O que estamos a ver – 8 de Maio de 2022

De uma forma resumida falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

Bruno Reis

Kyoukai Senki 

Amou finalmente revela aos seus companheiros porque decidiu tomar atitudes mais frias e distantes com os mesmos desde a sua chegada. Após a batalha contra a AMAIM “Ghost”, Amou e Gai foram acolhidos pela TRYVECTA uma unidade de forças de elite do Japão. Com o passar do tempo o humano e a “IA” desenvolvem laços com os vários residentes do local. No entanto, um grupo de mercenários do exército norte-americano invade a base infetando os sistemas da mesma. Amou assiste aos seus amigos e colegas a serem mortos sem dó nem piedade. A situação é de tal forma desesperante que o jovem muito hesitante abate um dos invasores para salvar um grupo de crianças e após esse incidente não se recompôs, sabendo que tem de viver com sangue nas suas mãos para o resto da vida. Do outro lado da fronteira diversas entidades fomentam ainda mais uma guerra que parece estar iminente. Embora fosse um episódio sem ação mecha, senti que vai ser determinante para movimentar enredo para esse fim. Relativamente ao AMOU será que nunca pensou que os AMAIMS têm pilotos no interior? Alguém o avise que desde que começou a série já tirou a vida a outras pessoas. Percebo porque o consome tanto, afinal AMOU, foi uma das personagens mais inocentes, mas julgo que esta direção devia ser melhor trabalhada, com melhores eventos ou situações.

The Ascendance of a Bookworm -Temporada 3-    

Finalmente com a chegada da primavera Mein e o grande sacerdote dedicam as primeiras semanas da segunda estação do ano a visitar aldeias para abençoar as colheitas. Como não podia deixar de ser a pequena aprendiza não deixa de deixar a sua marca onde quer que vá, e devido às suas abundantes quantidades de mana torna-se alvo de um dos mais perigosos membros da nobreza. As aventuras bibliotecárias de Mein não param de escrever um mundo bem credível -nos seus valores. O festival de colheitas apresenta muitos paralelismos com a nossa época de vindimas, um registo bem interessante não só para a construção deste mundo como o equiparar a elementos de um mundo real.

Rise of The Shield Hero – Season 2- 

O bando herói no escudo aceita formar tréguas com os seus inimigos no interior do Grande Espírito da Tartaruga. Após um caminho atribulado -onde são revelados alguns segredos- os nossos amigos deparam-se com um novo herói no interior do monstro gigante, o Herói do Livro, que se parece imenso com o vilão, Valeth Lezard, de Valkyrie Profile. Começo a acreditar que esta primeira parte da segunda temporada não vai sair muito destes moldes e ser uma mera sombra quando comprada com a anterior. Embora as personagens já estejam estabelecidas a dupla introduzida -Rixia e OST- é muito fraca e sem destaque.

Tomodachi Game 

Tomodachi Game é muito possivelmente o “survival game” mais meticuloso e cerebral que assisti. Este episódio foi fascinante neste ponto, visto que o “sus” do grupo tentou vezes sem conta atirar o nosso personagem principal contra a parede. Só mesmo à base de um intelecto muito meticuloso e uma especial atenção ao detalhe conseguiram levar de vencida o seu impostor.

Ao Ashi 

Ao Ashi resolveu revelar o lado “B” da felicidade do nosso craque. Neste elemento Ao Ashi demonstrou ser mais maduro -outros tempos é certo- que Captain Tsubasa, dado que assistimos ao desgoto de uma mãe ao ver o seu filho partir para longe de si. Na verdade acho que a obra de Yoichi nunca pegou neste ponto, e se o fez demonstrou-o de uma muito simplista.

Dragon Quest: The Adventure of Dai (2020)

Dragon Quest: The Adventure of Dai, é por excelência uma obra baseada na lendária série RPG. Este episodio referiu esse facto, quando do nada Avan decide montar campo no interior do castelo de Vearn. Esta é uma tradição que emergiu de Dragon Quest, e que possiibilitou aos jogadores montarem campo em terrenos especificos num RPG. Se a série animada enveredar para a via que penso que vai, julgo que a chegada de Avan, vai apenas ser servir para colocar destaque na Princesa Leona, e as penas vão ser determinantes na luta do pequeno heroi contra o grande vilão. Para já julgo que Avan foi resgatado para ser um “plot device”, visto que a Leona tem de se destacar de alguma forma nos combates de Dai, e da misteriosa figura que surgiu perto do Rei Demónio.

Spy X Family 

Spy X Family brindou-nos esta semana com um episódio extremamente proporcional, diria mesmo como já não assistia há muito numa série, isto porque a comédia, o drama, e a ação foram servidos em doses proporcionais. O mesmo foi focado nos caprichos que a menina Anya pediu aos seus pais para celebrar o seu ingresso do colégio de Eden. Como sabemos o membro mais novo dos Forger, é uma grande fã da série de animação, Bondman, e para comemorar o seguimento na missão Strix, pede aos seus pais para encarnarem as personagens da série num castelo semelhante ao da Disney Land Paris.
Claro que o maior registo de Spy X Family vem ao de cima, e quer os Forger, como a própria agência não olharam a meios para fazer sorrir a pequena Anya.

O senso comum é completamente atirado pela janela -no bom sentido. Todos reconhecem os feitos da lenda viva “Twilight” e fizeram de tudo para a agradar o seu ídolo, quanto à Yor, bem descobrimos que além de guilhotinas e outros objetos pontiagudos, também tem um fascínio por uma garrafa de Vinho do Porto. Mesmo num ambiente extremamente desprovido de senso comum , tivemos excelentes cenas de ação do Loidman, de salientar que o tema deste apresenta muito paralelismos com os temas de Persona 5. Embora confronto entre marido e mulher tivesse pouco tempo de antena, foi muito bem animado e integrado, destaque para a coreografia dos movimentos e física colocada dos mesmos. Quando Yor retirou alguns apontamentos da Chun Li de Street Fighter, foi notório assistirmos ao Loid recuar com a física e projeção dos mesmos, um detalhe que talvez possa ter passado despercebido, mas que achei deveras delirante. Por fim adoro como a série implementa a tecnologia dos anos 60 nas suas situações. Acreditem senti-me um pouco relutante por começar a assistir a este episódio por estar cansado e com poucas horas de sono encima, mas mal começou fiquei mais desperto e energético do que tivesse bebido uma chávena de café, claro que este registo deve querer dizer algo ou não?

Felipe Soares

Spy x Family

O quinto episódio da adaptação para série anime de Tatsuya Endo mostrou Loid em uma dinâmica para festejar por Anya ter entrado na escola.

Gostei muito que a obra abraçou de vez a parte de comédia, mas ainda assim se mostrou bastante competente em questão de entretenimento. Podemos dizer que este episódio serviu para desenvolver e estreitar um pouco mais a relação entre Loid e Anya e creio que isso será importante para trazer o lado pai do espião. No lado de referências a filmes/séries de espiões ficou uma personagem da organização do Loid prestando contas do quanto foi gasto com essa missão e eu achei engraçado que este tipo de coisa nunca é questionado neste tipo de obra.

Em questão de produção este episódio foi muito bem feito e achei bem trabalhada a cena de “luta” entre Loid e Yor. No decorrer do episódio também houve um bom trabalho de animação em diversas cenas e a edição e trilha sonora casaram muito bem em diversos momentos.

Dragon Quest: The Adventure of Dai (2020)

O novo episódio de Dragon Quest mostrou o grupo de protagonistas andando por diversos locais dentro do castelo do inimigo e Avan também revelou mais sobre os apetrechos que utiliza agora para lutar.

Este episódio ficou me parecendo mais uma preparação para os próximos grandes acontecimentos que irão surgir futuramente. Somos apresentados a um vislumbre de um novo inimigo, temos nosso grupo de heróis descansando para recuperar suas energias e vemos Avan preparando Leona para assumir sua função dentro do grupo de uma outra forma.

Gosto que Avan está assumindo mais uma posição por trás do grupo, acho que ele vai preparar eles de forma individual nesta parte dentro do castelo e (talvez) partir dessa pra melhor como um sacrifício na luta final ou em algum momento antes. No geral, já estou na expectativa de como poderá utilizar os itens que ela recebeu de Avan.

A animação deste episódio foi bem singela, mas gosto como ela funcionou neste episódio.

Halo

O sexto episódio da série live-action baseada na popular franquia de jogos mostrou Master Chief descobrindo como se conectar com o artefato. Já no sétimo vemos Kwan Ha Boo descobrindo o que precisa fazer para libertar seu povo.

Chegando no final de sua primeira temporada, a série de Halo teve em seus dois episódios recentes o desenvolvimento de questões que ainda estavam em aberto. De um lado foi interessante ver como as questões políticas da série existem mas não são interferem diretamente no plot central da história, pelo contrário, apenas servem para inflamar seus acontecimentos. Já o lado de ficção-científica é o que acaba fazendo a série rodar sua história, com Master Chief se conectando com o artefato através de seu lado humano e Kwan Ha Boo descobrindo seu destino ao deixar seu ódio de lado.

Moon Knight

Chegamos ao sexto (e último) episódio da atual série da Marvel Studios, neste episódio Mark assumiu Steven como parte de seu ser e parte em batalha derradeira para impedir que Amit ressurja.

Este último episódio de Moon Knight praticamente mostrou um problema de escala dentro desta produção da Marvel. De lado temos o bom desenvolvimento das questões mentais envolvendo o personagem Mark/Steven, por outro lado não consigo ver ele efetivamente como um herói. Talvez isso se deve pela série ser um bonde andando onde pegamos ele quase no ponto final, conhecemos sobre os problemas mentais de seu protagonista, porém, não somos apresentados a uma trajetória dele como um herói. Isso se deve principalmente pela série ser compactada em apenas seis episódios e ainda apresentar um plot que possui uma escala que se torna muito grande.

Uma outra preocupação que tenho é em relação a toda produção recente da Marvel ser um evento de escala que pode afetar as coisas globalmente. Aconteceu com Eternos, agora com Moon Knight e isso parece que não está gerando consequências dentro de seu próprio universo (coisa que ocorria anteriormente). Isso me fez chegar na teoria de que alguns acontecimentos ocorreram em momentos diferentes de tempo ou estas produções recentes se passam em universos diferentes (até Kamen Rider/Super Sentai já usou essa justificativa para explicar o motivo que algumas séries possuírem um Japão bem diferente após a unificação de universos causada por Kamen Rider Decade).