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    Anime coloca em risco o live-action no Japão

    O japonês PRESIDENT Online publicou um artigo que se tornou viral no Japão. O artigo atraiu a atenção ao destacar uma tendência cada vez mais clara na indústria cinematográfica japonesa: os filmes anime estão a dominar completamente as bilheteiras. De acordo com a análise, entre os 10 filmes com maior receita de bilheteira, 8 são japoneses e 2 são estrangeiros, mas o mais impressionante é que 6 destes 10 são de animação, incluindo os dois estrangeiros.

    É igualmente revelado que entre os 41 filmes que arrecadaram mais de 10 mil milhões de ienes, 24 eram filmes live-action (58,5%), mas em termos de receitas de bilheteira, representaram apenas 42,8% do total. A conclusão é clara: o anime não é apenas mais predominante, mas também mais rentável. Neste contexto, é realçado que à já conhecida estrutura de “邦高洋低” (“O cinema japonês supera o cinema estrangeiro”), junta-se agora uma nova: “アニ高実低” (“o anime supera o live-action”).

    Embora este fenómeno possa parecer positivo para o anime, também existe um risco: se a indústria depender demasiado do anime, poderá enfraquecer ainda mais a produção de filmes live-action a médio e longo prazo no Japão. Especialmente aquelas produções de baixo orçamento que desempenham um papel importante no desenvolvimento de novos talentos.

    O artigo termina com um alerta que, embora os sucessos do anime sejam louváveis, a indústria deve procurar um melhor equilíbrio se quiser manter-se saudável no futuro.

    Nos comentários podemos ler opiniões como:

    • Na realidade, os animes cuja popularidade é garantida por séries anime são populares, enquanto os animes criados por pessoas desconhecidas e com origens desconhecidas são semelhantes a filmes japoneses ou estrangeiros com os quais não estamos familiarizados. As adaptações de séries populares também são bastante seguras.
    • No anime, a proporção de pessoas que vê o filme várias vezes é elevada. As vendas são algo que valorizamos, mas, por outro lado, se não tivermos estes clientes recorrentes, a sustentabilidade será perdida, o que é um problema.
    • Gostaria de ver as obras que utilizam o “método dos extras” separadas das que não utilizam. As obras que utilizam este método têm os mesmos clientes a visualizá-las repetidamente, por isso tenho dúvidas se isto pode ser considerado um sucesso.
    • Se o “método dos extras” e as antevisões de séries anime fossem proibidos, e o número de filmes anime fosse limitado, será que os filmes japoneses originais iriam realmente encher os cinemas? Eu não tenho a certeza.
    • Mesmo que existam muitos animes, os Óscares ainda tratam os animes como algo secundário.
    • Os filmes live-action, ou mais especificamente os filmes de Hollywood, tornaram-se filmes de propaganda ideológica, e penso que isso está a afastar muitas pessoas.
    • A ascensão dos filmes anime deve-se também ao sucesso de Your Name e Demon Slayer (se estes dois não existissem, One Piece não teria atingido os 10 mil milhões de ienes). Penso que isso mudará se aparecer algo como Harry Potter, uma verdadeira “mudança de jogo”, se aparecer.
    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 60 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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