De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.
Bruno Reis
Urusei Yatsura (2022) (30)
A David Production volta a provar o que tenho dito há largas semanas, porque acredito cada vez mais que este é o estúdio de animação que melhor respeita os legados de mangá clássicos nas suas adaptações. Desde a genial produção de Jojo’s Bizarre Adventure, num já longínquo ano de 2012, que ao longo de diversas temporadas de anime além de adaptar as subsequentes partes da obra de Hirohiko Araki, também adaptou outra incrível obra que está continuada pelo Studio Kai e exibida esta temporada, Captain Tsubasa. Com Urusei Yatsura, uma das primeiras séries anime Romcom da história, a David Production volta a fazer história, na verdade acho que estamos perante um dos melhores remakes de anime dos últimos anos. Na continuação de um dos melhores segmentos até à data na série, esta adaptação volta a colocar na sua segunda parte do episódio o capítulo da década do futuro que tantas implicações e conotações tem com o enredo e até um dos filmes, Beautiful Dreamer. Na adaptação clássica este episódio foi introduzido demasiado cedo, e sinceramente achei um pouco fora de contexto porque a tempestuosa relação entre o humano e a Oni ainda não tinha sido de certa forma estabelecida nem tivessem sido vividos momentos que traduzissem emoções melhor que palavras ou ações.
O estúdio prova que está muito atento porque inseriu este episódio quando o Ataru e a Lum já estabeleceram momentos onde foram muito importantes um para o outro, e surgirem dúvidas nesta fase estabeleceu muita via muito mais orgânica e emocional na série. A meu ver este este polémico episódio na comunidade de Urusei Yatsura, é simplesmente uma realidade alternativa onde Ataru não conheceu Lum e como vimos em Beautiful Dreamer existem realidades alternativas no universo de Urusei Yatsura ,esta é simplesmente outra destas e não é a atual que estamos a acompanhar. Certamente que devem estar a achar interessante porque não cito o primeiro segmento do episódio, bem foi pura diversão sem estribeiras e sem filtros.
Shangri-La Frontier (19)
A luta contra Wethermon acaba de uma das formas mais anticlimáticas possíveis mas que no contexto da série tem imenso sentido. Como o grupo obteve a fama e foi apresentado de uma forma bem cómica quer Sunraku como todo o seu grupo emergiram como verdadeiras celebridades. Quando pensávamos que a série ia tomar a via mais simples e corrente neste tipo de obras eis que volta a surpreender-nos quando uma das suas personagens é colocada em duelo contra uma das fortes para abandonar a sua vida passada. Não tenho dúvidas que quando Vash revelar a verdade deste mundo ao Sunraku que vamos realmente descobrir o que o jogo divino é e esconde.
Captain Tsubasa S2 (20)
Captain Tsubasa volta a surpreender, porque pela primeira vez na série vemos um desafio de futebol dentro e fora dos relvados, isto porque na seleção de juniores da França existe muito mais que talento, a mesma também joga com o estado psicológico dos seus adversários. Logo no inicio deste torneio que vimos como um jogador influente pode condicionar o jogo se a sua mente não estiver focada no mesmo, mas o que acontece quando o mesmo acontece com toda a equipa? foi essa cartada que a seleção francesa jogou em campo e não só conseguiu reduzir os seus adversários como também semear a discórdia. Contudo, também teve um efeito colateral porque senti que Pierre acendeu o rastilho no explosivo Napoléon e a bomba pode explodir para qualquer um dos lados. Sem duvida um dos melhores episódios da série até ao momento, principalmente como explorou o lado psicológico de uma equipa num relvado.
Delicious in Dungeon (08)
Este episódio de Delicious in Dungeon teve de tudo e realmente o Studio Trigger está de parabéns. Pela primeira vez temos um segmento continuo porque o episódio começa com Laios deitado a sofrer dores atrozes devido ao parasita que comeu. Enquanto este evento decorre Marcile consegue o feito de não só revelar mais sobre o seu passado como também mais sobre o mundo e as suas leis. Este segmento é demonstrado através da infância da elfo quando ainda era estudante da academia e conheceu Falin numa temática muito semelhante a Little Witch Academia. Se a primeira parte do episódio foi calma e até ternurenta, a segunda certamente que não o foi. Não me interpretem mal, não estou a denegrir esta passagem muito pelo contrario. A luta contra Undine foi do mais espetacular, festivo e intensamente animado, valores que são uma constante nas obras da Trigger, com a arte e animação a mudarem drasticamente a cada cena demonstrarem um dos melhores segmentos da série e certamente desta temporada.
