Embora pareça uma série de jogos que apenas existe deste início deste milénio, os jogos The Legend of Heroes já nos acompanham desde o distante ano de 1989. Contudo, durante a década de ‘90 estes permaneceram no PC e na PlayStation, sem nunca deixarem o seu país de origem. O ocidente apenas descobriu as suas fantásticas aventuras e personagens com o sexto jogo, The Legend of Heroes: Trails in the Sky FC, que além de ser lançado para PC no Japão em 2004 também trilhou caminhos até ao ocidente através da Playstation Portable em 2011. Este foi o primeiro capítulo das histórias do continente de Zemuria e relatou os eventos de Liberl, um dos grandes territórios no mesmo, onde o jogador encarnou a vibrante bracer Estelle acompanhada pelo seu amigo Joshua.

Com o decorrer do tempo Zemuria expandiu-se tanto em dimensões como em personagens, além de Liberl, também descobrimos a cidade de Crossbell e o Império de Erebonia e sem darmos conta em cerca de década e meia recebemos 9 jogos distribuídos por arcos interligados uns com os outros. Contudo, a Nihon Falcom Corporation sentiu que mesmo após o “Endgame” conhecido como The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel IV ainda existiam pontas soltas a resolver antes de viajar para leste rumo à República de Calvard. Este é precisamente o papel desempenhado por The Legend of Heroes: Trails into Reverie, um jogo que atua como conclusão para todas as histórias que ficaram pendentes antes avançarmos para as aventuras de Vaan e Agnès em Calvard. Os maiores fãs da série vão imediatamente rotular The Legend of Heroes: Trails into Reverie como uma espécie de The Legend of Heroes: Trails in the Sky the 3rd, porque também é estruturado da mesma forma, ou seja, como um epílogo, mas como estamos a falar de uma série com um “world building” tremendo podem crer que teremos muito mais neste décimo capítulo da série.

Desde muito cedo que vos posso dizer que se este é o vosso ponto de partida para as fantásticas aventuras no continente de Zemuria que evitem este jogo ao máximo, dado que foi expressamente concebido para os maiores fãs da série, e todos os elementos da história e personagens contam com o facto dos jogadores conhecerem os eventos de todos os jogos anteriores. Felizmente, o ocidente foi a tempo de fazer essa ponte com os lançamentos recentes de The Legend of Heroes: Trails From Zero e The Legend of Heroes: Trails to Azure . Estes são vitais para não só percebermos a história como também a contextualizar.

Certas coisas nunca mudam

A história de The Legend of Heroes: Trails Into Reverie acontece pouco tempo após os acontecimentos de The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel IV. Após o fim do Crepúsculo os nossos heróis lendários tentam dar um novo rumo às suas vidas. O jogo apresenta isto com uma grande novidade, a possibilidade de seguirmos a história através da ótica de três protagonistas diferentes. Rean Schwarzer, o herói dos jogos The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel e antigo Ashen Chevalier, Lloyd Bannings, o líder da SSS e personagem principal dos jogos da duologia “Crossbell“, e o misterioso “C“, um indivíduo mascarado que usa o mesmo pseudónimo do antigo líder da Frente de Libertação Imperial que assistimos no primeiro The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel.

É uma prazer assistir a todas as personagens da série em glorioso 3D

O jogo começa com Lloyd e a SSS a derrubarem os militares que ocuparam a sua cidade após os acontecimentos do jogo anterior, e antes de saltar um mês para o dia em que a cidade-estado vai declarar oficialmente a sua independência. No entanto, as comemorações são interrompidas pelo grupo terrorista que ocupou a cidade anteriormente, desta vez liderado por Rufus Albarea, o irmão de Jusius que deveria ter sido preso no rescaldo do jogo anterior. Entretanto em Erebonia, Rean e a nova Class VII recebem uma missão secreta para procurar o paradeiro do príncipe Olivert Reise Arnor e Scherazard Harvey, que desapareceram misteriosamente após se casarem. A única pista para encontrar o jovem casal é uma declaração do C onde este refere que foi o responsável pelo rapto. O último grupo une estes dois e apresenta Swin e Nadia, uma dupla de assassinos que foi levemente mencionada na “biblioteca” de The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel IV. Estes regressam para entregar uma mala ao C, cujo conteúdo é uma boneca senciente -numa situação semelhante ao encontro com a KeA e Lloyd- criada pelo artesão Jorg Rosenberg chamada Lapis, que não se lembra do motivo pelo qual foi enviada para o C. O líder mascarado contrata Swin e Nadia para o acompanharem e parte para cumprir os seus objetivos juntamente com Lapis.

O jogo segue as histórias dos três protagonistas em simultâneo, o jogador é quem pode alternar livremente entre os três após o prólogo através do sistema “Cross Story”. Embora este efeito possa à partida parecer não linear na forma como o jogador pode escolher qual a rota a jogar primeiro, a história está dividida em capítulos em que todas as rotas para o capítulo em questão têm de ser concluídas antes de o jogo progredir, e algumas rotas também possuem bloqueios rígidos na progressão e exigem que o jogador conclua outras rotas primeiro. Adicionalmente, o seu conteúdo é mais simplificado do que nos jogos anteriores, o que faz com que a experiência geral pareça mais linear do que antes. Existem partes no jogo onde o jogador vai ter de alternar entre rotas várias vezes para progredir. No entanto, todas as histórias contam com eventos e personagens diferentes e cada possui os seus pontos positivos e negativos. A história da SSS na minha ótica é a mais fraca, porque essencialmente rebusca os acontecimentos base de The Legend of Heroes: Trails to Azure, não chega a ser um “remake” mas muitos dos acontecimentos certamente que nos vão dar um sentimento de déjà-vu. Contudo Llyod traz consigo alguns dos aliados mais interessantes, um destes é a assassina Rixia Mao, uma das minhas personagens favoritas de toda a obra.

A “Navegante da Lua” dos Arc-en-Ciel está de regresso

A história de Rean reapresenta a Class VII que acompanhamos nos diversos jogos anteriores, por isso sentimos o seu grupo um pouco gasto no que toca a personagens jogáveis. Porém, a rota do Rean finalmente faz jus a esta personagem. O ex-ashen chevalier é uma personagem que sempre senti com um enorme potencial não só pelo seu contexto de nobreza como também pelo passado trágico. Infelizmente como os jogos apresentam elementos de harém, esta personagem rumou para o típico herói denso de anime que vive rodeado de mulheres que o admiram. Finalmente com The Legend of Heroes: Trails Into Reverie descobrimos o seu lado humano, os seus traumas e como luta para se afirmar e abraçar o seu passado. Até mesmo pequenos pormenores tais como a sua dicção ou a sua pose durante a S-Craft revelam mais maturidade no jovem herói. Como o jogo apresenta uma escala mais redutora de acontecimentos também vamos poder assistir a um Rean mais terra-a-terra quando comparado ao que conhecemos dos episódios anteriores.

A história de C tem as melhores interações de personagens

Por último a história de C apresenta as melhores interações de personagens. Todo o grupo de “malfeitores” é constituído por um grupo muito orgânico quer em motivações como em desenvolvimentos e muitas conduzem a reviravoltas inesperadas. Em suma, a rota de Lloyd é a mais linear com o melhor elenco, a de Rean possui a melhor personagem principal, mas tem o elenco de personagens mais comum, e a de C as melhores interações de personagens e narrativa. Felizmente todo o trio em diversas partes complementa as falhas de uns e de outros devido a um próximo elemento que senti torna imediatamente o jogo mais coeso, robusto e menos fragmentado.

Muitos jogadores devem recordar-se do Reverie Corridor, a masmorra final de The Legend of Heroes: Cold Steel II, pois bem, esta está de volta na sua forma derradeira, o True Reverie Corridor. Contudo, ao invés do jogo citado esta é uma masmorra que se torna acessível logo no início do jogo. Nestes corredores, as personagens das três rotas estão reunidas e podem mergulhar numa masmorra gerada aleatoriamente que desbloqueia novas áreas à medida que o jogo principal avança, e permite que jogadores façam uma pausa na história em qualquer altura, até porque este corredor tem uma hub onde o jogador pode aceder a lojas, histórias secundárias e minijogos. Tenho muita pena que o minijogo do snowboard de The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel II não tenha sido resgatado para a ocasião, e que os novos dos que foram oferecidos tenham um aspeto muito rudimentar.

Nem mesmo “S” ficou esquecida neste festival de fanservice

O Novo Reverie Corridor também pede emprestado elementos de The Legend of Heroes: Trails in the Sky the 3rd, ou seja, permite aos jogadores desbloquear histórias secundárias e minijogos e outros elementos através da própria hub. Tudo é gerado na recolha de pedras e fragmentos que são obtidos aleatoriamente ao derrotarmos bosses e outros inimigos poderosos nas masmorras do corredor. Estas pedras possuem cores diferentes, e cada contém uma recompensa diferente. Se os jogadores recolherem pedras de ouro vão poder juntar uma nova personagem jogável à sua equipa de heróis. Se obterem uma pedra azul vão poder aceder a um “Episode”, uma história secundária que desenvolve acontecimentos ligados às personagens. A pedra vermelha desbloqueia um minijogo e a de prata concede armamento, Quartz ou outros itens valiosos. Convém salientar que não existe uma forma de descobrirmos em antemão que pedra vamos obter, tudo é gerado aleatoriamente como se fosse um gacha para smartphones por exemplo. Realmente preferia desbloquear personagens ao amealhar recursos dentro do jogo ou realizar proezas em combate, realmente não sou mesmo fã de gachas.

Utiliza o “Burning Spirit” do Lloyd para manipulares a ordem dos turnos

As atualizações de funcionalidades na hub e as mecânicas gerais, tais como o aumento dos limites de BP ou o número de aliados que podemos transportar em batalha não podem ser obtidas com Mira. Os corredores contam com uma moeda que é obtida através da conclusão de “missões”, que vão desde a utilização de habilidades específicas, a vencer uma batalha com um grupo equipado com acessórios cosméticos específicos, até objetivos a longo prazo, como a abertura de todas as arcas do tesouro no jogo, um elemento que não deve ser desconhecido para os caçadores de Achievements ou Troféus e que são fãs dos jogos da série. Não obstante, o conteúdo destes corredores é um verdadeiro sonho para todos os fãs. Vamos poder criar uma equipa até com vilões dos anteriores jogos tais como o infernal Mcburn ou Arianhod, a Lance Maiden. Estas personagens obviamente não podem ser utilizadas em cada uma das três rotas, mas podem ser adicionadas como personagens de apoio para garantir o acesso a novas Brave Orders e Valiant Rages, uma nova mecânica introduzida neste jogo.

Praticamente as batalhas apresentam os mesmos elementos de The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel IV, contudo com a adição das mecânicas Valiant Rage, o seu sistema recebeu uma nova camada de estratégia. Além de ser utilizado em ataques especiais para atacar inimigos com vantagem no campo, o medidor de assalto pode agora ser utilizado em batalhas através de três comandos diferentes chamados Valiant. O Valiant Attack aumenta a resistência, restaura os pontos de vida, oferece 2 pontos BP, remove o efeito “Seal” e causa danos físicos. As Valiant Arts aumentam o ATS, restauram Element, adicionam 2 pontos BP, removem o silêncio e causam dano mágico. Finalmente a Valiant Heal restaura o HP do grupo, adiciona 2 BP e remove veneno. Infelizmente estes comandos só podem ser acedidos quando existem cinco ou mais membros no nosso grupo, e aumentam de poder quando juntamos mais membros. O valor máximo é 10, com quatro membros do grupo principal, quatro de reserva e dois de apoio. Só o simples facto de podermos receber BP com estes comandos é uma adição bem-vinda, principalmente para o novo modo de dificuldade Abyss que é bem mais difícil que o tradicional Nightmare, todos os inimigos são implacáveis até mesmo os mais inofensivos como os Pom. Este é o derradeiro teste para quem acompanhou jogos da serie Trails por quase 15 anos e a culminação de um sistema de combates por turnos que evoluiu ao longo dos tempos e se tornará num híbrido entre turnos e ação em Calvard.

Finalmente um jogo da série que faz jus ao Rean

Este jogo é também um híbrido entre um antigo motor de jogo e o próximo. O Phyre Engine acompanhou a série desde o início de The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel até The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel IV. Em The Legend of Heroes: Trails into Reverie a Nihon Falcom Corporation decidiu juntar algumas cenas com um novo motor proprietário que vai utilizar em The Legend of Heroes: Kuro no Kiseki, o próximo jogo da série que certamente vai receber lançamento ocidental nos próximos anos. Podem crer que neste jogo vão sentir a diferença quando o novo motor é utilizado, as personagens apresentam um maior detalhe, as roupas, cabelos e outros elementos não apresentam clipping nas texturas, e os cenários não estão tão despidos e possuem melhores texturas e efeitos de luz. Infelizmente as animações não acompanharam estes registos e ainda se sentem um pouco rígidas, principalmente nas cenas de maior ação como duelos entre personagens. Mesmo assim os grafismos com o Phyre Engine apresentam uma ligeira evolução, as texturas das roupas e os efeitos de luz da orbal gun da Ellie MacDowell são dos elementos onde senti essa diferença, e claro é um verdadeiro regalo poder assistir às paisagens e modelos 3D de personagens que só conhecíamos dos jogos 2D, tais como Wald (agora como um Squire), Wazzy, Rixia Mao, ou Sergei.

Quem também nunca desaponta é a Falcom Sound Team jdk que mais uma vez produziu um trabalho de elevadíssima qualidade. No geral, a banda sonora de cada arco adopta um estilo diferente para se adequar ao seu ambiente. Enquanto a rota de Rean adota composições semelhantes às do terceiro e quarto Trails of Cold Steel, as da rota do Lloyd apresentam uma sonoplastia criada por Hayato Sonoda muitíssimo próxima da duologia de Crossbell. Basta ouvirmos os temas de batalha da rota do Lloyd e o do Rean para nos apercebermos deste facto. Enquanto o tema “Stand Up Again and Again!” de Lloyd é uma evolução de “Seize The Truth!” que por sua vez é uma versão fortemente remixada de “Get Over The Barrier!” (o meu tema favorito de batalha de toda a série) dos jogos The Legend of Heroes: Trails from Zero e The Legend of Heroes: Trails to Azure. O de Rean composto pelo célebre Takahiro Unisuga “Like a Whirlwind” apresenta a energética guitarra elétrica de “Burning Throb” de The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel IV e os violinos e progressão do tema “Brave Steel” de The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel III. Este é mais um efeito “minimalista” da evolução de cada um dos jovens heróis, uma mistura dos seus elementos, passados e resoluções em batalha. Não nos podemos esquecer do jovem compositor Shuntaro Koguchi que fez a sua primeira aparição oficial no grupo com este jogo e nos ofereceu um tema de batalha muito convincente para as batalhas do C. Realmente esta é uma das poucas empresas que vejo que ainda dá um especial relevo à banda sonora num videojogo.

Se alguma vez desejaram controlar a Divina Lâmina do Vento agora podem

Outro elemento que é uma constante de qualidade e requinte são as ports de The Legend of Heroes desenvolvidas pela equipa de Durante e a Image Tool PH3, este jogo obviamente que não é exceção. Além de uma grande otimização de recursos também conta com diversas opções gráficas que fazem a sua estreia na série. Grafismos em resoluções até 4K a diversas frequências, filtros de anti-aliasing e efeitos de sombras foram sempre elementos que acompanharam as suas ports. Contudo, desta vez também se juntaram opções visuais de oclusão ambiental, motion blur, minimap anti-alising e distâncias quer de sombras, folhagem e NPCs. O resultado é o jogo graficamente mais avançado até à data no ocidente que mesmo com todos os efeitos visuais ativados e ao máximo não fez suar a nossa build composta por um processador AMD Ryzen 9 5950X, placa gráfica NVIDIA GeForce RTX 4090 MSI Suprim X e 64 GB RAM a 3600 MHz, na verdade nunca oscilou dos 120 fotograma por segundo. Contudo, quando passamos para aparelhos portáteis tivemos algumas contenções. O jogo pode ser executado na perfeição na Steam Deck, mas para manter a taxa de fotogramas constante a 40 ou 60 consoante o modo recomendamos desligar o anti-alising, as transparências supersampling e manter todos os outros elementos em médio ou baixo. Quando passamos The Legend of Heroes: Trails into Reverie para a novíssima ROG Ally, pudemos desfrutar do jogo com uma maior qualidade. Além do aparelho da ASUS estar equipado com um ecrã Full Hd com frequências até 120 hz, também está munido com uma APU AMD Ryzen Z1 Extreme o que me permitiu não só jogar em 1080p com as opções gráficas recomendadas -algumas em high- entre 70 a 110 fotogramas por segundo, isto claro no modo a 30w e ligada à corrente, infelizmente a bateria quase se esfuma em tempo real com estas configurações em modo “portátil”. Não obstante, foi um prazer desfrutar do jogo de tempos a tempos na nova portátil da ASUS e senti que estava a segurar uma consola caseira. O jogo tem alguns segmentos em realidade virtual na praia junto de todas as beldades de Zemuria, mas como não disponho de dispositivos de realidade virtual não foi possível testar para vos relatar nesta análise.

The Legend of Heroes a ser executado na novíssima ROG Ally

The Legend of Heroes: Trails into Reverie é um produto feito à imagem e dimensão dos seus fãs. Além de atuar como uma boa despedida para The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel também une por completo as pontas soltas de The Legend of Heroes: Trails from Zero e The Legend of Heroes: Trails to Azure. No entanto, é expressamente recomendado que este início seja o fim da vossa viagem neste primeiro grande arco da série de jogos da Nihon Falcom Corporation, porque se não o fizerem não vão conseguir desfrutar de tudo o que este jogo permite, porque basicamente este é um episódio All-Stars, recheado de fanservice e o culminar de um sistema de batalha que se reinventou durante quase duas décadas. Em suma, este é um jogo que honra o seu passado, celebra o seu presente e prepara o seu futuro.

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Lucius Artorius Pendragon
Lucius Artorius Pendragon
30 , Junho , 2023 18:36

”Vamos poder criar uma equipa até com vilões dos anteriores jogos tais como o infernal Mcburn ou Arianhod, a Lance Maiden. Estas personagens obviamente não podem ser utilizadas em cada uma das três rotas, mas podem ser adicionadas como personagens de apoio para garantir o acesso a novas Brave Orders e Valiant Rages, uma nova mecânica introduzida neste jogo.”

> Tem como jogar com o McBurn no corredor mas não tem a Lianne não

Em suma, a rota de Lloyd é a mais linear com o melhor elenco, a de Rean possui a melhor personagem principal, mas tem o elenco de personagens mais comum, e a de C as melhores interações de personagens e narrativa.”

> Eu concordo em partes. Na minha opinião a rota do Lloyd é a mais fraca por repetir o clichê de ”todo mundo se separou”. Eu concordo que Rixia tem um bom destaque (melhor garota de Crossbell) mas todo resto deixa muito a desejar. Eles são limitados ao drama de ”você sumiu, fiquei preocupado” e não fazem mais nada. Acho que a rota do Rean conseguiu explorar melhor o elenco em Ymir e Nord.

Eu não gosto da Nova Classe 7 mas eles conseguindo superar Claire com ”estrategia” ao inves de poder da amizade foi legal. Até Kurt ganhou um pouco de destaque aqui.

No Nord foi legal ver todo mundo agindo da sua maneira no meio da ”mini guerra” que aconteceu ali. Gaius usando a Merkabah e seu stigma. Kurt segurando as tropas. Musse usando sua dedução. Emma ganhando vantagem com sua magia. Sara tentando encontrar o canhão. Rean enfrentando o Simulacrum do Arios. Olivier fugindo da nave com sua esposa gravida. Todo mundo tinha um papel ali. Tem uns momentos meio ”forçados” mas ao menos não parecia um amontoado de fanservice igual a rota do Lloyd. A cena final do Divine Knight of Zero aparecendo e detonando com geral foi o ponto mais empolgante da rota do Rean.

Uma pena que Rean novamente começa a se tornar o centro do universo no final de sua rota (e posteriormente ser o ”antagonista principal”), o que me desagradou profundamente. A rota do C tem uma boa interação entre eles e gostei do C mas confesso que os outros 3 são personagens bem chatos.

Quanto aos episódios de personagens, alguns foram legais, outros nem tanto. Eu achei legal pra caramba o torneio com a Duvalie, o episódio que mostra sobre a Isola (mãe da Emma e da Vita) foi bonitinho e tem a mesma estutura que o episodio do Rean com o Osborne kkkk não sei se foi preguiça ou intencional já que ambos se sacrificaram por seus filhos, o episódio do Ash foi divertido, da Klaudia com a Lucy e o Letcher foi uma continuação direta da porta deles no Sky, e teve uns que apenas levantaram perguntas sem respostas como a do McBurn…

Mas teve alguns que foram bem chatinhos… eu já não gosto da Alisa e nem de Mahou Shoujo… juntar os dois com aquela gameplay travada foi sofrido… o episódio do Kurt como garota foi a maior perda de tempo… Dudley e Dudley jr. foi bem maçante também… Wald e Wazy já deu (mesmo eu gostando do Wazy)… e o episódio de praia é o motivo pelo qual não conto pra ninguem que jogo Trails… quem achou que seria uma boa ideia colocar um minigame de VR para expiar o corpo das garotas (incluindo crianças e a irmã do Rean)????