O cheque-livro destinado aos jovens vai regressar em 2026 com um valor reforçado. A ministra da Cultura, Margarida Balseiro Lopes, confirmou no Parlamento que o vale passa de 20 para 30 euros, um aumento de 50% face à primeira edição do programa.
A novidade foi avançada durante uma audição parlamentar sobre o Orçamento do Estado para 2026. Margarida Balseiro Lopes justificou a subida com o facto de o valor anterior ser considerado “baixo”, tendo em conta os preços praticados atualmente nas livrarias portuguesas.
O arranque da segunda edição está previsto para o final deste ano, mas os jovens só poderão começar a aderir e a utilizar os cheques a partir de janeiro. A medida contará com um orçamento de 2,3 milhões de euros.
Além do aumento do valor, a ministra sublinhou que a prioridade passa também por resolver os “problemas técnicos” que marcaram a estreia do programa. Durante a primeira edição, registaram-se “vários constrangimentos” na plataforma, o que levou o Ministério da Cultura a procurar a implementação de melhorias no sistema.
Os números da edição inaugural não foram animadores. Até 15 de julho, data em que terminou o programa, foram emitidos pouco mais de 47 mil vales. A taxa de execução ficou-se pelos 20%, segundo dados preliminares da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas. Em 2025, o cheque estava disponível para os nascidos em 2005 e 2006, ou seja, jovens com 18 ou 19 anos.
A fraca adesão levou a própria ministra a reconhecer que seria necessário “um esforço maior para divulgar esta medida, para que chegue a mais jovens, em mais lugares, de norte a sul do país”.
Com o valor reforçado e a promessa de uma plataforma mais funcional, o Governo espera agora que mais jovens aproveitem a oportunidade de adquirir livros nas livrarias nacionais. Resta saber se as melhorias técnicas e a campanha de divulgação serão suficientes para inverter os números da primeira tentativa.
