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    Reminiscências II – Island Episódio 7

    Mais uma vez, Setsuna sonha com Rinne, mas a voz do sonhador que ouvimos é a de Rinne, enquanto a perspectiva do sonho é do Setsuna. Confuso, não? Pois então, Island é confuso mesmo. Em sonho, após algumas palavras de Rinne, Setsuna acorda, e Rinne não — ela acorda sim, mas bem depois. Ambos estavam na praia, já que haviam dormido na areia. Na feição do Setsuna havia algo diferente ao acordar. Parecia triste. Sei lá. Eu mesmo só posso conjecturar as razões dessa tristeza.

    Prosseguindo, depois de despertos, vemo-los a fazer tarefas domésticas, e até aqui tudo bem. Só não esqueçamos que na casa há uma mãe cuja curiosidade não tem freios. Adivinha o que a desenfreada perguntou ao rapaz? Sim, se disseste que foi algo relacionado a sexo, acertaste. Ohara Kuon é uma mãe que se preocupa com a felicidade e honra de sua filha. E o rapaz, que sabemos quem é, à sua pergunta, responde que não fizeram sexo, o que causa inquietação na mãe, porque não entendia o porquê de não terem trepado — este verbo, muito usado em Portugal, também significa, no Brasil, transar, copular, fornicar etc. Talvez sabendo disso, seja para ti possível entender a razão dalguns brasileiros rirem da expressão “trepar em árvore”.

    Kuon, insatisfeita com a resposta, pergunta se Setsuna gosta de sua filha, já que não havia transado com ela, ainda. Dadas as circunstâncias (não te esqueça de que ela, Rinne, já dormiu em seu quarto — não no teu — e até já foi ter com ele numa das termas da casa, só ele e ela, ele e ela…), Setsuna também não sabia por quê. Julgava ele ainda não ser a hora certa. Quando essa hora chegar, ele será totalmente gentil com ela, revela à senhorita Kuon, que, enternecida, agradece.

    Passado algum tempo depois da conversa entre Kuon e Setsuna, temos uma cena entre Karen e Sara. Aquela esboça nela uma certa preocupação a esta, mas nada de realmente importante pude constatar nela, por isso mesmo não me deterei em tal cena, mas sim na seguinte, que não envolve biquínis nem deusas gregas, e sim e somente uma deusa nipônica. Qual? Veremos.

    Na praia e sob sol escaldante, vemo-nos diante de Rinne e Setsuna a curtir a mesma com as mesmas fatiotas de sempre, diga-se de passagem. O clima era romântico, e o que comiam parecia bastante apetitoso. Mais apetitoso ainda foi ver a derradeira suculência do churrasco que faziam ser oferecida ao Setsuna pela boca da musa praiana, deixando-o todo aparvalhado. Setsuna acaba recusando a oferta, recebendo, merecidamente, um dichote manhoso da gatinha risonha.

    Não muito longe dali, estavam Karen e suas amigas a falar sobre a estranha ereção do cabelo da Yui Nakajima que se dá, segundo elas, sempre às vésperas duma tempestade. Yui, enquanto suas companheiras falavam sobre isso, percebe ao longe, mas não muito, o clima que estava rolando entre o Setsuna e Rinne, chamando a atenção de suas amigas. Karen, enciumada feito mulher casada, sai a toda brida em direção ao casal. Minha queridinha (inha, inha, inha), como se fosse a reencarnação do Bruce Lee, dá uma VOADORA no Setsuna, levantando poeira e estragando o momento feliz do jovem frouxo, como Rinne anteriormente (nem falei disso, né?) o havia chamado.

    Após o “nocaute” do Setsuna, Karen alerta os pombinhos sobre a tempestade que se aproxima da ilha, deixando-os em alerta e a sós, pois foi-se embora assim que deu seu aviso (“quem avisa amigo é”). Logo em seguida, a menina dos olhos do Setsuna manifesta sua vontade de tomar uma raspadinha de gelo a ele, indo ambos ao ponto onde se vende isso. Chegando lá, o estabelecimento estava prestes a fechar, porquanto o medicamente da velha lazarenta havia acabado, fazendo-a ter que fechar seu ponto para poder ir buscá-lo. Todavia, como temos um jovem cavalheiro aqui, ele, o protagonista agraciado com um harém, oferece-se para buscar o remédio da senhora, ficando Rinne com ela. Enquanto a senhora preparava a raspadinha de gelo, algo de que falou ela acabou despertando, em Rinne, lembranças de seu amado amigo, fazendo-a sair sem sequer dar explicações nem nada do tipo à simpática senhora. No decorrer desse ínterim, Setsuna, ao descobrir na Clínica Morisu que Rinne provavelmente havia viajado no tempo e que tinha 23 anos, mas que permanecia com a mesma aparência de quando tinha 17, sai da clínica às pressas para falar com ela.

    Chegando aonde a havia deixado, entrega o medicamento à matrona e pergunta a ela sobre onde estaria Rinne, visto que, ali, ela não se encontrava. Rinne tinha acabado de sair, revela a senhora, contando a ele sobre sua conversa com ela relativa aos velhos tempos em que os dois iam lá. Com medo e desesperado, Setsuna vai à procura da princesa e, para nossa alegria, ele a encontra. Abraçando-a, pede que fique, mas sua reposta a esse pedido demonstra um rumo bem diferente dum final feliz. Contudo, depois de correr dele e ele ir atrás dela, ela revela, estando abraçada a ele, que se lembrou de tudo, dos cinco anos que ficou desaparecida, de onde estava e com quem estava, da tempestade, enfim, o passado esquecido foi agora revivido.

    Tu lembras quando Rinne se jogou ao mar para resgatar seu amigo? Bem, foi assim que ela acabou parando na ilha misteriosa e sendo, pelas autoridades de Urashima, dada como desaparecida. Ah! O nome dessa ilha é Boryujima, ilha essa que só aparece quando há tempestade. Nela estavam Rinne e Setsuna. Enquanto Rinne não acordava, Setsuna a velava, embora tivesse um ferimento na cabeça mais sério do que o sono da bela adormecida. Ao acordar, claro foi seu contentamento em rever seu amigo, que, mesmo ferido, estava lá a seu auxílio. Estando ele machucado, Rinne passou a cuidar dele e a procurar meios para sobreviverem. Sim, ela fez o trabalho todo, todo o trabalho pesado delegado geralmente a homens, ganhando com isso minha admiração, que não é lá grande coisa. Segundo as recordações de Rinne, Setsuna havia encontrado um barco, mas só um deles poderia ir nele. A pessoa que veio nesse tal barco nós já sabemos quem foi, não? Depois duma conversa entre Rinne e Setsuna a dizê-la que ela é quem deveria voltar à Urashima, a única coisa de que se lembra, conta Rinne, é de ter acordado já em Urashima.

    Rinne não consegue perdoar-se por ter deixado seu amigo morrer em Boryujima. Mesmo que o Setsuna atual ficasse com ela, Rinne jamais seria feliz, dado que sua felicidade jaz naquela misteriosa ilha. Descontente consigo mesma e com os bons conselhos do Setsuna, Rinne o demite aos gritos, e o rapaz, para o meu espanto (e desgosto), levanta a mãe para ela, mas antes que seu ímpeto estúpido impelisse sua mão contra o rosto da deusa nipônica, Sara interrompe a discussão, dando um fim àquele esboço de agressão. No intervalo de tempo entre os gracejos da pequena Sara e as queixas do Setsuna, Rinne desmaia, fazendo os dois (Sara e Setsuna) cessarem a curta discussão “sem pé nem cabeça”.

    Agora no aposento de Sara, Setsuna, do qual não gosto mais, é convencido de que tempestades são as chaves que abrem as portas para desvendar os mistérios ocultos daquela ilha. Ouvindo parte da conversa entabulada por Sara, Rinne, na certeza de haver uma possibilidade de reencontrar seu amigo, parte atrás dum barco, deixando para trás Setsuna e Sara, os quais também vão atrás dela. A boa notícia disso tudo é que conheceremos a ilha dum modo mais pormenorizado. Esta é má: Rinne já havia partido quando Sara e Setsuna haviam chegado.

    Análise semanal por Otaku Safado.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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