Enquanto a nova temporada da série live-action de The Witcher não chega, a Netflix trouxe ao público uma nova aventura de Geralt de Rivia através da animação The Witcher: Sirens of the Deep. A animação chegou recentemente ao catálogo da Netflix durante o mês de fevereiro de 2025.
Baseado no conto A Little Sacrifice de Andrzej Sapkowski (criador da saga de livros The Witcher), a animação teve produção do Studio Mir, o mesmo estúdio que fez The Witcher: Nightmare of the Wolf, bem como The Legend of Korra e Voltron: Legendary Defender, direção de Kang Hei Chul, roteiros escritos por Mike Ostrowski e Rae Benjamin e trilha sonora composta por Joseph Trapanese.
O longa animado tem no elenco Doug Cockle como Geralt de Rivia, Joey Batey como Jaskier, Anya Chalotra como Yennefer de Vengerberg, Christina Wren como Essi Daven, Emily Carey como Sh’eenaz, Mallory Jansen como Melusina, Camrus Johnson como Agloval, Ray Chase como Zelest, Simon Templeman como Usveldt, Cynthia McWilliams como Dahut, Stephen Fu como Deroua e Ramon Tikaram como Basim.
Sinopse de The Witcher: Sirens of the Deep
Geralt de Rivia, um caçador de monstros mutante, é contratado para investigar uma série de ataques numa vila costeira e vê-se envolvido num conflito secular entre humanos e sereianos. Ele deve contar com amigos – antigos e novos – para resolver o mistério antes que as hostilidades entre os dois reinos se transformem em guerra total.
Se no live-action vemos uma adaptação para contar a história principal de Geralt de Rivia, as animações estão servindo para contar histórias que tiveram que ser deixadas de lado para dar ritmo a esta adaptação. A história de The Witcher: Sirens of the Deep serve muito para trazer uma aventura isolada ao mesmo tempo que mostra mais do passado de Jaskier. Ao mesmo tempo, a animação aborda sobre questões familiares e de ambição que envolve os seres humanos e os seres mágicos. Isso ocorre de forma bastante dinâmica e divertida, mas será preciso ter conhecimento de acontecimentos da série ou dos livros para conseguir entender diversas informações jogadas em diálogos que servem quase de fanservice para os mais aficionados da franquia.
Gostei bastante que a animação manteve um pouco do estilo de Andrzej Sapkowski de como a história vai se desenvolvendo, deixando bem claro qual conto de fadas o autor de The Witcher se inspirou para fazer uma versão da mesma história. A produção também me pareceu incluir suas próprias inspirações sobre um determinado filme da Disney, principalmente ao incluir alguns momentos musicais. Porém, a animação acaba falhando em alguns plots ao trazer soluções em diálogos expositivos e jogados do nada.
A animação pelo Studio Mir é bastante competente como um todo, com personagens visualmente interessantes e monstros diferentes. As cenas de luta são muito bem produzidas, principalmente toda a cena de luta final com diversos momentos de plano sequência. Mesmo assim fica bem evidente o uso de computação gráfica em diversos momentos destoando do restante da animação. Mas o resultado final me fez questionar sobre a possibilidade se a Netflix trazendo a franquia apenas para a animação não seria uma escolha tão ruim.
No geral, The Witcher: Sirens of the Deep funciona muito bem como uma aventura isolada da história de Geralt de Rivia. A animação desenvolve bem a abordagem de questões familiares e de ambição que envolve os seres humanos e os seres mágicos, ao mesmo tempo que traz a versão de Andrzej Sapkowski de um famoso conto de fadas. A produção da animação é bastante competente como um todo, apesar do uso de computação gráfica em diversos momentos destoando do restante da animação.