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    Interpretações sobre o final de Final Fantasy VII: Remake (Segunda parte)

    Não, não viajei até ao futuro e trouxe até vocês o final do segundo capítulo que ainda está em desenvolvimento. O facto é que muitos criticam os capítulos finais de Final Fantasy VII: Remake por serem desconexos e sem sentido. No entanto, após várias pesquisas, analises, e situar a obra como um todo, estes parecem fazer imenso sentido. Escusado será dizer que teremos muitos spoilers para ambos os jogos.

    Convém salientar que este é o Sephiroth de Final Fantasy VII: Advent Children, por isso tem mais visão e conhecimento sobre os eventos passados decorridos no jogo original. A forma como surge cedo nesta versão da história e consequentes aparições são num intuito de impedir Cloud de conhecer a Aerith e confundir o SOLDIER 1st Class. Isto porque assim Sephiroth, repetirá a sua derrota, já que a Cetra se tornará no Holy e com o auxílio do Lifestream, destruirá o meteoro em colisão contra Gaia, e consequentemente os seus planos.

    Sephiroth, não é o único consciente de que estamos perante uma linha temporal alternativa. Aerith logo muito cedo, também sente, e está ciente que a sua morte será inevitável, através de várias interações com os seus amigos. Logo nos minutos iniciais, quando assistimos à abertura deste fantástico jogo, a vendedora de flores sente um distúrbio no ar, possivelmente pelo regresso de Sephiroth. Isto porque na missão do bombardeamento do reator 1 pela AVALANCHE, Cloud encontra uma pena negra das asas de Sephiroth, um pouco antes de instalar o detonador. Mais tarde e logo após o encontro com Aerith, esta vil criatura volta a surgir na cidade, para confundir Cloud, e impedir que este se alie novamente a Barret e à sua causa, evitando o reencontro com Aerith e os seus desenvolvimentos.

    O papel de Sephiroth neste jogo, além de impedir que Cloud percorra os eventos do jogo original, também parece ser (com uma certa ironia), oferecer esperança ao jogador, para desta vez salvar a Aerith. Contudo, como sabemos a sua morte será o catalisador da sobrevivência de Gaia, como já foi explicado. O vilão possivelmente oferece esta esperança, para quando esse momento inevitável chegar, ser ainda mais doloroso, e destruir, Cloud psicologicamente por completo. Como já sabemos, este é um Sephiroth futuro, e com base na sua célebre citação de Final Fantasy VII: Advent Children, tudo faz imenso sentido.

    “Diz-me o que mais gostas. Dá-me o prazer de tirá-lo”

    Este filme é determinante para descodificarmos não só o aparentemente final de Fantasy VII: Remake, como as intenções e carácter do vilão. Certamente que se lembram dos três Whispers que combatemos no portal: Whisper Croceo, Whisper Rubrum e Whisper Viridi, estes são descritos como entidades futuras manifestadas no presente. Na minha anterior interpretação destes eventos de Fantasy Fantasy VII: Remake, referi que estes seres eram manifestações futuras correspondentes a Cloud, Barret e Tifa, isto por possuírem as mesmas armas. Contudo, através do Guia Ultimania, descobrimos que estes tratam-se das representações de Sephiroth, encontradas em Kadaaj, Loz, e Yazoo, não só através das suas armas, e movimentos, como também se fundem, num novo Bahamut no decorrer desta batalha, tal como vimos com Bahamut Sin no filme.

    Este filme, é a chave para muitos dos acontecimentos finais de Final Fantasy VII: Remake. No mesmo e durante o duelo com Cloud, este invoca Whispers e funde-se com estas entidades. Ou seja, os Whispers, desde muito cedo, foram parte integrante na história e não foram invenções neste Remake, até porque temos de pensar que este é o quinto integrante da série: Compilation of Final Fantasy VII.

    Com base no fluxo destes acontecimentos, este Sephiroth parece ser mestre e senhor de várias espaços temporais, manifestando-se através das Jenova Cells, da mesma forma que o fazia no jogo original, mas desta vez numa forma mais agressiva e calculista, tal como os Whispers de certa forma.

    As visões de eventos futuros, que assistimos neste Remake, parecem ser manifestações dos Whispers, a alertar Cloud e os seus amigos, que se forem seduzidos por Sephiroth, este é o futuro que os espera. Na realidade, o final do jogo clássico, corresponde a um mundo futuro de 400 anos, onde toda a humanidade foi extinta. Também ainda não sabemos se Biggs, Zack (agora ressuscitados), e Jessie (se sobreviveu) fazem parte da mesma linha temporal de Cloud. Imaginem se o segundo começa também na missão do bombardeamento do reator 1, mas em vez de surgir Cloud, aparece Zack e ocupa o seu lugar na história, através de sonhos como vimos Laguna em Final Fantasy VIII? Isto sem contar que o titulo do capítulo final é Destiny Crossroads (encruzilhadas do destino).

    Final Fantasy VII: Remake, também fez um grande uso das suas faixas musicais para não só transmitir dinamismo como também contar uma história. Durante o confronto final no limiar do tempo, e depois de Cloud falhar a sua investida de Ominislash, este sugere a Cloud, a seguinte afirmação.

    “Sete segundos, alguém como tu consegue fazer imenso durante esse tempo.”

    A melodia que toca durante esse momento, é uma versão modificada da cidade dos antigos, a mesma onde Aerith morre no jogo original, e 7 segundos correspondem exatamente ao início desta icónica cena até à sua morte. A forma como este jogo conta uma história pelas suas faixas musicais é incrivelmente original e inovadora. Até o final de Final Fantasy VII pode ser ligado com este Remake, já que acabam e começam da mesma forma, com o mesmo efeito sonoro.

    Confesso que estava muito reticente quanto ao rumo que este jogo estava a tomar. Contudo, analisando este como um universo, e agora tendo consciência da sua fluência, não podia de estar mais entusiasmado para as suas seguintes partes. Já não me sentia assim como um jogo, há imenso tempo, e quem sabe que este efeito seja um reflexo do que Final Fantasy VII, produziu em 1997, modificando a indústria e todos nós.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Centra
    Centra
    3 , Maio , 2020 13:49

    Adoro como o autor apenas viu uma teoria na internet e a deu como a mais pura das verdade, ignorando o facto que a Aeris já no primeiro jogo estava “ciente que a sua morte” seria “inevitável”. É com muita pena que vejo um artigo que apenas se deu ao trabalho de traduzir o que está a circular pela internet, meter palha com mau português, memes forçados de JoJo, assumir a informação aqui regurgitada como uma verdade absoluta, e meter um titulo “click-bait” como se tivesse desvendado a segunda parte através da lógica da batata 101.

    Hunter_X
    Hunter_X
    Reply to  Centra
    3 , Maio , 2020 22:14

    Também acho que no jogo original em determinado ponto a Aerith percebe que sua morte aconteceria. E no texto vemos um trecho onde é citado que a humanidade não existia mais após aquele salto no tempo mostrado naquela cena digamos, pós créditos. Vemos um Red XIII ainda vivo, porém bem velho e com alguns filhotes, então ele acho uma fêmea de sua espécie e por tanto ele não era o último de sua raça e depois vemos o rosto da Aerith e enquanto a tela escurece ouvíamos vozes de crianças como se estivessem brincando e na época isso era interpretado como uma dica de que a humanidade tinha sobrevivido ainda após tantos anos depois dos acontecimentos do jogo original.

    Resumo de Livros
    Resumo de Livros
    3 , Maio , 2020 13:49

    legal a teoria, mas afirmar tão veementemente que Zack está vivo e Sephiroth é do futuro é um pouco de forçação de barra.

    Hollowfied
    Hollowfied
    Reply to  Resumo de Livros
    3 , Maio , 2020 22:14

    Não é não,se você jogou até o final,vê que o Zack sobreviveu o ataque da Shinra,e o Guidebook confirmou que ele está vivo.

    Resumo de Livros
    Resumo de Livros
    Reply to  Hollowfied
    4 , Maio , 2020 13:54

    é fato que no final do Crisis Core a galera do caminhãozinho mata o Zack,e que isso não acontece no Remake, mas afirmar que ele está vivo é estranho, até porque o Cloud continua tendo assimilado as memórias do Zack.

    Hollowfied
    Hollowfied
    Reply to  Resumo de Livros
    6 , Maio , 2020 2:41

    A resposta é simples

    Criou-se uma nova linha do tempo.

    Resumo de Livros
    Resumo de Livros
    Reply to  Hollowfied
    8 , Maio , 2020 10:22

    Pode ser, ou pode ser uma nova história tbm. Cara você tem o Ultimania?

    Scar
    Scar
    3 , Maio , 2020 13:49

    Eu acho que vc(s) deveriam ver as informações do ultimania ou os videos do max dood, tem um spoiler talk dele com o pessoal do EasyAllies muito bom. E já tem bastante coisa explicada já… Os 7 segundos por exemplo ta escrito até no proprio jogo se refere ao fim do mundo não a morte da Aerith.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Reply to  Scar
    3 , Maio , 2020 22:14

    Podes explicar se fazes favor?

    Hollowfied
    Hollowfied
    3 , Maio , 2020 13:49

    Foi revelado no Guidebook que existe pelo menos mais de um Sephiroth,pode-se dizer que são os receptáculos,quando ele e Cloud estavam sozinhos no infinito,deu a sugerir que ele quer invadir o Multiverso.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Reply to  Hollowfied
    3 , Maio , 2020 22:14

    Repara que esse Sephiroth, tem uma linguagem bastante diferente, mais próxima e reveladora. Espero que tenhas gostado do artigo.

    Hollowfied
    Hollowfied
    Reply to  Bruno Reis
    4 , Maio , 2020 13:54

    Tão falando que esse Sephiroth é o pós-Crisis Core,antes de ficar enlouquecido.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Reply to  Hollowfied
    6 , Maio , 2020 2:41

    A sério, a mim, pareceu-me muito mais o de Advent Children.

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