Super Monkey Ball é aquele franchise que eu sempre tive noção que existia, mas que nunca tinha experimentado. Sempre vi a série à distância, com uma reputação de diversão e desafio, mas nunca me tinha aliciado assim tanto. No entanto, temos agora o Super Monkey Ball Banana Rumble, o retorno destes jogos tão adorados por tanta gente, decidi finalmente ver, afinal de contas, por que é que tanta gente gosta destes macaquinhos dentro das bolas.
Ao iniciar o jogo, somos apresentados a uma escolha de sete macaquinhos diferentes, cada um com suas próprias características em termos de velocidade, peso e aceleração. Esta diversidade oferece aos jogadores a oportunidade de escolher um personagem que melhor se adapte ao seu estilo de jogo: seja ele mais rápido e ágil ou mais pesado e estável.
A jogabilidade de Super Monkey Ball Banana Rumble é focada em inclinar as plataformas nas quais os nossos macaquinhos se encontram, de forma a levar a bola que os rodeia até ao portal de final do nível. Sim, é tão simples como isto. Em teoria. Na prática, a simplicidade esconde uma certa profundidade estratégica e técnica. A física do jogo foi cuidadosamente criada para proporcionar aos jogadores uma experiência desafiadora, exigindo precisão e habilidade para controlar a bola com destreza. Se vocês já leram alguma das minhas reviews, certamente já terão em mente onde é que isto vai acabar.
A minha primeira sensação ao jogar o jogo é de que o jogo verdadeiramente é muito fofo. Os gráficos são vibrantes e coloridos, o artstyle é agradável, e o sound design também dá uma vibe mesmo divertida ao jogo.
A minha segunda sensação ao jogar o jogo é que eu não sou de maneira alguma coordenada o suficiente para jogar bem este tipo de jogos. É verdade, jogos assim que requerem destreza não são de todo a minha praia, mas felizmente o Super Monkey Ball Banana Rumble tem um modo fácil. A inclusão de um modo fácil é das minhas características preferidas nos jogos modernos. Torna os jogos mais acessíveis para mais jogadores, desde os mais novos ou mais velhos até aqueles que, como eu, podem não ter habilidades de coordenação muito desenvolvidas. Não dá para conseguir achievements neste modo de jogo, mas dá para progredir com a história.
O enredo do jogo até foi mais interessante do que eu esperava. As personagens são fofinhas, e fiquei investida na história da Palette tentar encontrar o pai, por muito que os desenvolvimentos fossem fáceis de adivinhar. Mesmo que a história siga um caminho previsível, o charme das personagens e a simplicidade do enredo conferem ao jogo uma sensação acolhedora e agradável.
Não pude experimentar o modo de multijogador, pois é necessário ter uma subscrição da Nintendo Switch Online. No entanto, pelo que vi, tem um season pass. Tenho que admitir que não sou fã. Parem de meter season passes em tudo e mais alguma coisa, por favor. Há quem trabalhe.
Os vários níveis do modo Aventura são divertidos e desafiadores. Cada nível tem apenas um minuto de duração, o que facilita jogar um ou dois níveis rapidamente, encaixando-se perfeitamente em pausas curtas do dia a dia. Além disso, para os jogadores mais dedicados, há sempre a opção de tentar obsessivamente alcançar todos os objetivos de cada nível, oferecendo uma boa dose de replayability
Cada nível tem três objectivos/achievements: conseguir a banana dourada, conseguir um certo número de bananas, e completar o nível num certo tempo. Estes objetivos adicionam uma camada extra de desafio e estratégia ao jogo, incentivando os jogadores a repetirem os níveis para aperfeiçoarem suas habilidades e alcançarem todos estes achievements.
Obviamente, à medida que vamos avançando nos níveis, conseguir estes objetivos torna-se mais complicado, tendo em conta que os níveis se vão tornando progressivamente mais complexos e exigentes. Os obstáculos aumentam em número e dificuldade, os caminhos ficam mais sinuosos, e o tempo-objectivo para completar os níveis fica cada vez mais apertado.
Para alguém como eu, cuja destreza se encontra algures pelo -2 de 0 a 10, alcançar estes objetivos rapidamente deixou de ser viável após os primeiros níveis. A dificuldade crescente fez com que eu me focasse principalmente em completar os níveis, deixando os objetivos secundários para trás. No entanto, dei por mim ainda assim a divertir-me com o jogo, especialmente quando liguei o modo fácil e pude disfrutar de coisas como checkpoints.
Por outro lado, para os jogadores que se dedicam a completar as várias missões, há recompensas! Ao alcançar os objetivos, os jogadores recebem moedas do jogo que podem ser gastas na loja. A loja oferece uma variedade de itens, desde decorações para o menu principal até cosméticos para personalizar os seus macaquinhos. Esta mecânica de recompensas adiciona um elemento de motivação e personalização. No entanto, preferia que alguns destes elementos não estivessem associados ao season pass no modo multijogador.
À medida que fui jogando, comecei a perceber porque é que Super Monkey Ball tem uma fanbase tão grande e dedicada. A combinação de desafio, jogabilidade e uma estética adorável cria uma experiência que é ao mesmo tempo relaxante e estimulante (por vezes até um pouco frustrante). Cada nível completado traz uma sensação de satisfação, e até por vezes dei por mim a tentar os níveis várias vezes para conseguir alcançar os objectivos.
Super Monkey Ball Banana Rumble não é só um jogo sobre levar macaquinhos até o fim dos níveis. É uma recordação da diversão e da nostalgia dos jogos de arcade, mas recriada para um mundo mais moderno. E é uma prova de que, às vezes, os conceitos mais simples podem ser os mais cativantes.
TL;DR: É um bom jogo numa série que definitivamente necessitava de algo para a ressuscitar, e embora tenha alguns pontos negativos, como a presença desnecessária de um season pass, é um jogo fofinho e divertido, fácil de pegar e jogar. Se calhar só o aconselharia a pessoas com um bocadinho mais de coordenação do que eu.
