Mais...
    InícioAnimeO Reencontro - Island Episódio 1

    O Reencontro – Island Episódio 1

    Island ep 1

    “Setsuna… Setsuna! ”, na abertura do episódico , clama uma voz pueril e, tal qual ela, figura a sua dona dizendo: “Eu acho que vou quebrar. ” Após isso, surge o Astro Solar que abrilhanta o dia, as águas margeando a areia e indo de encontro às formações rochosas da ilha Urashima, ilha essa aparentemente pouco habitada e com um novo visitante. Seu nome, que principia este texto, não lhe era acessível, porquanto sofria, pelo que indicava seu estado de desorientação, de uma amnésia. 

    A alguns metros dali, tinha passado um grupo de garotas a conversar, sendo que nesse grupo, composto de quatro meninas, apenas três conversavam, pois Karen, que não estava atuante na conversa, cujo assunto era sobre a venda e compra de um tal cachorro-robô do Oriente, parecia ensimesmada e suas amigas notaram isso. Quando solicitada para dar sua opinião a respeito disso, Karen demonstrou surpresa com a solicitação e, no lugar de uma resposta plausível, indaga ela as amigas com um “O quê? ”, visto que ela não estava a par do assunto, e suas amigas prontamente lhe dão a conhecer o mote da trela, fazendo-a ter que encontrar uma desculpa para justificar a falta cometida.

    Alegando ter esquecido de algo, Karen deixa as amigas e parte em busca daquilo que supostamente esqueceu. Devido ao trajeto aparentemente longo e ao pique por ela nele empregado, Karen, visivelmente cansada, faz uma pequena pausa num ponto do trajeto onde há uma escadaria que dá acesso à mesma areia da qual falamos anteriormente, e esta, por sua vez, dá acesso àquelas mesmas águas que a margeiam. Contemplando a bela vista que aquele ponto lhe oferecia, algo nela altera instantaneamente sua contemplação. Karen, ao perceber um corpo nu e estendido na areia, desce ligeiramente a escadaria e vai ao encontro do possível cadáver, a seu ver, é claro. Contudo, em sua corrida até tal corpo, Karen tropeça em uma pequena elevação de areia, caindo de cara na, digamos, “barraca” do corpo, que prontamente lhe dá significativos sinais de vida, fazendo-a gritar suficientemente alto ao ponto de suas amigas ouvirem-na de muito longe. Pelo visto, uma coisa é certa: a Karen já está “caidinha” pelo Setsuna.

    A cena posterior a isso desenrola-se numa delegacia onde Karen espera pela resolução do caso do homem “desconhecido” no qual ela superficialmente se envolveu. Ao sair o policial da sua sala para a sala em que Karen estava, ambos trocam algumas poucas palavras, dando ele a Karen a impressão de que está tudo bem, e ela, com ares de quem bebeu da fonte da experiência, diz-lhe “Tome cuidado. ”, deixando-o sem entender patavina alguma do que dissera.

    Cumprindo seu papel de policial, Harisu faz perguntas concernentes ao nome, a alguma coisa que possa o sujeito investigado (e já vestido) dizer a respeito de si mesmo, mas este nada podia dizer devido à sua amnesia. As poucas respostas que realmente deu tinham um tom por demais jocoso, por isso o policial todas elas desconsiderou, exceto uma: a de que ele, Setsuna, era um viajante do tempo, que era alguém do futuro que tinha voltado ao passado ou para o passado, pois, justificando o uso da conjunção alternativa, sua estada, na atual linha do tempo em que se encontra, não nos diz em definitivo se será curta ou longa. Durante a investigação policial, houve um momento em que Setsuna não se fez ouvir, quando, como que balbuciando, disse que precisava matar alguém. A essa altura da investigação, o policial tinha pensado em mantê-lo lá até receber instruções do QG. Harisu, em pé e olhando para o horizonte onde não havia nenhuma outra ilha à vista, diz que, mais uma vez, uma tempestade trouxe um mistério àquela ilha.

    De repente, o telefone toca. Quem atende é o Harisu, que, além de policial, também é prefeito, e a pessoa por trás da linha telefónica é Kurutsu, o pai de Karen. Harisu fala de sua intenção de deixar o jovem rapaz lá, mas Kurutsu vocifera ao telefone um ‘Não! ”ao sabê-la, apelando às tradições do lugar que não tolera forasteiros. Com o fim da chamada, Harisu informa ao Setsuna sua situação e, depois de uma conversa amigável, leva-o para onde se encontram alguns barcos, entre os quais, um havia sido preparado, a mando do prefeito, para levar o Setsuna de volta ao Oriente. No entanto, algo acontece. Uma chamada do rádio comunicador do policial alerta que a filha de Kurutsu encontra-se desaparecida, ordenando que inicie as buscas imediatamente.  Após confirmar ter intendido a mensagem, Harisu encerra a chamada e não vê o “desconhecido” por perto, pois o jovem Setsuna tinha aproveitado a deixa para se esconder e permanecer na ilha.

    Ainda a procura de um lugar no qual pudesse ficar por mais tempo escondido, Setsuna entra num iate e vai direto a um compartimento de madeira fechado com a intenção de abri-lo; ao fazê-lo, ele dá de cara com ela: a nossa conhecida Karen. Ela estava dormindo, encolhida num canto, e ele, aproveitando o ensejo, aproxima-se dela para dar um beijo, mas, antes disso acontecer, ela acorda, cora e grita. Na tentativa de abafar seu grito, Setsuna a cala com sua mão e explica a razão daquela situação vexatória, oferecendo-se como um saco de pancadas pelo inconveniente a ela causado. Kurutsu, em virtude do grito emitido por Karen e, provavelmente, da conversa entabulada por ela e Setsuna, reconhece a voz da filha, que, ao ouvir seu pai chama-la, viu seu plano de escapar da ilha fugir de seu alcance, já que seu pai a encontrou, mas ela — a filha “rebelde”— foge novamente dele, obrigando o velhinho a ir atrás dela e ele, o velhinho, obrigando, pasmem!, o policial  a fazer o mesmo. Com isso, Setsuna mais uma vez escapa de ser deportado. Sem mais ninguém em seu encalço, o jovem rapaz caminha pela ilha durante o fim de tarde. À noite, sob céu estrelado e deitado na areia, admira o céu, não fosse o cansaço sentido depois de um dia longo e agitado, certamente ficaria assim por horas e horas. Ao ser rendido pelo fastio, Setsuna cede ao sono e, como é natural a esse tipo de cessão, sonha. No sonho, ele vê uma menina e pergunta a ela sobre a música agradável que estava a cantar, percebendo ele depois que a fonte da música não mais em sonho estava e sim em algum lugar próximo a ele, não tão pequena quanto no sonho, mas maior e com cabelos maiores e se aproximando ainda mais dele, interrompe ela a música ao nota-lo e o encara. Setsuna a fita e diz “Rinne”, “Você se chama Rinne? ”, e ela pergunta “Quem é você? ”. A partir daí, Setsuna se lembra do seu nome, e a história já nos revela dois personagens que vieram após duas tempestades. A primeira, é a Rinne, encontrada há cinco anos no mar; a segunda, Setsuna, cujo encontro nós todos sabemos de que maneira ocorreu. Graças a Rinne, Setsuna consegue trabalho e moradia na casa dela, além de também poder ficar na ilha sem mais se preocupar em ser deportado. Como criado, fica ele sendo o responsável pelas tarefas domésticas da casa. A mãe de Rinne, Ohara Kune, ainda não se apresentou a nós tal como eles, sua apresentação se deu apenas por folhas de caderno passadas por debaixo da porta. Interessante, não?

    Um dia depois, enquanto preparava o café da manhã de Rinne, a companhia toca, ao abrir a porta, Setsuna se depara com uma criança apresentando-se como Garandou Sara e chefe do Templo de Urashima e o tira de lá sob o pretexto de que precisava contar a ele algo importante sobre seu destino por ter viajado no tempo. Rinne até que tentou evitar que ele fosse levado, mas a luz solar era um impeditivo intransponível para ela, e a razão disso ainda não nos foi dada. Na Biblioteca Urashima, que é a casa de Sara, Setsuna fica preocupado quando ela lhe diz ser possível que as memórias que ele tanto busca tenham talvez sido seladas propositadamente e que desconhece seu possível feitor ou feitora. Iniciada uma explicação nonsense a respeito das causas do surgimento do Setsuna lá e do desaparecimento de Rinne, a sacerdotisa, com um parafuso a menos na cabeça, encerra a dita cuja partindo, com uma arma branca nas mãos, em direção ao jovem dizendo-lhe “Setsuna, prepare-se para morrer! ” Seu ataque, apesar de falho e risível, nem por isso deixou de resultar em sangue — o seu, é claro. Após cair de cara no chão, o nariz da sacerdotisa sangra muito e Setsuna se solidariza ajudando-a a estancar o sangramento nasal da maluquinha. Ademais, pede a ela que descanse e não torne a usar aquela arma para aquele fim, visto que Sara não combinava com aquilo e se despede deixando a menina enternecida a se perguntar por que ele foi tão gentil.

    Mais adiante, já na casa da patroa, Setsuna percebe haver uma escada que leva a um andar abaixo do qual se encontra e vai, a título de curiosidade, a ele. Nele, vê uma diversidade de livros e um deles, intitulado História de Urashima, chama sua atenção. Ao abri-lo, folheia algumas páginas e de uma delas acaba caindo um bilhete no qual havia escrito a seguinte mensagem: “Setsuna deve morrer”. Esta mensagem, aparentemente, deixa-o pensativo em seu quarto. E quem não ficaria? Ao abrir a janela para tomar um ar, nota Rinne saindo de casa e decide ir ao seu encontro. Perguntada sobre aonde iria, Rinne responde que faria sua caminhada noturna ao Setsuna, e em mais uma rodada de pergunta vai, reposta vem, ambos acabam fazendo a caminhada juntos. Em um dado momento, Setsuna pede a Rinne que cante aquela música novamente, e sua resposta termina com aquela mesma canção, só que agora acompanhada por instrumentos invisíveis mas audíveis. No fim desse belo momento musical, com efeitos direcionais de luz e tudo, Setsuna se pega a chorar, e pouco tempo depois, Rinne também, sendo que ambos não sabiam a razão do choro. No dia seguinte, após sonhar com a versão adulta de Sara, Setsuna desce até a sala e encontra Rinne nela. Notando as cortinas fechadas, Setsuna vai em sua direção para abri-las, mas Rinne o interrompe alegando aquilo que já sabemos: seu mortal problema com a luz solar. Para obter mais informações atinentes a esse problema e aos mistérios presentes na ilha, só nos resta esperar os próximos episódios.

    Análise semanal por Otaku Safado.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

    Artigos Relacionados

    Subscreve
    Notify of
    guest

    0 Comentários
    Inline Feedbacks
    View all comments
    - Publicidade -

    Notícias

    Populares