Review: Batman Ninja

Depois da tão aguardada estreia do filme Vingadores: Guerra Infinita, temos outra estreia só que menos badalada (eu acho), que é essa animação no qual irei abordar neste artigo.

Se Guerra Infinita prometeu ser ambicioso como história (ainda não pude ter a oportunidade de vê-lo), Batman Ninja optou por manter a essência do mundo do homem-morcego, ao mesmo tempo que incorporava elementos comuns dos animes. Eu sei que a comparação entre esses dois filmes é meio injusta por serem mídias diferentes (o primeiro é um live-action enquanto o segundo é uma animação) e terem orçamentos distintos (diria que a diferença entre ambos é abismal nesse quesito), entretanto, eu não quis comparar qualidade, e sim comentar o contraste entre elas a título de curiosidade.

Boku no Hero Academia trouxe elementos das HQs e do universo dos super-heróis para sua história afim de criar algo completamente novo. Já Batman Ninja faz o oposto, ou seja, trás o mundo dos animes para dentro do universo do icônico Cavaleiro das Trevas.

Eu não sou um grande fã de histórias de super-heróis, assisto filmes sobre o tema de forma casual quando me convidam para ir ao cinema, e já vi várias animações que abordavam tal temática durante a infância e na adolescência. Geralmente acho divertido, mas mesmo assim não desperto um enorme interesse para ir atrás de obras com essa temática, quer seja filmes, HQs, e animes. Entretanto, minha experiência com esse filme que estou abordando neste artigo foi positiva, tão tal que fiquei com vontade de compartilhar minha experiência em relação ao filme com você leitor (a) desse site.

Algo que me surpreendeu positivamente foi ao objetividade da narrativa, que não perdeu tempo e foi direto ao ponto, afinal o filme não tem uma duração muito extensa (quase uma hora e meia, salvo erro), portanto não podia se dar ao luxo a enrolações. A animação nas batalhas estavam bem animadas, mas senti falta de uma trilha sonora mais empolgante.

A supracitada essência das histórias do Batman estavam presente apesar da mudança de cenário. De Gotham City passamos para o Japão Feudal, mas os personagens eram rostos familiares (alguns eu admito que não os conhecia), como o Coringa, Pinguim, Hera Venenosa, Mulher Gato, Robin, dentre outros. 

A enorme quantidade de ação, comum em história de super-herói (e em animes de batalha) estava presente, deixando o filme bastante movimentado. As reviravoltas, embora previsíveis, também foram excelentes e fundamentais para deixar a trama empolgante e divertida. 

As características dos personagens foram preservadas (assim como o character design), por exemplo, o protagonista manteve sua típica seriedade e frieza, enquanto o Coringa se manteve brincalhão e sarcástico.

Os elementos típicos de anime estiveram presente na forma de robôs gigantes (mecha) e nos fatos dos vilões possuírem uma parte da máquina do tempo, no qual os heróis deveriam toma-los para cumprir seu objetivo, porém devido ao tempo do filme não deu para mostrar Batman e seu clã derrotarem os vilões um a um de forma prolongada e detalhada, tendo apenas um breve confronto entre os companheiros do Cavaleiro das Trevas e os vilões. Aliás, o excesso de personagens atrapalhou um pouco, afinal era pouco tempo para todo mundo brilhar em cena.

A luta final entre o Coringa e o nosso herói foi digna de um battle shounen, pois foi empolgante e bem animado. A adaptação do homem-morcego às armas daquele período foi algo interessante, pois ele está acostumado a usar a tecnologia ao seu favor no combate ao crime.