Killing Floor III visual

Killing Floor III é a mais recente adição à franquia de first-person survival horror shooters da Tripwire Interactive onde uma equipa de até seis jogadores (ou um jogador a solo) poderão jogar cooperativamente para sobreviver a hordas de criaturas alteradas chamadas de “Zeds”, com várias classes de especialistas diferentes, cada um com o seu conjunto de habilidades e com algum nível de customização de aparência e de loadout de armas, com possibilidade de desbloquear e melhorar ditas armas e habilidades a longo prazo através de várias sessões ao dar rank up a cada uma das classes.

Em cada sessão, iremos deparar-nos com diferentes objectivos, assim como várias waves de Zeds com os quais temos de lidar, ganhando dinheiro com cada kill. Nos intervalos entre waves, temos a hipótese de aceder à loja (via Trader Pods) onde podemos melhorar o nosso equipamento nessa sessão específica, de maneira a sobreviver à crescente dificuldade e quantidade de adversários (que também é ajustada à quantidade de jogadores na sessão). Em termos de campanha, temos também pequenos objetivos individuais para completar simultaneamente a meio da acção normal, o que providencia alguns boosts de xp e avança uma narrativa opcional.

Com isto, Killing Floor III segue a fórmula dos seus antecessores num motor mais moderno e com algumas adições como novas armas e novos movimentos (como trepar beirais, e executar slides) que ajudam a tornar os mapas mais verticais, enquanto torna a experiência geral mais streamlined. O sistema MEAT (Massive Evisceration And Trauma) de KF2 também regressa com gore ainda mais dinâmico e violência gráfica (sendo possível atenuar ou até desligar esse setting). Durante as sessões podemos também recolher diferentes materiais largados pelos Zeds que nos permitem desenvolver mods específicos para as nossas diferentes armas, que depois podemos aplicar em loadouts que estarão disponíveis nas Trader Pods, personalizando a fundo a experiência de jogo ao gosto individual de cada um.

Os problemas de Killing Floor III começam no entanto com o facto de estarmos num loop de matar Zeds para conseguir melhorar skills, equipamento e armas para depois ir matar mais Zeds e repete a partir daí, acabando por ter um gameplay loop que não varia muito nem é apoiado por uma estrutura narrativa, sendo que esta está presente mas parece inteiramente desarticulada da acção. Killing Floor III é uma evolução dos seus antecessores em muitos pontos, sim; mas em muitos outros, parece estagnado e escolher jogá-lo em prol de continuar a jogar KF2 (e todo o conteúdo que este oferece) poderá não ser tão óbvio como deveria.

Há muito para fazer em Killing Floor III, e o gameplay é sólido e divertido, mas a motivação para o fazer, principalmente sem um grupo de amigos, poderá não surgir facilmente. Há sempre melhorias para desbloquear, mas que requerem um grind que não evolui muito, e como referido, a narrativa parece ter sido um desenvolvimento secundário… Adicionalmente, muito do conteúdo desbloqueável está associado a um season pass, sem hipótese de ser adquirido com créditos in-game

Com mais updates gratuitos, conteúdo, “seasons” e DLC’s planeados no roadmap do Year 1 do jogo, tudo isto poderá evoluir e melhorar o pack completo do jogo, mas na sua actual forma de lançamento, Killing Floor III é basicamente uma promessa de que poderá vir a ser como os seus antecessores, e não obrigatoriamente um imediato, definitivo e digno sucessor.

Review por Tiago Vasconcelos.

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