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    Petição “Stop Killing Games” atinge marco histórico de 1 milhão de assinaturas na Europa

    Movimento liderado por criador de conteúdo pode forçar alterações na legislação europeia sobre preservação de videojogos

    Stop Killing Games - Screenshot Portugal

    A petiçãoStop Killing Games“, iniciada pelo criador de conteúdo Ross Scott, conseguiu atingir o objetivo de 1 milhão de assinaturas através da Iniciativa de Cidadãos Europeus, marcando um momento decisivo na luta pela preservação de videojogos.

    O movimento, que começou em 2024, visa combater a prática crescente das editoras de videojogos que tornam os títulos completamente injogáveis após o encerramento dos servidores. Com muitos jogos a dependerem exclusivamente de ligações online, os consumidores ficam impossibilitados de aceder aos produtos que compraram quando as empresas decidem terminar o suporte. O exemplo mais recente é Anthem que em janeiro de 2026 vai desligar os servidores do jogo, tirando assim a possibilidade dos jogadores que possuem o jogo de o jogar.

    A petição registou um crescimento notável nas últimas semanas, passando de 800.000 assinaturas no dia 2 de julho para ultrapassar a marca de 1 milhão apenas um dia depois. Este êxito não se limitou ao continente europeu – a petição dirigida ao governo britânico também superou largamente o seu objetivo inicial de 100.000 assinaturas, contando já com mais de 130.000 apoiantes.

    Anthem da EA encerra definitivamente em Janeiro de 2026

    Impacto na legislação europeia

    O êxito da iniciativa significa que a Comissão Europeia terá muito provavelmente de abordar esta questão e considerar nova legislação. De acordo com os responsáveis pelo movimento, existe uma “forte probabilidade” de que sejam aprovadas novas leis que protejam os direitos dos consumidores e garantam o acesso aos videojogos adquiridos.

    A questão central da petição prende-se com o facto de muitos videojogos serem vendidos como produtos permanentes, sem data de expiração declarada, mas serem concebidos para se tornarem completamente inutilizáveis assim que o suporte da editora termina. Esta prática tem vindo a intensificar-se com o aumento dos títulos que requerem conexão permanente à internet.

    O website oficial do movimento explica que se trata de “um movimento de consumidores criado para questionar a legalidade das editoras destruírem videojogos que venderam aos clientes“.

    Futuro do movimento

    Com o marco de 1 milhão de assinaturas alcançado, os organizadores consideram que esta é apenas a fase inicial de um processo mais amplo. A expectativa é que a pressão exercida pelos cidadãos europeus conduza a mudanças significativas na forma como a indústria dos videojogos opera, protegendo simultaneamente os direitos dos consumidores e os esforços de preservação digital.

    Este desenvolvimento representa um passo importante na proteção dos direitos dos jogadores e na preservação do património cultural dos videojogos para as gerações futuras.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 60 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

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