A canadiana Dbrand, conhecida pelas suas películas de personalização de múltiplos dispositivos, lançou as Darkplates, a sua versão dos painéis laterais da Playstation 5.
Numa atitude provocatória e de marketing prevendo que a Sony iria pedir para não as comercializarem, decidiu desafiar a gigante nipónica afirmado que compuseram o design da Playstation 5, que os seus painéis são diferentes e chegando mesmo em comunicado oficial a dizer à Sony, “vão em frente, processem-nos”.
Acontece que a Dbrand acabou de receber uma carta do departamento jurídico da Sony onde os advogados que representam a Sony acusam a Dbrand de violação de marca registada e direitos autorais, bem como falsificação.
Na carta podemos ler:
Se a Dbrand se recusar a cooperar totalmente com estas exigências… ou se demorar a responder a esta carta, o nosso cliente será forçado a tomar as medidas que julgar necessárias para proteger os seus valiosos direitos de propriedade intelectual.
A atitude beligerante da Dbrand rapidamente desapareceu e a companhia num post no reddit lamentou a ação da Sony, afirmando que as “Darkplates estão mortas”.
Sony como sempre sendo babaca, por isso que o Xbox é o melhor atualmente.
Melhor e tá perdendo até para o PS4 em vendas hahaha
Puts.🍦
Vai ser burro assim na…
Bem-feito.
Não gosto da sony, mas esses caras querem vender kit de personalização sem nem ao menos ter uma permissão, tem que processar mesmo
Nah, é só a porra de uma capa, Sony não quer que mexam uma vírgula no videogame.
Esse tipo de jogada leva a empresa pro buraco
Para quem está perdido, a campanha com o “Vão em frente, processem-nos” fora feita em Fevereiro desse ano. A carta da Sony, no entanto, é mais recente.
A Sony também impediu que outra empresa lançasse “faceplatespersonalizadas para o PS5 no ano passado (em Outubro, se não me engano).
Há rumores que a Sony pretende lançar suas próprias “faceplates”“e por isso fora atrás de empresas que tentaram oferecer alternativas para personalizar seu console.
Dbrand é até conhecida e ela faz vários produtos de ótima qualidade para personalizar notebooks, smartphones, entre outros produtos, como capas protetoras.
Sinceramente, eu não vejo, da perspectiva de consumidor, nada de positivo nisso. A Sony até o momento não oferece nenhum acessório para que você possa personalizar o seu console (ele é seu, tu faz o que quiser com ele) e vai atrás de quem oferece algo que o mercado demanda.
Nem todo mundo tem acesso a ferramentas DIY (faça-você-mesmo), como impressoras 3D que são caras no Brasil. Isso meio que limita o que você consegue fazer com seu console e é um tanto estranho isso, já que temos exemplos de consoles de outras gerações passando por um tratamento estético/personalizado mais agressivo por empresas de menor port; e elas não foram processadas.
Sony e Nintendo são muito protecionistas com seus hardwares e, ao mesmo tempo, oferecem poucas alternativas para quem quer dar uma cara nova a seu console ou deixá-lo com um visual mais único. Imagine se as grandes Montadoras de Automóveis seguissem a mesma linha e passassem a processar empresas de tuning e body kits para carros?
Eu não entendo muito sobre a lei de patentes e direitos autorais (lei de direitos autorais em alguns pontos passa a ser bem abusiva, principalmente na Europa), mas do ponto de vista de consumidor, isso para mim é uma perda, principalmente para quem mora em fim de mundo (Brasil).
O que me leva ainda a outra pergunta muito pertinente, principalmente nesse momento em que a luta sobre o “direito de reparo de seu próprio equipamento” ganha mais força na Europa e EUA. Uma simples personalização das tampas do console seria razão suficiente para retirar o direito de garantia do consumidor? Mesmo que não haja alteração do funcionamento de nenhum dos sistemas?
Esse movimento da Sony, as recentes censuras de jogos no PS5 e PS4 (principalmente no Japão), o problema com a bateria do PS4 que eles só decidiram fazer algo a respeito após o “backclash”… Sony por vezes me passa umas “vibes Apple” e não no bom sentido (eu detesto o sistema fechado da Apple e como ela impõe a seus usuários como eles devem usar o produto que eles compraram).