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    O que estamos a ver – 12 de Novembro de 2023

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Captain Tsubasa: Youth Tournament Arc (06)

    Se existe algo que sinceramente me aborrece em Captain Tsubasa é o enormíssimo protagonismo de Tsubasa Oozora. Embora o desporto rei ser jogado com mais jogadores em campo, muitas vezes deu-me a entender que nesta série apenas era jogado com Tsubasa nos relvados porque a função base da sua equipa era literalmente e figuramente “dar-lhe bola”. Finalmente num episódio pudemos presenciar o outro lado do campo onde até num momento repleto de emoção assistimos aos princípios humildes de Ishizaki até aos dias presentes, este nem sabia driblar ou dar um chuto na bola, e evoluiu como um dos maiores defesas do Japão. Além do eterno membro da Nankatsu, Wakashimasu e Nitta tiveram um protagonismo mais que necessário. A imprensa desse muito cedo tenta vender a ideia que futebol é um desporto singular, nada mais longe da realidade, existe muito mais que um Cristiano Ronaldo ou Lionel Messi numa seleção de futebol, existe um coletivo de sonhos e talentos.

    Ó senhor árbitro isto é mão na bola!

    Shangri-la Frontier (06) 

    Shangri-La continua a percorrer trilhos muito interessantes no que toca a demonstrar que existe mais do que um jogo dentro do jogo principal. Tal como vimos há duas semanas com o jogo de luta, neste episódio pudemos presenciar as heranças de Sunraku num looter RPG, que evoluiu para este subgénero porque o jogo era tão mau que os jogadores se divertiram a não expor as suas falhas como o destruir por dentro. Não existem dúvidas que Shangri-la vai brevemente percorrer uma zona de conforto, resta a dúvida como o vai fazer se vai tomar um caminho fácil e vazio ou vai continuar a ser vanguardista como tem sido, façam as vossas apostas!

    Game of loots

    Dr. Stone: New World (18)

    Todos têm um papel a desempenhar mesmo que não seja inicialmente o mais honesto, esta foi a basicamente a premissa deste explosivo episódio de Dr. Stone, porque mesmo sendo um Shonen, a ação não é o elemento principal. Este não é de todo um elemento negativo, pelo contrário porque quando Dr. Stone explode a sua ação é literalmente uma reação de Mentos com Coca-Cola, devido à sua natureza despreocupada estoica e ilógica da própria série, julgo mesmo que ao tentar ter demasiada lógica acaba por ter um efeito contraproducente e artificial, um dos melhores casos para exemplificar esta situação é quando vemos quando corpos despedaçados em pedra a tentarem ser reconstruídos como fossem puzzles. Por isso nada melhor que deixar de lado um pouco a ciência e colocar muita ação e tensão e revelações para soltar um travão na série. Interessante como o vilão da série é quase tão meticuloso com o Senkuu.

    Aquela expressão do Senkuu, que medo

    Jujutsu Kaisen -Segunda Temporada- (16)

    Se há algumas semanas muitos se queixavam da animação em Jujutsu Kaisen nem quero pensar como encararam este episódio. Isto porque a arte mudou tanto que mais parece que estamos na presença de uma nova série. Contudo, existe um elemento a ter em conta que é a direção artística e julgo que é aqui que muitos não se apercebem quando criticam a animação de um episódio. Contudo, simpatizo e estou ciente que quando a arte das personagens muda tão drasticamente que sentimos um processo bastante inorgânico, as proporções são exageradas e o traço pode parecer bastante interior. Estes elementos foram essencialmente os destaques de Jujutsu Kaisen desta semana, devido aos mesmos quase aposto que teve a direção de Devil Man Crybaby ou Ping Pong porque a direção e arte foram muitíssimo parecidas às das das séries citadas. Quando ao episódio em si, muita ação, mortes grotescas, muita humanização de vilões, muitas emoções, e choros nas redes sociais.

    Rurouni Kenshin (2023) (19) 

    O desenvolvimento base de Sanosuke Sagara termina com muita resolução, diálogos intensos e um final de episódio que abre cortinas para um dos meus arcos favoritos de qualquer anime, o Kyoto arc. Isto porque o nome “Shishio” surge pela primeira vez nesta versão moderna, mas creio que ainda numa fase muito prematura. Isto porque o arco de Saito Hajime supostamente devia aparecer primeiro, e como o título do episódio da semana seguinte promete enviar-nos para o passado não sei ao certo onde Saito se vai situar, bem é certo que tem paralelos com o passado de Kenshin, mas não sinto que é a melhor forma deve ser introduzido principalmente quando vamos ter toda a obra finalmente adaptada de fio a pavio, e com último arco finalmente a ser adaptado fazia bem mais sentido um pouco antes dessa altura.

    Goblin Slayer II – (06)

    Nada nem ninguém escapa ao fanservice nem mesmo o aparentemente estoico Goblin Slayer. Esta temporada está cada vez mais a ser uma desconstrução da anterior, ou seja, o que a celebrizou quer pelo positivo como negativo está a ser completamente posto de lado ao ponto até de a ridicularizar. Contudo, nem tudo é mau porque está a permitir humanizar as personagens o problema é a forma como o está a fazer. Também sinto a arte e animação mais inferiores, um efeito que cada vez mais coloca Goblin Slayer como um anime mediano com uma enorme perda de identidade devido a vivermos numa era bem diferente da anterior.

    Nem mesmo Goblin Slayer escapa do seu episódio de praia

    Frieren: Journey’s End (10) 

    Em Frieren já sabíamos do passado de todo o grupo que derrotou o Rei Demónio, todos menos a própria elfo prodígio nas artes mágicas. Felizmente este episódio retificou este elemento com um episódio inteiramente baseado na personagem. Mesmo sendo um episódio maioritariamente de exposição, não pensem que a tão característica filosofia foi posta de parte. Flamme a mestra humana de Frieren demonstrou à sua discípula e aos espectadores como a indiferença pode ser uma arma poderosíssima nas bocas de quem a souber utilizar. Este episódio demonstrou que o sábio não precisa de se expor para ser sábio e quem é um falso sábio apenas usa uma camada de insegurança para alimentar o seu ego.

    SPY x FAMILY II (06) 

    SPY x FAMILY dedica um episódio para desenvolver e humanizar os assassinos concorrentes a Yor. Numa vertente e ação muito ao filmes Die Hard, descobrimos que assassinar é um compromisso e exige um código de honra para separar o mero amador de um agente profissional. Yor continua a ser guarda-costas enquanto Loid ao levar demasiado à risca as suas diretrizes provoca momentos de comédia muito bem inseridos para cortar o clima de tensão deste episodio. Realmente para um psiquiatra Loid deixa bastante a desejar.

    Persona 5 Striker0
    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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