Midnight Murder Club é um shooter multijogador na primeira pessoa desenvolvido pela Velan Studios em colaboração com a Sony Interactive Entertainment, que depois de ter estado em acesso antecipado desde Março de 2025, chegou recentemente em versão completa à PlayStation 5 e PC.
A proposta do jogo é bastante direta: somos transportados para a mansão assombrada chamada Wormwood Manor, onde o objetivo passa por sobreviver contra outros jogadores. Com apenas um revólver, uma faca e uma lanterna temos de andar pelas divisões da assombrosa mansão para encontrar uma forma de eliminar os adversários da equipa rival. O mais curioso é que o ambiente está mergulhado na escuridão, o que torna a luz e até a própria escuridão, necessárias para a nossa sobrevivência. Os encontros podem ser caóticos como também há momentos em que nos rimos com os valentes sustos que apanhamos dos outros jogadores.

Combinado a isso temos o chat de voz que adiciona outra camada à experiência, podemos comunicar com os companheiros, mas a nossa voz também pode ser escutada pelos adversários que estão nas proximidades. O mesmo acontece com os disparos, onde o eco denuncia a nossa posição. Mesmo não sendo o meu género de eleição, as partidas acabam por ser divertidas, sobretudo quando jogamos acompanhados de amigos.
Os jogadores convidados a partir do Guest Pass precisam de estar subscritos ao PlayStation Plus.
Em termos de modos de jogo, estão presentes os habituais clássicos Free-for-All e Team Deathmatch, mas a grande novidade é o Wildcards. Aqui, cada um dos seis jogadores escolhe uma carta que permite alterar as regras para todos. Podemos ser transformados numa caveira de fogo, aumentar o tamanho das cabeças ou até invocar outros efeitos criativos que garantem partidas imprevisíveis que exigem algum raciocínio da nossa parte.
Além destes, existe o Graveyard Shift, onde temos de cumprir objetivos enquanto enfrentamos hordas de inimigos cada vez mais difíceis durante 9 rondas; o Thief in the Night, que nos desafia a capturar o máximo de itens valiosos; e o Headhunters, em que devemos proteger ou destruir os totens.

A boa notícia é que Midnight Murder Club conta com crossplay, bem como o Guest Pass, que nos permite convidar até cinco amigos, mesmo que não tenham adquirido o jogo.
Ainda assim, não é uma experiência para se jogar de forma contínua durante dias a fio. Funciona melhor em sessões ocasionais e de preferência entre amigos pela diversão. Após algumas horas pode tornar-se cansativo, já que ainda não há muito conteúdo extra. É provável que surjam atualizações futuras para manter os jogadores interessados, mas existe sempre o risco de acabar por cair no esquecimento, como tantos outros jogos do género.
No final de cada partida no modo Wildcards, somos ainda premiados com duas novas cartas à nossa escolha.
No que toca aos gráficos, não são propriamente um ponto forte. São simples, embora tenha havido um bom tratamento nos detalhes da mansão, sobretudo nos elementos que estão conectados à jogabilidade, sendo que são o áudio e a iluminação que contribuem para criar momentos de verdadeira tensão.
Midnight Murder Club aposta nos nossos sentidos para entregar uma experiência multijogador fora do comum. Apesar de não ter a profundidade nem a variedade de outros shooters, compensa pelo preço acessível e garante bons momentos de diversão, principalmente quando partilhados com os nossos amigos.