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    Interpretações sobre o final de Fantasy Fantasy VII Remake (SPOILERS)

    No rescaldo dos eventos de Final Fantasy VII Remake, e ainda com a mente fresca do que vimos nos seus instantes finais, deixo aqui a minha interpretação sobre os mesmos, e o rumo que a história poderá seguir.

    Obviamente este artigo contém spoilers por isso considerem-se avisados, se ainda não jogaram ou terminaram este primeiro capitulo de Final Fantasy VII Remake.

    Várias vezes durante a aventura somos abordados por diversas entidades, que mais tarde descobrimos o seu verdadeiro nome e propósito. Estas são os Whispers/Feelers, que indiretamente podem considerar-se uma metáfora de nós. Enquanto as personagens tentam a todo o custo mudar o curso da história, estas surgem para impedir que tal não acontece e a linha temporal permanece intacta. De uma certa forma, metaforicamente tratam-se de nós enquanto fãs impedindo as personagens de mudarem a história de Final Fantasy VII que conhecemos desde 1997.

    Indiretamente durante o confronto final com estas, cada uma possui um conjunto de habilidades e movimentos bastante peculiares. Tratam-se de Whispers equipados com espadas, luvas de combate e canhões. O que não deixa de ser interessante, é que também podem ser remetidos a Cloud, Tifa e Barret. Outro fator muito interessante é não existir um Whisper de Aerith, visto que esta foi assassinada por Sephiroth no jogo clássico. Inclusive assistimos a alguns momentos mais icónicos da série clássica, como o da sua morte.

    Com base nestes acontecimentos, diversos episódios que conhecíamos, foram completamente modificados, e daqui em diante terão um peso e direções completamente distintas, já que as personagens conseguiram-se soltar das amarras do destino, tal como foi visto nos minutos finais de Final Fantasy VII Remake. Um dos mais estranhos momentos foi com Zack Fair, o SOLDIER, que entregou a Buster Sword a Cloud Strife. De uma maneira completamente aleatória, este surge, e somos introduzidos a um final alternativo de Crisis Core: Final Fantasy VII, a prequela de Final Fantasy VII, onde este escapa com vida.

    Existem agora diversos caminhos os quais Final Fantasy VII Remake, pode caminhar. Um dos mais óbvios, é que podem existir viagens no tempo, já que foi aberta essa possibilidade, visto que a produção até foca uma mascote, Stamp bem diferente, durante este segmento de Zack. Adicionalmente no nosso confronto com Sephiroth, completamente idêntico ao final no jogo clássico, este convida Cloud a unir-se a si, e juntos derrotarem o destino. Esta poderosa figura ainda vai mais longe e indica a Cloud que o que está no horizonte, ainda não existe.

    Esta trata-se de mais uma afirmação metafórica da produção. Isto porque a história que conhecemos de Final Fantasy VII, vai daqui em diante mudar radicalmente. Não só com base nesta frase como na última que temos no rescaldo dos eventos de Midgar:

    “The Unknown Journey Will Continue.”

    Ou seja, embora a seguinte parte de Final Fantasy VII Remake retire elementos do que conhecemos, a produção deixou bem presente que vai mudar drasticamente o curso e acontecimentos da sua história. Até porque supostamente a história que conhecemos corresponde a um futuro alternativo mau, e agora vamos viver duma linha temporal alternativa.

    Não é que não tenha gostado do seu final, mas agora estou um pouco reticente, qual o rumo que o próximo capítulo  deste Remake vai seguir. Estes acontecimentos deixam-me preocupado diria mesmo assustado, já que podem existir vários futuros, viagens no tempo, que a história possa ser completamente alterada ou simplesmente porque personagens populares, permanecem vivas, sem nexo. Não concordo com Biggs, Wedge e possivelmente Jessie, terem sobrevivido ao incidente com o pilar do sétimo distrito.

    O tema vida e morte, foi um dos mais intensos em Final Fantasy VII, as suas mortes, o peso destas restantes personagens, e o seu legado. Se este Remake percorrer uma estrada onde estes são alteráveis, penso que se perde muito do que Final Fantasy VII contribuiu e se tornou num título lendário. Claro que a produção também pode dar-nos essa falsa esperança, e mesmo assim essas personagens morrerem, para assim esses momentos terem mais impacto, ou mudar o curso da história e modificar a morte de Aerith por outra personagem.

    Desta forma vejo o nome Remake, em Final Fantasy VII, de outra forma. Remake, pode ter agora dois significados. Um destes obviamente é estar a ser refeito para uma nova geração, outro é a história de Final Fantasy VII, estar a ser refeita. Talvez na próxima parte o jogo quem sabe, seja conhecida como Final Fantasy VII Rebirth, já que possivelmente será um renascimento e um novíssimo olhar e acontecimentos de Cloud e dos seus amigos.

    Final Fantasy VII Remake, já está a venda para a PlayStation 4. Podem assistir a todo o jogo aqui.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Daniel Cardoso
    Daniel Cardoso
    21 , Abril , 2020 12:57

    Eu como nunca joguei o original, e sabendo o seu final respetivamente, este por outro lado tentar passar uma ideia nova, a nivel de história esta 5 estrelas o seu principal defeito foi mesmo quando começou a engrenar para acabou na menhor parte… Mas a ideia que passa é que eles querem desta vez juntar todo o universo do FF7 original, do filme e do da PSP em algo mais grandioso, e vamos ser sinceros a morte de muito personagem no original em MUITOS cassos foi sem noção, com isto não quero dizer que não foram importantes, mas actedito que esses mesmo personagem vão ter um final mais memorável e inesquecível neste, o sacrifício acredito que haverá, mas sera no Final do JOGO, agora que a muitos caminhos para a história progredir lá isso vai ter, por um lado é bom, porquê o interesse para a segunda parte fica lá nas alturas, e uma pessoa fica na expectativa do que vai acontecer, mas tem que ser feito com muito cuidado.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Reply to  Daniel Cardoso
    22 , Abril , 2020 11:23

    O problema é que as mortes, como a do Zack e da Aerith, moldaram e tornaram as personagens nas que amamos. Com a morte do Zack, Cloud tornou-se no herói que conhecemos, e com a morte da Aerith, consegui alcançar a compaixão. Discordo que as personagens morreram sem contexto. O trio da Avalanche, mais a frente também seria determinante para a redenção e desenvolvimento do Barret. Basicamente e ironicamente este remake, parece ser uma vontade a muito dos fãs em manter a Aerith viva.

    Hollowfied
    Hollowfied
    21 , Abril , 2020 12:57

    Minhas teorias.

    1- O Remake se passa numa timeline diferente,por isso alguns eventos são diferentes do jogo original.

    2 – Os Murmúrios tem o papel de que os acontecimentos de FF VII aconteçam,quando o grupo derrota o Arauto,eles estão livres de seguirem o mesmo caminho do jogo original

    3 – Sephiroth está ciente dos eventos de FF VII e Advent Children,e ele fará de tudo pro Cloud e cia não seguirem o mesmo caminho do jogo original

    4 – Sephiroth deve evitar de Aerith se juntar ao Lifestream como no original,já que ela foi principal fator de atrapalhar os planos de Sephiroth tanto no VII como no Advent Children

    5 – Para acabar com esse ciclo vicioso,Cloud e cia devem acabar com Jenova,já que ela é a fonte de todo o mal no universo de FF VII.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Reply to  Hollowfied
    21 , Abril , 2020 12:57

    Então este Remake, é uma sequela?

    Hollowfied
    Hollowfied
    Reply to  Bruno Reis
    22 , Abril , 2020 11:23

    Pode-se dizer que sim.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Reply to  Hollowfied
    23 , Abril , 2020 13:18

    Interessante teoria, também quem parece estar ciente de eventos passados é a Aerith

    Horizon hc
    Horizon hc
    Reply to  Hollowfied
    22 , Abril , 2020 11:23

    Caraca, você organizou e disse basicamente o que eu achei, antes eu estava preocupado pois o FF VII clássico é um marco na história, aí comecei a jogar o remake e fui gostando e abrindo a mente, mas algo não parecia a mesma coisa, se fosse só um remake, bastaria seguir a história nos cursos originais e adicionar alguns elementos novos e sem comprometer o contexto principal, o lance de viagem no tempo, e linha do tempo alternativa, como Jenova sendo o destino e antagonista final, faria total sentido!!

    Edson Neto
    Edson Neto
    Reply to  Hollowfied
    22 , Abril , 2020 11:23

    acho que a melhor coisa que a square poderia fazer no momento seria um sistema de escolhas, dependendo das escolhas que o jogador fizer a historia iria se moldando. imagina as possibilidades, dependendo das suas escolhas aerith morre ou ate tifa no lugar

    Hollowfied
    Hollowfied
    Reply to  Edson Neto
    23 , Abril , 2020 13:18

    Não.

    JãoVeiga
    JãoVeiga
    21 , Abril , 2020 12:57

    A questão de manterem certos personagens vivos chega até a ser interessante até certo ponto, mas acho que é claramente tudo uma ilusão até porque acho que nessa história independentemente de tudo em algum momento eles vão se ver obrigados a recuperar o destino original de história e Sephiroth vai tentar impedir eles.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Reply to  JãoVeiga
    22 , Abril , 2020 11:23

    O meu receio é basear-se na interpretação, como vão fazer?

    Hunter_X
    Hunter_X
    22 , Abril , 2020 11:22

    A Indicação de Sephiroth a Cloud dizendo que, O que está no Horizonte Ainda Não Existe, não poderia ser interpretado simplesmente como a Square Enix dizendo: “Olha pessoal, o resto do jogo ainda não está pronto”. Hahaha

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Reply to  Hunter_X
    23 , Abril , 2020 13:18

    Também, e não esqueçam que antes de viajar para o lado de lá, a Aerith, indica que ao fazermos isto, estaremos mais que mudar a história, estaremos também a mudar-nos. Outra metáfora da produção de amarras com o passado.

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