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    O que estamos a ver – 25 de Setembro de 2022

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Yurei Deco (11 e 12)

    Yurei Deco, foi por excelência uma série produzida pelo estúdio Science Saru, daí que a sua excentricidade e complexidade narrativa andaram de mãos dadas. Quem estive atento a este espaço sabe que o anime retirou diversos elementos da obra literária de Mark TwainAs aventuras de Tom Sawyer” Praticamente nenhum elemento foi esquecido, desde o trio de personagens “Hack” “Berry” e “Finn” que conota o nome Huckleberryfin, passando pelo barco a vapor, ao vilão Joe, e até o próprio Mark Twain, enquanto universo central destes elementos. No entanto, um dos registos mais interessantes de toda a série foi o espelhamento social que vivemos na atualidade. Grande parte da série atuou como uma crítica ao perigoso e vazio prestígio das redes sociais. Yurei Deco não só nos demonstrou que a sociedade é regida pela era digital como também como a verdade muitas das vezes é encoberta por um prestígio vazio. A série foi incisiva também no viver, o que somos, para onde vamos, e de certa a imortalidade existe apenas enquanto permanecemos memórias.

    Hack era uma rapariga!?

    Orient (11)

    A batalha entra numa fase decisiva quando o pai de Michiru utiliza o poder da sua filha para a tornar na mais poderosa das lâminas, tanto que rivaliza com o poder da Obsidian Goddess. Felizmente, o recipiente da Deusa consegue com que escute a sua coragem interior e lute contra as ambições do seu pai. Realmente Orient está muito diferente da sua primeira temporada. O trio de personagens foi praticamente reduzido a uma, e os arcos de cada foram descartados para se fixarem no desenvolvimento do Musashi. É realmente uma pena que o espírito de aventura da primeira temporada tenha sido descartado para se focar no desenvolvimento de uma personagem.

    Tokyo Mew Mew New (12)

    Senti que esta primeira parte de Tokyo Mew Mew New, retirou muitos, mas mesmo muitos apontamentos de Sailor Moon Crystal. Não só o seu fluxo de acontecimentos foi essencialmente o mesmo, ou seja, a história foi muito fixada na reunião das guerreiras com o ADN de animais em vias extinção, como o desenvolvimento de todas contribuiu para assinalar o da personagem principal. Também senti a mesma direção artística, exuberantes ataques mágicos acompanhados de coros e interessantes coreografias de luta mesmo com recursos muito limitados. Talvez o elemento mais interessante da série foi a sua dualidade de critérios. Na minha ótica não existiram nem vilões, nem heróis. Isto porque ambos partilharam motivações nobres que dependeram apenas do ponto de vista de cada um, que sublinharam que muitas vezes o bem ou mal são essencialmente perspetivas.

    Jashin-Chan Dropkick X (12)

    Jashin-chan termina a sua terceira (e talvez) última temporada da melhor forma. Uma série de humor brilha pelas situações onde mergulha as suas personagens, e este último episódio pegou na unidimensionalidade da Jashin-chan das outras personagens enquanto lhe atirou com o humor mais nonsense da série X. A mesma deu uma autêntica volta de 180 graus na sua protagonista que no final até a transformou na heroína e defensora da terra. Será que a nossa lamia favorita voltará para o inferno, ou encontrou um novo no nosso mundo? A resposta apenas o tempo nos dirá desu no.

    Dragon Quest: The Adventure of Dai (2020) (96)

    Realmente é uma pena que os melhores episódios deste arco de Dragon Quest: The Adventure of Dai estejam apenas a surgir nos momentos finais. Senti que a série mastigou e arrastou-se demasiado para chegar onde está. Duelos mortais, e ressurreições sem sentido fizeram-na estagnar por diversos momentos. Realmente começo a perceber porque gosto tanto da personagem “Popp”. Identifico-me imenso com este discípulo de Avan, pois também mantenho viva a chama de esperança, da coragem e da persistência onde praticamente não existe. Não existem lutas fúteis, só são quando desistimos de lutar ou de acreditar, e este episódio demonstrou-nos o quanto esta afirmação está certa. Foi um deleite assistir ao progresso e desenvolvimento das personagens de apoio, tanto quanto as principais e como o lore da aventura do pequeno herói se expandiu com a chegada do colega de apostas do Vearn.

    Dragon Quest: The Adventure of Popp

    Lycoris Recoil (13)

    Lycoris Recoil foi uma das séries anime mais equilibradas e “cinematográficas” que me lembro de assistir nestes últimos anos. A mesma teve a ousadia de misturar slice of life e fofura com frenéticos momentos de ação envoltos num enredo adulto. Este foi sem sombra de dúvidas um dos animes da temporada, dado que apresentou qualidade quer na animação, como em todos os outros departamentos. Devido a todos e muitos mais registos também com o passar do tempo se tornou extremamente orgânica, já que tomou algum do seu tempo a a desenvolver as suas personagens. Até mesmo um vilão demonstrou ser um herói por revelar que os heróis são os próprios vilões da sociedade. Se não acompanharam a série, façam-no com a maior brevidade, pois além de receber um final em aberto, também cativou os olhares e atenção do tio Kojima, o criador da série Metal Gear.

    Hoshi no Samidare (12)

    Hoshi no Samidare continua horrível! Por isso estou a acompanhar, e serei o vosso mártir para não sofrerem. Agora peço desculpa porque tenho de ir ali ao canto lavar os meus olhos… com lixívia Neoblanc!

    10.000 horas no Paint
    Já vimos CGI na Playstation original com melhor qualidade
    A menina Brock

    Ricardo M.

    O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder (Episódio 3 e 4)

    Apesar de estes episódios desenvolverem-se lentamente e até mesmo apresentarem cenas algo monótonas, conseguiram levantar alguns pontos-chave que nos ajudam a entender a aliança entre os reinos que já conhecemos da trilogia dos Senhor dos Anéis. Independentemente do enredo se centrar em vários locais do conflito, sejam eles os Harfoots ou até os anões, o foco em Galadriel continua a demonstrar o crescimento do personagem. A sua chegada acidental a Númenor fez-me ver como ela vai lidar com certas situações a fim de criar alianças vitais para alcançar o seu objetivo. Visualmente, a série continua a surpreender, e isto comprova-se na maneira como a ilha de Númenor é apresentada. O desfecho do quarto episódio, felizmente conseguiu despertar a curiosidade para continuar assistir a série, espero sinceramente que consigam manter este ritmo até ao final.

    Star Wars: Andor (Episódio 1 a 2)

    A nova série de Star Wars focada na história de Cassian Andor, interpretada por Diego Luna, conhecido do spin-off Rogue One: A Star Wars Story, mostra uma maturidade e abordagem completamente distintas ao que conhecemos das séries de Star Wars. Aqui encontramos uma ambiência um tanto ao quanto semelhante ao que vimos em Rogue One mas ainda mais aprofundada. Estou a gostar de conhecer a vertente mais imprudente de Andor, bem como as referências às suas origens. Estes primeiros episódios vêm a comprovar que o universo Star Wars não se apoia apenas em lutas entre jedis e de grandes momentos de aventura e ação, desta vez dá prioridade ao suspense assemelhando-se a um verdadeiro policial onde o enredo se manifesta a um bom ritmo captando o interesse. Ao mesmo tempo, a fasquia gráfica continua a ser a que se esperava embora sinta que a edição e fotografia conseguiram atribuir uma nova perspectiva à sua produção. Gostei também de como cada episódio termina sem uma cena conclusiva, deixando em aberto a continuação para o próximo episódio sem sobressaltos.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Jin
    Jin
    25 , Setembro , 2022 19:04

    Sério que nenhum de vocês estão a ver o Cyberpunk Edgerunners? No momento vi até o episódio 5 e me surpreendeu muito, visto que não conheço a história do jogo. Recomendo fortemente.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Admin
    Reply to  Jin
    25 , Setembro , 2022 22:54

    estou a ver

    Samuel Silva
    Samuel Silva
    26 , Setembro , 2022 12:34

    Lycoris Recoil foi uma mistura bem feita de géneros diferentes muito bem executado. Conseguiu muito depressa algo que animes com mais episódios não conseguem, cativar o espectador. E atirou a Chisato para a lista já enorme este ano de best girl.
    Dropei o Lucifer and The biscuit hammer mas em comparação, o que ainda aguenta Orient é o design de personagens e a animação ser razoável e pouco mais…como é possível um um arco de batalha, com tantas personagens novas e vilões op ser tão, na minha opinião, entediante?

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