Hideo Kojima, o famoso criador de Metal Gear e Death Stranding, diz que reavaliou as suas prioridades desde que fez 60 anos e ficou gravemente doente durante a pandemia, a tal ponto que até deixou um testamento contendo ideias de jogos para a equipa usar após a sua morte.
Em entrevista à Edge o famoso diretor comentou:
Completar 60 anos foi menos um momento decisivo na minha vida do que as minhas experiências durante a pandemia. Fiquei gravemente doente nessa altura e também fui operado aos olhos. Até então não me achava velho, sabe? Simplesmente não me sentia com a minha idade e presumi que seria capaz de criar enquanto vivesse.
Mas depois fiquei doente e não consegui criar nada. E vi muitas pessoas à minha volta a falecerem naquela época. Eu estava perante a morte. Claro, recuperei, mas agora estava a pensar: ‘Espera, quantos anos me restam para fazer um jogo ou um filme?’ Talvez tenha dez anos?
Isto levou Kojima a reavaliar as suas prioridades e ate chegou a pensar em dirigir um filme, mas os realizadores Guillermo del Toro e Nicolas Winding Refn, que aparecem em Death Stranding, aconselharam-no a concentrar-se apenas nos videojogos.
Esta sua doença grave e reavaliar de prioridades foi também o precursor para Kojima começa a pensar em criar Physint para a Sony, um jogo de espionagem que o criador diz ser a resposta aos muitos fãs que pediam para ele criar algo semelhante a Metal Gear.
A pensar que não iria conseguir durante a sua vida realizar todos os seus projetos, Kojima deixou mesmo um registo com todas as suas ideias para novos projetos.
Ofereci uma pendrive com todas as minhas ideias ao meu assistente pessoal, como se fosse um testamento. Talvez pudessem continuar a fazer coisas depois de eu me ir embora para a Kojima Productions… Esse é um medo meu: o que vai acontecer à Kojima Productions depois de eu me ir embora? Não quero que apenas gerenciem o nosso IP existente.