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    O que estamos a ver – 26 de Novembro de 2023

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Captain Tsubasa: Youth Tournament Arc (08)

    Captain Tsubasa é mais que um anime de desporto é uma verdadeira série de drama que consegue ser muitas vezes mais relacionável do que algumas obras dentro deste género. Na obra de Yoichi Takahashi o desporto foi um catalizador para algo maior em alguns segmentos. Este episódio foi um verdadeiro testamento destas palavras, visto que colocou um drama familiar muito relacionável na nossa atualidade entre Misaki, os seus pais, rumos a tomar e que família por vezes temos de escolher. Há semanas que relatei que Misaki era uma personagem que devia ser mais trabalhada, felizmente parece que a produção esteve atenta à minha critica e resolveu dedicar um episódio para desenvolver a outra face do duo dourado da Nankatsu.

    Shangri-la Frontier (08) 

    Fecho de um ciclo foi o que senti neste episódio de Shangri-La Frontier, já que Sunraku concluiu a sua viagem inicial para o seu desenvolvimento. Este último confronto foi do mais emocionante qualitativo também. A animação no confronto contra o espirito amaldiçoado foi incrível, os ângulos de câmara e a realização foram dois elementos que contribuíram para aumentar esta fasquia. Também foi muito interessante presenciar como uma experiência má pode condicionar uma boa e o poder absurdo de Vash. A segunda parte do episódio foi quase como um reverso desta frenética ação, visto que Sunraku e Emul passearam pela aldeia e pincelaram a série com um tom mais suave e cómico.

    Mancha Branca

    Jujutsu Kaisen -Segunda Temporada- (18)

    “Montanha russa de emoções, sensações e animações” estas são as palavras que melhor descrevem mais um episódio desta controversa adaptação anime. Realmente foi difícil quantificar e qualificar porque nestes 20 minutos tivemos um misto que deambulou entre o incrível e o medíocre. É certo que Jujutsu Kaisen está a tomar imensas liberdades na sua componente visual e há umas semanas atrás enalteci e referi o quanto original está a ser ao recorrer a ângulos de câmara como fosse um shooter na primeira pessoa. Esta semana voltou a fazer mais ou menos o mesmo, o problema foi a sua execução. Julgo que a ideia de colocar Yuji a correr num metro num ambiente CGI pode ter sido uma boa via para aliviar o trabalho e cofres do Studio Mappa, mas para os espetadores produziu um efeito muito muito artificial. Ao longo do episódio e durante a luta de Mahito e Yuji assisti a incríveis momentos animados polvilhados com a tradicional coreografia de luta do estúdio. Também e durante o episódio tivemos algumas metáforas filosóficas bem interessantes. Contudo, e mais uma vez, assisti novamente a uma série de altos e baixos que partiram de 10 segundos num ecrã azul em silêncio a um momentos fluídos onde até tiveram o cuidado de introduzir sincronização labial. Devido a esta subida e descida vertiginosa de elementos e situações dou por mim a pensar que Jujutsu Kaisen, tal como nos jogos é um produto inacabado, que supostamente vai ter uma versão definitiva física conhecida como Blu-ray Box. Numa série focada em maldições, não deixa de ser irónico que a maior ambição do Studio Mappa se esteja a revelar como a sua maior Maldição.

    Jujutsu Kaisen II é um produto inacabado

    Dr. Stone: New World (20)

    As emoções de Dr. Stone voltam a estar à flor da pele com mais um explosivo episódio. Pelo caminho tivemos a conclusão de um confronto que fez corar imensos battle shonens e que de uma forma muito original conseguiu preservar a identidade científica da série. Adorei como no final ambos os polos se respeitaram mutuamente sem entrar naquele domínio demasiado cor de rosa ou fantasioso, na verdade até senti ser bastante relacionável para com muitos de nós. Mas não só de momentos de batalha e troca de galhardetes viveu este grande episódio. Como em cada um dos exércitos os únicos membros de pé são os líderes, a parte final do episódio foi do mais intenso, estratega e mental, um autêntico deleite para o espetador.

    Rurouni Kenshin (2023) (21) 

    À semelhança de Dragon Ball, a adaptação de Rurouni Kenshin é uma das que consegue o raro feito de recorrer a fillers para melhorar a sua narrativa e consequentemente, personagens. Se estiveram atentos a este espaço na semana passada onde relatei o anterior episódio, indiquei que estes “fillers” não tinham nem voz nem voto nesta adaptação. Nada mais longe da verdade, porque através destes supostos “fillers” descobrimos não só as primeiras almas salvas pela benevolência de Kenshin, como porque decidiu parar a sua vida -momentaneamente- como samurai errante. A forma como o fez foi bastante inteligente e orgânica quer para a personagem como para o seu mundo. Como habitualmente tivemos mais um momento de trivia que desta vez foi sobre a Varíola, que a par da tuberculose foi uma das doenças mais temidas no século XVI. Saito finalmente vai fazer a sua estreia para a semana.

    Pretends to be shocked

    SPY x FAMILY II (08) 

    Na semana anterior indiquei que SPY x FAMILY é obra com cariz familiar, bem, esta afirmação de certa forma envelheceu como leite neste episódio. Não me interpretem mal, o episódio foi do mais fantástico quer a nível de realização como de animação, aliás rotulo o confronto da Garden contra os restantes assassinos como um dos momentos mais intensos e bem animados em toda a série. Os mesmos atingiram momentos que não pensava ver inseridos nesta animação como muito sangue, mortes, manobras espetaculares e uma coreografia metafórica muito interessante de fogos de artificio. Mais uma vez Yor contestou a sua via nesta vida e revelou mais um pouco do seu passado. Se não fosse a “intervenção” dos Forgers na sua mente teria sucumbido ao mais perigoso destes assassinos, realmente dou a pensar por mim que Yor e Loid estao muito mais investidos na operação Strix do que pensam, e que de futuro vão ter de se enfrentar, o possível clímax da série. Claro que nem tudo foram mortes, o autor conseguiu polvilhar um pouco de comédia através das preocupações de Yor com a sua aparência quando voltar para a sua família, e limpar litros de sangue no convés com uma esfregona.

    Foi aqui que a Yor descobriu a sua vocação

    Goblin Slayer II – (08)

    Finalmente Goblin Slayer resolveu dedicar um episódio para recuperar a sua identidade e inundar os espetadores com confrontos repletos de emoção e muita violência onde o sangue de Goblins manchou salas de uma dungeon. Quando o grupo de Goblin Slayer foi instaurado senti ser demasiado disfuncional e um pouco fora de contexto, por isso foi um deleite assistir ao crescimento do mesmo e as dinâmicas de cada membro, todos tem um papel e um destaque dentro e fora do mesmo, um efeito raríssimo em obras desta natureza. Pelo caminho Goblin Slayer continua a revelar-nos um pouco do seu contornado passado e sem darmos por isso algumas peças do puzzle começam-se a encaixar sem o expor demasiado se são fãs dos jogos “Soulsborne” este efeito é semelhante. Qual será a relação do misterioso grupo que apareceu na parte final com a Sword Maiden? mistério.

    Gloria à la plagas!!!

    Frieren: Journey’s End (12) 

    Frieren, é uma série que não tem pressa absolutamente nenhuma para avançar o seu enredo e prefere “perder” o seu tempo a desenvolver as suas personagens. Himmel, possivelmente já não é o herói que todos julgaram, o que automaticamente também faz com que o Rei Demónio não seja a calamidade da lenda o que me leva a crer que a viagem de Frieren apenas foi um prólogo. Outro elemento que o episódio se debruçou foi no aniversário do Stark, dos costumes, da perversidade da Frieren, devido à sua mestre, e à Fern espalhar “pervertido” em tudo o que era canto, que fatigante. Outro efeito que adorei neste episódio foi a citação do Eisen “Aqueles que se esforçam são todos guerreiros” que vontade de provar aquele hamburger gigante em forma de bolo!

    Afinal a Frieren tem um lado divertido e perverso
    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Paulo Silva
    Paulo Silva
    26 , Novembro , 2023 19:33

    Uma pequena nota a respeito do Kenshin. Embora estes episódios não correspondam aos primeiros livros que saíram, eles não são 100% filler. A história retratada aparece no livro Rurouni Kenshin: Restoration n.°1, no capítulo ‘The Prologue: “Act Zero”‘.

    ana
    ana
    Reply to  Paulo Silva
    27 , Novembro , 2023 13:15

    Ia comentar o mesmo. Ate é uma ofensa chamar de filler a algo que é canon. sendo assim os ep do yahiko, do raijuta e do sanosuke tb seriam
    Achei muito bem terem adaptado esta história porque algo q notei ao assistir o ep 1 do remake é q o anime antigo pelo menos tinha desenvolvido melhor o porq de kenshin ter querido ficar no dojo da kaoru. Engracado q nem tinha notado q nao tinham dado uma boa explicação quando li o manga mas no anime fica bem claro q estava pouco desenvolvido
    Visto que eles decidiram adaptar esta história de certeza q iriam adaptar todas as outras dos mangas especiais e provavelmente ate o novo manga (hokkaido arc)

    LikouD
    Likou
    Reply to  ana
    28 , Novembro , 2023 18:12

    Eles claramente tem a intenção de adaptar o Hokkaido quando terminarem o mangá original. Mas isso vai demorar, daqui a uns três anos ainda.

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