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    One Piece: World Seeker – Análise

    Boa história, má execução!

    No passado dia 15 de março a Bandai Namco Entertainment lançou One Piece: World Seeker, um novo jogo de One Piece para PlayStation 4, Xbox One e PC, com a promessa de ser diferente de tudo o que saiu anteriormente de One Piece. A expectativa era alta, será que foi cumprida a promessa?

    One Piece é um caso estranho quer na sua forma de anime, mangá e videojogos, extremamente popular no Japão, líder de vendas naquele país, o seu avassalador domínio em terras nipónicas nunca se traduziu em pleno no ocidente onde franquias como por exemplo Naruto conseguiram bem mais exposição e sucesso.

    Nos videojogos acontece exatamente o mesmo, enquanto que Naruto recebia jogos mais diversificados e completos, One Piece sempre foi o “patinho feio” da Bandai Namco Entertainment e os seus jogos deixam sempre aquela sensação de que se poderia ter ido mais longe. Surge assim One Piece: World Seeker que nas palavras da produtora nipónica promete revolucionar os jogos de One Piece ao oferecer uma experiência em mundo aberta nunca antes vista nos jogos da franquia.

    História

    A história escrita pelo próprio Eiichiro Oda (autor de One Piece) tem bases bem sólidas e enquadra-se bem na narrativa de One Piece, sendo que o ritmo em que a história é contada pode desencorajar muitos fãs, a repetibilidade e ritmo lento do gameplay é muito desencorajador.

    Nesta história cravejada de missões paralelas vemos também a introdução de dois novos personagens no mundo de One Piece.

    Começamos a história na Prison Island onde Luffy e companhia procuram um lendário tesouro, que se diz estar numa ilha flutuante. As coisas rapidamente correm mal, como habitual e o tesouro acaba por ser uma armadilha pelo diretor da prisão, Isaac. Durante a sua fuga, os nossos heróis acabam por se separar e cabe a Luffy partir em busca da sua tripulação enquanto encontra várias caras familiares pelo caminho.

    Luffy acaba por se aliar à líder de um grupo anti-marinha local chamado Jeanne. A luta entre os ilhéus pró e contra a marinha – e entre Jeanne e Isaac – é o ponto principal da história da One Piece: World Seeker.

    https://youtu.be/rFMV23pv_88

    Gameplay

    A promessa de um mundo aberto foi cumprida, mas de que adianta ter um mundo aberto onde não temos muito para fazer ou tudo é repetitivo? Vão passar a maior parte do tempo a fazer dois tipos de missões, procurar um item específico ou lutar contra inimigos.

    Os movimentos de Luffy estão bem recriados, conseguem ser divertidos e ao longo do jogo vão desbloqueando estilo RPG vários movimentos diferentes. A inteligência artificial dos inimigos não é a melhor e muito rapidamente se apercebem que as lutas se transformam numa repetição continua do mesmo golpe.

    Não deixa de ser espetacular vermos o Luffy atravessar uma cidade estilo Homem-aranha, nesse aspecto a Ganbarion está de parabéns e criou uma mecânica bem divertida.

    Vão estar, no entanto, presos a Luffy e o jogo falha em explorar mais os outros personagens principais da franquia, aliás, mesmo sendo personagens principais, em One Piece: World Seeker são muito poucas as vezes em que os ouvimos a falar. A comunicação passa por monossílabos acompanhados de longos textos, sem dúvida uma das experiências mais frustrantes de One Piece: World Seeker, que parece ser assim uma homenagem ao cinema mudo.

    Gráficos

    O mundo de One Piece: World Seeker está construido de uma forma fiel e bonita, as cutscenes estão bem feitas e são interessantes e dá vontade de explorar todo aquele belo mundo.

    O estilo de grafismo escolhido para o jogo combina perfeitamente com o mundo de One Piece, os personagens estão bem recriados e One Piece: World Seeker é sem dúvida o jogo mais bonito da franquia.

    One Piece: World Seeker - Análise

    Conclusão

    Com uma história com potencial, o gameplay repetitivo de One Piece: World Seeker acaba por deitar tudo a perder, num jogo que tinha tudo para se tornar muito especial, mas as suas aproximadas 20 horas de gameplay conseguem ser bem entediantes e por vezes até frustrantes.

    Este é aquele jogo que é recomendamos sem dúvida nenhuma aos fãs de One Piece mas aqueles que não conhecem a franquia vão ter algum dificuldade em desfrutar do jogo em pleno.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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    toygame
    toygame
    6 , Novembro , 2020 4:04

    Putz que pena,tava afim de jogar ,mas parece que foi mais um jogo ruim de anime.

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