de possuir uma história muito divertida e bem desenvolvida, o filme possui uma quantidade incrível de referências diretas e indiretas a milhares de personagens de séries e filmes animados. É incrível como o longa consegue colocar esses personagens em tela de forma dinâmica e natural, como parte da comédia do filme, e ainda fazendo referência direta a coisas conhecidas que ocorreram em produções reais da cultura pop.

    Em questão de produção o longa consegue um outro feito, colocar personagens (principais e coadjuvantes) live-action, de animação 2D e em CG interagirem de forma uniforme e com poucos momentos de estranheza. Sem falar que existe uma quantidade incrível de estilos de animação que aparecem no decorrer do filme, incluindo diversos personagens coadjuvantes aleatórios em animação em estilo anime. 

    Halo (Episódios 8 e 9)

    Os dois episódios que fecham a primeira temporada da série live-action baseada na popular franquia de jogos mostrou Master Chief sendo pressionado entre escolher o dever e seu lado humano em uma série de acontecimentos inesperados.

    Acho interessante como os dois últimos episódios de Halo colocou a questão sobre o que define a humanidade em destaque. Isso ocorre de diversas formas e discute se o ser humano possui bondade, maldade, ou se existe uma mescla dos dois. Gostei como alguns plots foram finalizados, apesar que no geral a série deixou alguns ganchos abertos de forma muito antecipada para a futura continuação.

    O destaque deste dois episódios com toda certeza foi a cena de invasão a um templo Covenant. Gostei muito que a cena é muito voltada em criar um fanservice para os fãs dos jogos, isso ocorre de forma muito bem feita, com momentos dinâmicos em primeira pessoa lembrando os jogos da série, chefão sendo introduzido como um ser perigoso e um climax que colocou o Jonh totalmente de lado e revelou um Master Chief calado, frio de humanidade e mais próximo do que é conhecido popularmente. 

    No geral, essa primeira temporada da série live-action de Halo consegue ser um boa introdução para quem gosta de ficção-científica, mas nunca jogos os games série. Mesmo com mais tramas políticas e filosóficas e menos cenas de ação, a série consegue apresentar seus personagens centrais muito bem. As poucas cenas de ação da série são bastante satisfatórias, com momentos que são voltados ao público comum e claros fanservices para os fãs dos jogos da franquia.

    Star Trek: Strange New Worlds (Episodios 1, 2 e 3)

    Spin-off da série Star Trek: Discovery, esta série segue o Capitão Christopher Pike (interpretado por Anson Mount) e a tripulação da nave estelar USS Enterprise (NCC-1701) no século 23. A história desta série se passa anos antes dos acontecimentos da série Original de Star Trek.

    Sou um fã bem novo dentro da franquia Star Trek, mas os três primeiros episódios de Star Trek: Strange New Worlds conseguem me fazer gostar demais da franquia ao ser extremamente imersivo ao revelar um lado muito atual da humanidade. O primeiro episódio possui algumas ligações com Star Trek: Discovery, mas isso não atrapalha a experiência para quem está começando agora na franquia e ainda mostra uma história sobre como o diálogo é sempre a melhor forma de se resolver conflitos. O segundo episódio vai além, debatendo um pouco sobre religião e as consequências sobre determinados atos. O terceiro episódio coloca a luz a questão do estereótipo que é colocado em diversas culturas, debatendo através das ações de uma personagem se o que conhecemos sobre determinadas culturas definem de verdade como as pessoas dentro dela realmente são.  

    O roteiro, edição e trilha conseguem ser muito dinâmicos e emocionantes, fazendo parecer que os mais de 40 minutos do episódio passassem muito rápido. Os cenários destes primeiros episódios são muito bons, ajudando muito a bela fotografia que a série possui. Um outro fator que estou gostando atualmente em Star Trek é a não necessidade de assistir tudo sobre as outras séries da franquia, isso proporciona a possibilidade de assistir uma série da franquia sem precisar ter visto a série Original ou as outras séries que vieram antes.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Felipe Soares
    Felipe Soares
    Membro
    Reply to  Bruno Reis
    23 , Maio , 2022 2:07

    Fui assistir Tico e Teco por causa do Sonic feio e me diverti muito. 😆 😆 😆 😆

    Samuel Silva
    Samuel Silva
    23 , Maio , 2022 11:55

    Vi muita coisa esta semana. Não posso nem consigo deixar de recomendar Dance Dance Danseur e Paripi Koumei, para quem queira experimentar algo de diferente. Fui ver o Jujutsu Kaisen 0 ao cinema, e gostei do filme. Concordo com o Bruno na análise simples de Shield Hero. O hiato fez com que o hype diminuísse e precisava de voltar com um “Bang”, mas não o fez.

    Noᥙzᥱᥒ ΨυκιησD
    Noᥙzᥱᥒ Ψυκιησ
    23 , Maio , 2022 18:50

    Sonic de Chernobyl voltou kkkkkkk

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