Steelrising vai ser já amanhã lançado para PlayStation 5, Xbox Series e (Steam, Epic Games Store e GOG) pela Nacon e Spiders, e a sua proposta é um RPG com laivos do género “souls” num mundo steampunk vitoriano.

E começo por falar sobre a sua história, que é o aspecto mais interessante do jogo. A ação acontece em 1789, numa Paris alternativa com as pessoas a serem fortemente oprimidas por um exército de autómatos sob as ordens do rei que não poupa ninguém e pune violentamente os rebeldes. Com Paris a arder vocês são Aegis, um autómato diferente de todos os outros que não segue as ordens do rei e é fiel à rainha. A vossa missão vai mudar o curso da revolução Francesa.

Este mundo steampunk vitoriano mostra uma abordagem diferente e interessante a este período temporal pouco explorado. Desde locais a personagens que vão reconhecer dos livros de história, fica a sensação que os produtores fizeram trabalho de investigação e criaram um mundo diferente e interessante com muito lore no qual o jogador pode mergulhar e que dá vontade de explorar.

Quanto ao gameplay, é óbvia a inspiração e colagem ao género “souls” onde foi beber muitas das suas mecânicas de jogo sendo que os produtores tiveram o cuidado de incluir um “Modo de Assistência” para aqueles jogadores que têm mais dificuldades ou que pura e simplesmente não gostam deste género de jogo. Aliás, acho que Steelrising é um jogo que se não se tentasse colar demasiado ao género “souls” iria ter uma maior exposição e poderia estar aqui a génese de uma série de jogos.

O “Modo de Assistência” está desligado por natureza, mas a qualquer momento no jogo podem ativa-lo e personalizar algumas características do jogo como a redução de dano, manter o XP após a morte e até a velocidade de recarga. Pensem numa espécie de personalização de dificuldade implementada no género “Souls”.

Tal como um bom RPG que se prese vão ter muitos stats aos quais vão ter de estar atentos, desde atributos que podem vir a fazer upgrade, a espaço de módulos no vosso autómato que vão preencher com modificadores de jogabilidade, passando pelas armas que também serão alvo de melhorias. Dada a dificuldade do jogo a decisão de onde gastar XP e fazer melhorias é algo que terão de pensar muito bem e certamente com o passar dos dias após o lançamento de Steelrising vão surgir na internet muitos guias de como construir a melhor build.

Logo no início do jogo vão poder personalizar o vosso autómato e também escolher a sua classe, desde uma build focada na defesa até uma mais focada na destreza e movimentos rápidos a troco de menor saúde ou até ataques à distância com poderes elementais.

Perante o que escrevi em cima Steelrising no papel tem tudo para ser um grande jogo, mas o problema está na execução destas ideias no gameplay, ficando a sensação que este é um jogo limitado não pela sua “construção de mundo” e “mecânicas de jogo” mas sim pelas suas questões técnicas.

Visualmente o jogo tem um aspecto datado, sendo comum assistirem a elementos a serem carregados à vossa frente e a alguns bugs visuais. Steelrising oferece 3 modos gráficos, são eles: Priorizar qualidade de gráficos, Priorizar a resolução e Priorizar a taxa de quadros.

Para além de um grafismo que poderia ser melhor e ter um melhor desempenho, o mapa é muito desinspirado com uma progressão demasiado linear e simples. Terão na mesma a sensação de importância em cada combate com a sensação de que se não estiveram atentos qualquer luta pode ser fatal e começar tudo de novo, e terão de conhecer os padrões de ataques dos inimigos, mas não vão encontrar inimigos com o carisma que encontramos noutros jogos do género “Souls”.

Steelrising é um jogo com uma história interessante, uma boa construção de mundo, mas que acaba por pecar pela sua execução técnica que impede voos maiores

Pros:

  • Boa história e mundo interessante
  • Capacidade de modificar a dificuldade para podadores inexperientes

Cons:

  • Grafismo datado
  • Problemas técnicos que comprometem o desempenho do jogo
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