As vezes nós acompanhamos tantos animes durante nossa viagem dentro desse hobby que nos entretêm tanto – mesmo quando alguns de nós, moi, detesta a mídia no qual está inserido – que não percebemos os momentos em que nos sentimos tão inseridos dentro de uma obra a ponto de nos comunicarmos com aqueles personagens ou aquele mundo de uma maneira tão íntima que o tratamos como algo que faz parte da nossa rotina diária, algo que faz parte de nós e que contribuirá com a nossa formação como indivíduos ou parte da nossa jornada na vida. E apenas de termos a consciência de que eles são personagens fictícios, nos importamos com eles o suficiente para que quebremos a barreira de telespectador e obra, conseguindo nos imergir o suficiente na obra para sentirmos que: Estamos ao lado daquelas figuras.
Algumas vezes durante as sessões de comentário, alguns leitores da OtakuPT já devem se deparar com afirmações que eu acabo realizando quando eu costumo dizer que eu gosto ou desgosto de personagens de uma obra como PESSOAS, mas eu gosto deles como personagens. Estão prontos para descobrirem o por que de eu dizer coisas como essas? Sentem-se confortavelmente e vamos a mais um artigo especial na OtakuPT onde de uma maneira ainda mais íntima, eu proporcionarei uma discussão sobre a relação de um leitor com a sua obra ou do telespectador com o seu anime.
Tudo começa quando estamos dispostos a abrir nossas mentes para se aventurar em mais uma obra desconhecida, conhecer um novo universo de personagens, novas regras em torno de um mundo e uma nova sociedade que será apresentada para nós através daquela determinada história que presenciaremos de maneira passiva nas mídias de anime, mangá ou cinema e de uma maneira mais intimista e interativa na mídia de videogames. Assim que presenciamos a introdução de todo aquele mundo, sentimos o interesse de nos abrirmos mais para aquela realidade e conhecer melhor sobre como funciona as regras daquele mundo e como funcionam as estruturas que o compõem, assim aos poucos vamos nos integrando como parte desse mundo e conhecemos mais sobre como o autor quer nos apresentar essa nova realidade, seja ela no momento sendo bem escrita ou mal escrita, bem apresentada com detalhes ou a falta deles – muitas vezes surtindo o efeito de gerar o interesse por parte do telespectador, ou muitas vezes mal apresentado que conforme o tempo passa nós damos a carta branca para que o autor consiga aos poucos realizar melhor seu papel de estruturar bem esse mundo no qual acompanharemos. Após nos adaptarmos a isso, somos apresentados a uma configuração de personagens e nele conhecemos as pessoas que aquele autor quer nos vender através da sua obra, são as figuras com as quais acompanharemos suas vidas emocionantes, felizes ou tristes, carregando todo o potencial de nos contarem uma história através deles.
E da onde surge o estopim que fará a ligação desses personagens fictícios formando o elo pessoal com o seu leitor ou telespectador? A Partir do momento que o desenvolvimento dessas figuras começa a ser feito. E como que isso é realizado? De diferentes maneiras, seja através de muitas exposições, diálogos bem longos onde o autor sente a necessidade de nos mostrar todos os detalhes em torno daquele personagem que acompanharemos ou com a falta deles e, de uma maneira mais próxima da nossa realidade, nós vamos seguindo essa pessoa de maneira passiva recebendo informações cadenciadas sobre a sua personalidade, as características pessoais que compõem a estrutura que formam aquela pessoa, seus ideais, a sua maneira de pensar e entre outros. O elo que eu mencionei anteriormente a poucas linhas atrás, ele é realizado quando você começa a querer conhecer mais sobre os pontos que formam esse personagem, conhecer melhor sobre quem ele é como pessoa e a partir desses detalhes, estabelecer para si próprio se ele tem sido um bom personagem que está conseguindo executar o seu papel de confiar nessa escrita realizada pelo autor, acreditando nessa pessoa que ele está querendo vender. Assim que nós acreditamos nesse personagem e conseguimos realizar elos dele com a nossa realidade, sejam aspectos diretos com pessoas que nós conhecemos diretamente ou com apenas figuras que ouvimos falar, sejam artistas ou outros diversos exemplos, nós quebramos a barreira do ceticismo e passamos a acreditar nessa pessoa fictícia como alguém real, uma pessoa que possuí características o bastante com as quais conseguimos nos afeiçoar ou desgostar, enriquecendo o tempo de vida que teremos com aquela obra e até mesmo carregando-a para dentro de nós como uma obra que se dedicou em vender pessoas bem escritas, pessoas reais que possamos nos afeiçoar ou desgostar como pessoas e não simplesmente figuras fictícias que não nos importamos com seus desfechos.
Quem sabe seja a hora perfeita para realizarmos um ótimo exemplo dos diferentes espectros de cada lado? Então, acredito que não há outra forma de fazer isso – ao menos para esse que vos escreve, do que apresentando dois dos meus personagens favoritos da história dos animes que compõem perfeitamente os dois espectros dessa analogia que estou fazendo. Personagens que eu amo e que eu amo como pessoa, enquanto a outra eu detesto como pessoa. Vamos começar com aquele que eu detesto, shall we?
Um personagem que narrativamente dentro da história de Neon Genesis Evangelion, eu sinto que é uma das figuras melhores desenvolvidas na história, possuindo um papel extremamente importante para a formação e desconstrução do protagonista da história e também daquilo que unirá ele com as outras figuras ao seu redor. Sua personalidade é muito fria e calculista, não contando barreiras que impedirão ele de se utilizar das outras pessoas que se afeiçoaram com seu ideal somente para atingi-los. Não medi esforços para deixar claro ao seu próprio filho que ele é apenas necessário para que seus objetivos no trabalho sejam cumpridos, admitindo de maneira cruel e direta sobre o quão insignificante ele acaba sendo e sobre o quão ralo é o seu sentimento como “Pai” em relação a Shinji. Não é atoa que Gendo Ikari é sempre lembrado por muitas pessoas – sobre total razão – como um dos Piores Pais da história dos animes, quem sabe o pior de todos, até hoje.
Apesar disso, só funciona – pessoalmente falando e contribuindo para a analogia que essa postagem está querendo realizar, porque ele é um personagem bem escrito o suficiente para que você consiga acreditar que ele não é somente um escroto gratuito para que seja usado como uma ferramenta mecânica que movimentará a história quando ela bem necessitar, mas também que ele tem seus próprios sentimentos e que o tempo acabou o transformando nessa figura deplorável. É devido a construção que Hideaki Anno realiza em torno desse personagem que consigamos comprar a ideia de que Gendo Ikari é realmente uma pessoa detestável, mas que consegue tornar a história cativante justamente porque ele segue as rédeas que o formam, ele condiz com as características que o construíram dentro daquela história.
Agora, do outro lado do espectro, uma personagem bem escrita e que eu amo a pessoa que ela é…
O que dizer dessa personagem? Não é atoa que ela é a protagonista de uma das minhas histórias favoritas já escritas por Gen Urobuchi, mas deixando meu amor por esse grande escritor e diretor de lado, o que engrandece o meu amor pela protagonista que a Akane Tsunemori de Psycho Pass acabou se tornando, é justamente as barreiras que ela enfrentou como pessoa na sua vida e o quão bem foi feito esse processo tendo a perspectiva de um aturo como ponto. Nós temos inicialmente uma personagem ingênua e desprovida de qualquer conhecimento aprofundado da realidade na qual ela está inserida, sendo cega e devota a aquela civilização segura e confiável que a acerca, realizando quase nenhum questionamento sobre os perigos e as falhas que o Sistema Sibyl possuí, Akane acaba sendo uma ponte famosa do leitor/telespectador para com aquela realidade, transmitindo os sentimentos de alguém que está testemunhando aquelas figuras novas em torno da personagem que realizarão justamente os contrapontos com os quais a personagem não compactua mas que está aberta para ouvi-los. E justamente quando ela é confrontada por alguém que vai totalmente contra os seus pontos de vista, provando a sangue frio o quão errada ela estava, nós vemos a personagem crescer e mudar a sua personalidade quase completamente após ser mentalmente destruída e tudo isso, sendo transposto de uma maneira muito humana!
Suas reações diante do perigo e a maneira como ela acaba lidando com uma situação que é dada como impossível, inacreditável e apesar dela continuar acreditando nesse sistema até o último segundo da sua falha, nós presenciamos uma queda de expectativa muito grande onde todas as nossas reações são colocadas de maneira muito vivida na pele da personagem. Esse sentimento só é bem transposto porque nós conseguimos crer nos ideais da personagem. Nós acompanhamos durante toda a primeira metade do anime Psycho Pass a protagonista vendendo o seu ponto de vista, sendo até mesmo compreendido pelas pessoas ao seu redor que vão comprando a ideia perfeita em torno desse sistema que a acerca, mas que eventualmente quando nós vemos as suas esperanças se tornarem cinzas diante do pior erro que ela cometeu na sua vida, nós sentimos o quão vazia e desesperançosa a personagem acaba se tornando graças a isso. E durante o seu processo de crescimento, mesmo quando nós vemos a personagem amadurecendo e crescendo na vida mais uma vez como pessoa, nós ainda sentimos que aquela figura madura diante de nós, ainda é a Akane que nós acompanhamos na primeira temporada do anime, porém aprendendo com seus erros, amadurecendo diante das dificuldades que a vida lhe provou, diante dos erros que ela cometeu e se tornando uma verdadeira adulta que agora possuirá as lições a passar adiante. Além disso, é uma pessoa carismática que ainda quando quebrada emocionalmente, acredita no melhor da humanidade mesmo diante dos piores momentos, dando o seu melhor sem se vender para um sistema que ela agora faz questão de questionar a todo momento, dado os erros que ela cometeu no passado, perdendo o que ela mais dava valor.
Obviamente, esses exemplos anteriores se encaixam em personagens em que nós conseguimos comprar as ideias das pessoas que estavam sendo vendidas para nós, como telespectadores, pelos seus respectivos autores. Porém, o que acontece quando um personagem acaba sendo mal escrito e não conseguimos nos afeiçoar o suficiente por ele a ponto de acreditar na pessoa que aquele autor quer nos vender através do seu personagem?
Nós não nos importamos com o seu desfecho, independente do que ele faça.
Um exemplo pessoal que acabou acontecendo comigo onde eu senti que o autor não deu a devida atenção de desenvolvimento ao seu vilão, tornando ele em uma figura tão caricata e repetitiva do que ele mesmo já havia feito anteriormente com outro vilão na mesma obra, é o Hody Jones de One Piece. Um personagem que nos é apresentado como uma figura cruel e vilanesca – mais uma, no mundo de One Piece, utilizando seus capangas como se fossem apenas degraus na escalada para o poder que ele almeja. Um personagem que foi vítima de racismo e xenofobia por parte daqueles que se sentiam superiores aos Tritões, porém o que acaba tornando essa relação do Hody Jones como pessoa com seu personagem e que eu não consigo comprar a sua necessidade narrativa nessa história, é justamente a existência de um outro personagem da mesma obra que é Arlong.
Um vilão que possuí o mesmo desenvolvimento narrativo, as mesmas características como um vilão de One Piece que sofreu os mesmos traumas advindos do Racismo e que acabou se tornando um tirano e vítima do seu próprio pesadelo, acreditando que sendo alguém pior do que aqueles que ele considerava inferior e o consideravam inferior, ele conseguiria estar acima deles. Eiichiro Oda, autor de One Piece, consegue nos fazer acreditar em Arlong porque foi uma surpresa e quebra de expectativas dado o que tínhamos antes, tornando o cenário dessa próxima história que acompanharíamos em torno da Nami em algo mais sério, tratando o assunto com uma maturidade que One Piece ainda não havia feito. E de repente, anos mais tarde, Eiichiro Oda decide repetir a fórmula e os temas com um personagem que não consegue convencer o suficiente somente porque ele pegou um dos seus companheiros e o utilizou como escudo ou só porque ele é alguém que consegue lutar de baixo d’água como ninguém e tem cinquenta mil soldados a sua disposição.
Alguém ser vilão simplesmente porque ele quer vilão e ainda sim sendo um receptáculo para repetição de temas e questionamentos feitos anteriormente na mesma obra, não são o bastante para que ele seja capaz de comprar a minha credibilidade por ele. E no caso de um vilão, isso é extremamente importante porque você precisa comprar os ideais em torno dele para que ele seja uma figura crível, uma verdadeira ameaça que consigamos sentir o peso da sua presença perante os protagonistas que acompanhamos na obra. Por outro lado, saindo da mídia dos Animes e adentrado a mídia do Cinema, nós temos o que eu considero como o melhor vilão da história dos filmes de super-heróis que é Thanos e a sua aparição recente, porém cadenciada e bem construída através dos filmes anteriores da Marvel, em Avengers: Infinity War.
Thanos é um excelente vilão, sendo muito bem construído não somente devido a sua sombra pairar sobre os filmes da Marvel como o maior risco que esse universo já viu até o dado momento, mas também porque o filme onde ele finalmente marca presença consegue trazer átona o que eu destrinchei nessa postagem sobre você conseguir dar uma personalidade para essa figura que ele é, não sendo somente um poço de desejos que movimentará a história quando as ferramentas necessárias estiverem juntas e o roteirista simplesmente assim o desejar. Ele possuí um objetivo, ele consegue passar o seu ponto de vista de uma maneira crível, tendo argumentos que corroborarão para aquilo que ele deseja e o mais importante: Ele acredita nisso! Ele verdadeiramente acredita que o processo para atingir o seu objetivo é necessário, independente de quantas pessoas acabem sendo vítimas dessa linha de genocídio que ele vem cometendo com o passar dos milênios. Nós só conseguimos acreditar nessa pessoa que ele é, porque nos é passado de maneira muito bem escrita as características que o compõem, nós conhecemos o seu passado, conhecemos o exato ponto que acabou sendo o estopim a transformá-lo nessa figura que ele se tornou hoje, nós tivemos vislumbres daquilo que ele fez e descobrimos que ele também é alguém que se importa com pertences ou outras pessoas próximas a ele, alguém que possuí sentimentos e que apesar de estar disposto a fazer sacrifícios, é alguém que compreende o peso das suas ações. Por mais que um vilão ele queira simplesmente fazer o mal ao seu redor por simplesmente ele ter acordado e decidido isso, você precisa saber desenvolver bem os seus desejos e se ele realmente acredita no que ele está fazendo. E, caso ele não acredite tanto nesses desejos, você precisa desenvolver que ele é alguém que não entende os pesos das suas ações ou que não sabe lidar com esse peso que a sua destruição está causando, ou você pode cair dentro do perigo dos vilões que é um objetivo vazio por trás de um personagem que está escondido em uma premissa que serve apenas como uma ferramenta de roteiro para colocá-lo contra os mocinhos.
Apesar dos vilões serem um curto foco dos parágrafos anteriores, o mesmo desenvolvimento precisa ser realizado com os protagonistas ou eles serão apenas figuras que por mais que sejam carismáticas e capazes de sustentar uma grande porcentagem da sua obra, Monkey D. Luffy por exemplo, elas eventualmente parecerão personagens vazios de significados e serão apenas figuras caricatas – o que é, para mim até hoje, o pior crime da indústria dos animes. “Tipos” estão tomando conta dos animes, não “Pessoas”. Independente da premissa que esteja em torno desses personagens que o autor quer nos vender, desde Darling in the FranXX, Evangelion, One Piece, Naruto… para até mesmo coisas como… não sei, um Yosuga no Sora ou Kiss x Sis, desde um anime Shonen para um anime Shoujo: Desenvolvimento!
Essa palavra é muito usada por diversas pessoas quando na busca de defender os seus argumentos em torno de uma obra, mas o peso dessa palavra é muito maior do que se imagina, porque não é somente você saber escrever como é essa pessoa fisicamente, suas falas, suas ações, mas saber descrever quem é a pessoa que você colocará na sua obra. Quais são as características que compõem ela, seus ideais, no que ela acredita, o que ela pensa, o que ela gosta e não gosta. E, o mais importante, isso é relevante para a sua história? Eventualmente, será, porque por mais que você pare um momento de emoção para executar um corte seco e desenvolver em uma outra dimensão, dois personagens conversando sobre o que eles comem, aquilo deu uma carga positiva para essas pessoas porque nós conhecemos um pouco mais sobre elas, aspectos que fazem parte da vida delas e graças a isso nos conectamos a ela. Se elementos narrativos como esse são bem encaixados na sua obra ou não, isso dependerá do ponto de como a direção cuidou desse momento, mas na perspectiva de um roteirista, é de extrema importância que você dê valor aos seus personagens e que você saiba construir elementos que possa ser capazes de criar um elo com aqueles que o acompanhará durante a sua história.
Espero que vocês tenham gostado dessa postagem. Obviamente, acredito que não preciso deixar claro mas caso tenham pessoas que ainda desconheçam como funciona as nossas postagens e criações de discussões: Esse é o meu ponto de vista sobre essa relação de personagem e as pessoas que os autores querem que eles sejam e que seja vendida a nós, leitores ou telespectadores. Você tem sua perspectiva sobre isso? POR FAVOR, deixa nos comentários! Eu gostaria de conversar mais sobre esse ponto com todos vocês, ver seus pontos diferentes e quem sabe agregar alguns deles para mim, afinal de contas discussões são para isso, pessoas mostrarem seus pontos, argumentos, chegarem a um consenso e aprender ou repassar conhecimento a frente. Estejam ligados para mais postagens como essa no futuro da OtakuPT, continuem acompanhando o nosso trabalho diário com postagens de mais notícias e publicações em torno de Animes, Mangás e Videojogos.
Até a Próxima!
“Nós temos o que eu considero como o melhor vilão da história dos filmes de super-heróis que é Thanos.”
Eca,essa cópia barata de Darkseid,ainda prefiro o Ozymandias de Watchmen que dá um show de como ser um vilão.Até o Zod de Homem de Aço foi muito melhor que essa amoeba roxa.
Eu gostei bastante do que eles fizeram com o Thanos no MCU, eu gosto mais dele do que a versão bem descaradamente copiada em relação ao Darkseid. Acredito que ninguém vai negar que nos quadrinhos, o Thanos é bem descarado bem assim do Darkseid, mas essa cara nova que eles deram a ele no MCU, é mais do meu agrado. Ele não é 100% Evil só por ser 100% Evil, ele possui personalidade, desejos, acredita no que ele quer fazer e ao término do filme, ele não está 100% contente com as coisas que ele precisou fazer para alcançar onde ele chegou, dói nele e essa é uma característica que ele nunca tinha ganhado ainda nos quadrinhos e que diferencia ele bastante do Darkseid.
E eu espero que qualquer tipo de adaptação do Darkseid que venha, continue mantendo esse espírito dele ser realmente, uma encarnação do mal, assim torna ele ainda algo diferente do que o Thanos.
Realmente para quem começa a ver animes faz pouco tempo separar um personagem bem escrito de um personagem ruim por personalidade mesmo é algo complicado eu mesmo demorei muito, antigamente eu não me cansava de detonar o shinji, claro hoje em dia ainda faço isso :v porém sabendo que ele é um personagem funcional, ele ta ali e é assim por um motivo.
Claro como eu avalio uma obra mais por entretenimento pessoal, esse sendo um critério subjetivo meu se eu achar por exemplo os personagens todos ruins e chatos para transmitir a mensagem de uma obra, por mais que eles sejam funcionais a nota que eu darei ao anime vai cair por conta de como avalio, porém se alguém me perguntar irei deixar claro isso.
É uma coisa que você começa a parar para pensar somente depois com o tempo, não nessa mídia em específico, mas com outras mídias como experiência na bagagem, porque em dado momento – não para todos, obviamente – você começa a se questionar o quão bem transposto está sendo aquele personagem para a nossa realidade, mesmo quando são seres advindos de outras galáxias. Ainda sim, eles são transpostos para nós de uma maneira que nos faça acreditar neles, sejam eles caricatos ou não, estereótipos ou não.
E acredito que tudo só tem a ficar ainda mais divertido quando você começa a pensar a fundo nisso, sabe.