Bizarro: Homem de Tóquio é preso por colocar o crânio do irmão na reciclagem

No passado dia 21 de junho, trabalhadores de uma central de reciclagem em Adachi, Tóquio, ficaram chocados quando no lixo que tinha chegado encontraram um crânio humano e um osso da mandíbula. Como os sacos de lixo vinham de toda a Tóquio, não tinham como saber a quem os ossos pertenciam, pelo que as autoridades tiveram que verificar os registos dentários.

A polícia identificou o crânio como Hideo Murai, de 67 anos, de Kita, Tóquio. O que foi corroborado por um cartão de banco com o nome de Murai que também foi encontrado entre o lixo. Naturalmente, a Polícia Metropolitana de Tóquio iniciou uma investigação sobre o assunto e a 29 de junho prendeu o irmão mais velho do falecido, Shoichi Murai, de 68 anos, sob a acusação de descarte ilegal de restos humanos.

Murai nega as acusações, no entanto, afirma que encontrou os ossos no quarto do seu irmão, mas assumiu que eram réplicas. Os irmãos teriam compartilhado a mesma casa em Kita, com Shoichi a morar no primeiro andar e Hideo a morar no segundo. Shoichi afirma que não falava com o seu irmão mais novo desde pelo menos março de 2017 e estava a limpar o quarto para vendê-lo quando encontrou o crânio. Ele acrescentou: “Eu perguntei-me se ele estava hospitalizado em algum lugar”.

A polícia fez buscas na residência de Hideo e encontrou o resto do seu esqueleto deitado numa cama. De acordo com a autópsia, pelo menos vários meses se passaram desde a sua morte, mas foi confirmado que ele estava vivo em 2017, quando Shoichi afirma ter interagido com ele pela última vez.

As autoridades estão a investigar uma possível causa da morte. Infelizmente, casos em que pessoas deixaram corpos de parentes falecidos escondidos secretamente para continuar a receber pensões ou outros benefícios não são inéditos no Japão. Para já a polícia ainda não revelou nada sobre pagamentos de pensão ou bem-estar a ser desviados até agora.

No final, caberá à polícia determinar se Shoichi precisa ser responsabilizado ou se estava apenas muito confuso.