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    O que estamos a ver – 3 de Abril de 2022

    De uma forma resumida falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Sabikui Bisco  

    Após semanas de “nitpickinice” sobre as motivações da produção de Sabikui Bisco, tenho de reconhecer que quando quer também faz as coisas bem. Perante um regresso do nosso herói que se transformou numa espécie de “Deus WD40” e de um Kurokawa que vive num interior de um Colossal Titan que tivemos o palco para o clímax final da série. Mas, antes de continuarmos, uma palavra do nosso parceiro oficial de “nitpckinhice”, a verniz Anti-Metal P-43. “Foi bizarro como o Tetsujin passou de um Colossal Titan CGI manhoso a uma criatura muito semelhante a um Titan Reiss, incrivelmente bem animado e com uma arte extremamente cuidada. Quanto temos dois polos tão divergentes, o efeito torna-se muito artificial e mancha um pouco um fato e uma apresentação mais cuidada do nosso vizinho, sem contar que lhe confere um efeito muito artificial, não só na série como na personagem nos seus ambientes.” Agora que o nosso parceiro falou pela última vez vamos relatar o bom, o mau, e o vilão de Sabikui Bisco. A série no global, pareceu por vezes não saber que rumo seguir, isto porque além de muito extravagante, também colocou elementos e personagens em pirâmide umas em cima de outras. Mesmo perante tais acontecimentos é de louvar que no meio de tanta confusão e histórias paralelas, conseguiu dar um ponto final coerente. Disse e confirmo, Sakibui Bisco, foi um hino às tradicionais séries anime da Sic Radical no início deste milénio, tivemos inúmeros “deja vus” de Trigun, Wild Arms TV, Desert Punk, e Outlaw Star. Não só as situações foram semelhantes como os eventos, ambientes e arte (fantástica) foram muito similares. Tal como as séries apresentadas Sakibui Bisco, também se debruçou no elenco que acompanha o protagonista, sendo que se torna tão (ou mais) principal como o próprio. Este último episódio confirma a 100% esta afirmação, dado que Bisco limpa o mundo da ferrugem -definitivamente- com o apoio de todos os seus amigos e aliados, que de certa forma o humanizaram ao longo destes 12 capítulos. O final também aproveitou a ocasião para mais um “throwback” da era onde retira elementos, visto que os protagonistas se tornaram fugitivos, um efeito que também assistimos no jogo Wild Arms 3 de 2002.

    Hakozume

    Hakozume, foi muito possivelmente a série mais underrated da temporada de inverno. Titãs raivosos, caçadores de demónios, e uma premissa muito simples e de comédia fez com que passasse por debaixo dos radares de muita gente, mas acreditem que aqui temos verdadeiro ouro no meio de produções de maior nome e destaque. Para começar um dos grandes problemas é essencialmente a sua premissa, a série dá uma ideia que é um slice of life policial puramente cómico. No entanto, e se estiveram atentos a este espaço, já sabem que este registo está parcialmente certo, dado que a comicidade também faz parte, mas não é de todo o seu único constituinte. A vida animada das nossas “PSPzitas” é dividida entre o animado e acontecimentos polémicos e perturbantes. Este elemento criou uma direção muito humana, pois não só retratou um quotidiano como o polvilhou com situações que até nos apresentaram a realidade da polícia japonesa. Desde as polémicas medidas de defesa, como também simplesmente se dirigem aos seus cidadãos. Acreditem são bastante diferentes da nossa. Agentes da lei têm de ter um especial cuidado para falar com os cidadãos senão podem mesmo ficar sem o seu cargo, por exemplo. Assuntos sérios como roubos, homicídios, e violações também marcaram presença durante a sua exibição. Acreditem se derem uma oportunidade às “PSPzitas” vão ficar presos às suas aventuras.

    Ricardo M.

    Rune Factory 5

    Rune Factory 5 – Análise

    Depois de me entregar de corpo e alma a Triangle Strategy ( um videojogo que marcou em especial pela sua narrativa) tive a oportunidade de analisar a obra da Marvelous, Rune Factory 5. Ao contrário das boas sensações que desfrutei no título da Square Enix, Rune Factory deixou um sabor amargo logo nas primeiras horas de jogo. Pessoalmente, sinto que a produtora pouco se esforçou para mudar e melhorar a fórmula que a franquia preserva desde o seu nascimento. É curioso como um videojogo que têm objectivo de relaxar e divertir os jogadores, tenha exercido o inverso, pelo menos pela minha experiência pessoal. Cultivar e explorar as áreas fora da cidade, pouco impressionaram não devido à sua simplicidade mas sim à falta de qualidade dos mesmos. No entanto, o componente social continua a ser gratificante e a mais valia entre o restante.

    Felipe Soares

    Love All Play

    O primeiro episódio adaptação para série anime da novel de badminton Love All Play,  de Asami Koseki, foi lançado neste sábado (02 de abril) e este episódio serviu como uma introdução do protagonista da série. 

    Fazendo uma comparação apenas entre animes de esportes, Love All Play consegue ter um tipo de clima mais próximo da série anime Run with the Wind. Ainda assim, gosto como a obra introduz o protagonista como alguém que pratica badminton de forma mediana mas que deseja ser do mesmo nível que o atleta que ele admira. Isso pode parecer bem clichê entre os animes de esporte, mas eu tenho um pouco de expectativas para a forma como a série pode ser desenvolvida.

    A animação deste primeiro episódio foi bem básica, agora é esperar como a produção da série ira animar as cenas dos jogos. A trilha sonora acabou sendo também bem básica e o elenco de voz acabou não tendo nenhum grande destaque.

    Aharen-san wa Hakarenai

    Novo trailer da série anime Aharen-san wa Hakarenai

    Lançado nesta sexta-feira (01 de abril) a adaptação para série anime do mangá Aharen-san wa Hakarenai (Aharen Is Indecipherable), escrito e ilustrado por Asato Mizu, conseguiu entregar um primeiro episódio com uma comédia nonsense bem leve.

    Gostei como o primeiro episódio desta série trata a questão da comunicação entre duas pessoas de uma forma bastante divertida e às vezes até sem noção. A parte interessante do episódio é que vemos dois espectros diferentes tentando interagir. De um lado temos o Raidou tentando ouvir e entender, e do outro lado temos Aharen buscando ser entendida e tentando um meio termo de interação em que ela não seja pegajosa demais (o que acaba gerando as situações engraçadas do episódio).

    A animação do episódio foi simples mas funcional, a edição também cumpriu o seu papel de dar dinamismo aos acontecimentos e surpreender. Já os atores de voz Inori Minase e Takuma Terashima foram bem contidos como Aharen e Raidou.

    Halo

    Este segundo episódio da série baseada na popular franquia de jogos desenvolveu um pouco mais do passado de Master Chief, revelou um pouco mais do misterioso objeto Covenant e o projeto Cortana é aprovado para atualizar as ações dos Spartans.

    Achei interessante que os membros do projeto Spartans acabam sendo projetados para seguir com fidelidade e evitar questionar suas ordens, isso acaba se relacionando um pouco com o mundo real ao discutir se soldados devem questionar as ordens que recebem. Ver um vislumbre de um lado humano Master Chief acaba aproximando ele do público comum, algo essencial para que o público se importe cada vez mais com o personagem. Ao mesmo tempo quero saber até que ponto a série vai adentrando de forma mais profunda em questões politicas/militares envolvendo ética cientifica.

    Raya e o Último Dragão

    O filme conta a história da princesa guerreira Raya, e sua jornada na terra encantada de Kumandra em busca do último dragão para salvar seu lar de uma força obscura que ameaça destruir seu reino.

    Lançado em março de 2021, este longa da Walt Disney Studios Motion Pictures é bastante divertido e bem diferente de outros longas que já tinha assistido do estúdio. Gosto como o longa discute sobre confiança ao próximo, além de trazer um visual incrível baseado em países do leste asiático.

    Um ponto que achei incrível no filme são as cenas de luta funcionarem muito bem. Outro ponto que gostei no longa é que ele funciona de forma perfeita como um roadmovie, além de possuir um universo fantástico que pode ser comparado a outras obras fantásticas (como a franquia Avatar).

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Samuel Silva
    Samuel Silva
    5 , Abril , 2022 8:40

    Análises “no ponto” de Sabikui Bisco e de Hakozume. Acho que se Sabikui precisava de uns episódios a mais para fazer a introdução de personagens de forma mais gradual e dar ao espectador a percepção real do crescimento das habilidades de luta do Milo sem parecer que foi da noite para o dia com a justificação de que treinava de noite quando o Bisco estava a dormir…E também não me importava de acompanha aquele mundo e personagens mais uns tempos. Hakozume foi a surpresa da temporada pois ao ver o trailer, a sinopse e até o opening, não julguei que passeasse entre a comédia e temas muito sérios. É uma excelente recomendação. Também vi Love All, Play e Aharen-San e depois dos respectivos primeiros episódios a intenção é acompanhar.

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