Hoje a Focus Entertainment e a Asobo Studio lançam oficialmente A Plague Tale: Requiem, a continuação do seu aclamado A Plague Tale: Innocence que em 2019 conquistou o coração de muitos jogadores.

A história de A Plague Tale: Requiem acontece 6 meses após os acontecimentos de A Plague Tale: Innocence e é uma justa expansão deste universo não só expandindo o universo de A Plague Tale como também dando aos jogadores uma maior e melhor experiência.

Em Plague Tale: Requiem encontramos uma Amicia mais madura, experiente e confiante pronta a enfrentar os maiores desafios na procura da cura para a doença do seu irmão, cada vez mais perto de uma guerreira em pleno, e um Hugo que é agora confrontado com as suas capacidades sobrenaturais que para além de extremamente úteis poderão ser demasiado para ele levando a consequências terríveis e a olhares demasiado curiosos e interesseiros.

A Plague Tale: Requiem leva agora a ação para Provença (o jogo anterior acontecia em Guyenne), uma região no sudeste da França que faz fronteira com a Itália e que fica na costa do Mar Mediterrâneo, o que significa que o jogo é agora pintado com um design de cores ligeiramente diferente, mais vivido e até mais iluminado. Continuando, no entanto, o jogo de luz e sombras que caracterizou o primeiro título e que são uma metáfora para a Vida e a Morte, tornando o jogo num belo espetáculo visual repleto de locais belos e interessantes que albergam a grotesca realidade desta história.

O core de mecânica de jogo de A Plague Tale mantém-se neste segundo jogo com grande foco para a sobrevivência e criação de tensão no jogador, sendo que vemos agora implementadas novas mecânicas de gameplay e até um maior foco na ação com Amicia não só a matar para sobreviver, mas também agora com a sua besta a dar a opção ao jogador de evitar uma abordagem furtiva e passar a ser ela a agressora para ultrapassar obstáculos. Definitivamente com Amicia a Asobo criou uma personagem interessante, com a qual muitos jogadores se vão identificar e que vale a pena acompanhar e ver o efeito que este mundo sombrio de A Plague Tale teve no seu desenvolvimento.

Os mais atentos vão reparar que a fórmula de A Plague Tale: Requiem não muda muito ao logo de todo o jogo, basicamente entram numa nova área, têm acesso a uma nova ferramenta com uma ou duas secções de furtividade e depois utilizam-na para resolver o quebra-cabeças da área, sendo que mais para o fim do jogo vão encontrar alguns quebra-cabeças mais desafiadores. Tal como o primeiro também A Plague Tale: Requiem não dá grande liberdade de exploração ao jogador e acaba sempre por o “empurrar” em determinada direção.

Aproveitando as capacidades da nova geração de consolas, algo que vão imediatamente reparar é no número de ratos presento no ecrã, os franceses da Asobo dizem que chega aos 300 mil, não temos a certeza, mas que são muito mais que o jogo anterior lá isso são, e ainda por cima estão mais inteligentes evitando algumas áreas e até trepando algumas superfícies. O mesmo já não podemos dizer dos inimigos humanos que não são propriamente os mais inteligentes e um design de personagens repetitivo passa a sensação de que estão a eliminar sempre os mesmos adversários.

Uma palavra também para a componente musical de A Plague Tale: Requiem que conta novamente com Olivier Derivière ao comando. A banda sonora mostrou-se bastante competente, adequada aos ambientes e ajudando a uma maior imersão.

A Plague Tale: Requiem é assim uma justa expansão de A Plague Tale: Innocence, proporcionando uma aventura ainda mais pessoal e intrusiva, retratando um período medieval sombrio pintalgado com traços de fantasia e sobrenatural, numa palete visual atual e bela, e tornando-o uma experiência única.

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