The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom foi lançado no dia 12 de maio de 2023 para a Nintendo Switch, mostrando não ser uma simples sequela mas sim uma expansão da fórmula de sucesso de Breath of the Wild. A Nintendo optou por ampliar o mundo e as mecânicas de jogo, levando os jogadores a explorar não só a superfície mas também o céu e o subsolo com os novos poderes herdados dos Zonai, que oferecem inúmeras possibilidades criativas de encarar os desafios que Tears of the Kingdom tem para nos oferecer.

Tal como aconteceu com Breath of the Wild, o seu sucessor na Nintendo Switch sofreu com as limitações do hardware, mas agora, com a chegada da Nintendo Switch 2, o jogo ganha um novo fulgor graças à edição de The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom – Nintendo Switch 2 Edition – uma versão que traduz melhor a visão criativa e ambiciosa da Nintendo por detrás de um dos jogos mais ousados da série, uma verdadeira celebração à liberdade, física e engenho.

Antes de avançar, se quiserem uma análise mais aprofundada da narrativa e da jogabilidade, convido-vos a ler a minha análise da versão original de The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, que podem encontrar aqui.

Os efeitos visuais foram ligeiramente polidos. Como por exemplo sombras mais definidas, reflexos mais realistas e mais.

Indo direto ao ponto fulcral, estamos diante do mesmo jogo, sem novidades relacionadas a conteúdo ou a transformações na sua estrutura narrativa. As mudanças passam essencialmente por melhorias técnicas e isso é verdadeiramente notório na sua parte gráfica. A primeira diferença visível está no desempenho, a taxa de 60 fps estáveis transforma por completo o jogo. Comparado à sua versão anterior, as melhorias são muito perceptíveis, a notar-se nos movimentos de Link, nas suas construções e no próprio combate que injeta uma nova vitalidade a uma jogabilidade que já era apelativa.

Os jogadores que adquiriram o título na Nintendo Switch poderão fazer a transição para a versão Nintendo Switch 2 Edition através da compra do pacote de atualização.

Uma das novidades está na melhoria da resolução e na introdução do suporte a HDR que enriquecem significativamente a experiência visual em cada cenário do jogo. Além disso, esta versão tira partido do hardware mais potente da Nintendo Switch 2, oferecendo 4K quando a consola está ligada à dock e 1080p no modo portátil. Todos os detalhes que tínhamos admirado anteriormente, estão agora ainda mais bonitos, com cores mais vibrantes e texturas devidamente trabalhadas. Pormenores que ficaram na minha memória, como o nascer do sol, as paisagens oníricas do céu, as criaturas e o misterioso subsolo beneficiam em pleno das alterações que este upgrade trouxe para o jogo.

Esta nova versão faz também a sua magia nos tempos de carregamento que antes se estendiam por algum tempo. Agora são bem mais rápidos, as transições da superfície para as profundezas, os momentos de fast travel e a simples entrada para os templos tornaram-se mais suaves e quase instantâneas.

Algures no céu de Hyrule.

Há ainda uma adição subtil, mas ainda assim útil: a aplicação Zelda Notes. Como falamos na mais recente análise de Breath of the Wilds, temos acesso a um companheiro interativo que ajuda e embeleza a nossa jornada pelo reino de Hyrule. Por exemplo, indica os locais onde podemos encontrar as Korok Seeds, dicas narradas por Zelda, um editor de fotos, bónus diários e ferramentas de mapeamento que tornam a aventura mais acessível, sem perder o espírito de aventura que muitos de nós apreciam. Mesmo que seja uma app opcional, é uma fantástica solução para quem deseja descobrir mais sobre o mundo e os seus segredos ocultos, principalmente para os jogadores que já vivenciaram esta experiência antes.

Pessoalmente, The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom – Nintendo Switch 2 Edition representa a experiência que nós, fãs da série, gostaríamos de ter vivido logo desde o início. Apesar de ser, sem dúvida, um dos meus títulos preferidos da Nintendo Switch, é impossível não imaginar o quão marcante teria sido jogar esta versão optimizada em primeira instância. Por exemplo, ter Tears of the Kingdom como título de lançamento da Nintendo Switch 2 teria sido perfeito, uma forma de saborear toda a sua ambição com a fluidez, desempenho e fidelidade visual que o novo hardware finalmente consegue oferecer.

Andar a cavalo nunca foi tão fluido na Switch.

Dois anos depois do lançamento, continuo completamente rendido a The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom. Com os mais recentes aprimoramentos, a experiência permanece fiel ao original, com a mesma narrativa envolvente e jogabilidade engenhosa mas agora apresentada com a fluidez e o cuidado técnico que sempre mereceu. É, sem dúvida, a versão definitiva de um dos títulos mais ambiciosos da Nintendo. Recomendo-a a 100% a todos que queiram vivenciar as potencialidades do jogo em pleno assim como da nova consola da Nintendo mas, para quem não teve ainda oportunidade de jogar a versão original na Nintendo Switch, recomendo mais ainda.

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Kisama404 v2
Kisama404 v2
13 , Junho , 2025 22:35

O upgrade que nunca deveria ter sido necessário se o software para a qual foi exclusivamente criado não fosse tão inferior.