De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

Bruno Reis

Mushoku Tensei II (12) FIM

Mushoku Tensei chega ao fim da sua segunda temporada com uma narrativa muito mais simples e frontal quando comparada à primeira parte. Contudo, se formos analisar referente ao crescimento do Rudeus temos um desenvolvimento muito maior. Durante algumas semanas relatei que o jovem Greyrat sofreu alguns altos e baixos neste departamento -tal como a série- mas me interpretem mal, é certo que existiram algumas inconsistências, mas este último bloco de episódios serviu para engomar a personagem. Rudeus finalmente curou a sua condição psicológica que lhe impedia de ter relações sexuais. Praticamente esta temporada foi envolta neste elemento, por isso senti um ligeiro potencial desperdiçado porque penso que uma academia de feitiçaria seria um sítio interessante ao invés ao invés de Rudeus de ser um palco para o Rudeus tentar curar a sua condição. Cá para mim a poção teve um efeito de placebo e o jovem casal só utilizou como pretexto para soltar os seus sentimentos mais fervorosos.

One Piece (1077)

Este arco de One Piece foi de tal forma massivo que a produção dedicou um episódio inteiro dedicado à apresentação das suas personagens!

Jujutsu Kaisen -Segunda Temporada- (10)

Este episódio de Jujutsu Kaisen arranca imediatamente com os eventos do anterior e pela primeira vez descobrimos a confiança, amizade e respeito que os Jujutsu Sorcerers depositaram em Gojo. Assim que souberam que o seu mentor foi raptado e selado, todos sem exceção não olham a meios para o resgatar, nem mesmo temem pelas as suas vidas. É certo que Jujutsu Kaisen possui imensa qualidade visual, mas senti que este episódio esteve uns pontos acima, talvez por ser maioritariamente narrativo sem as tradicionais e incríveis coreografias de luta, a produção tomou rédeas para animar com mais detalhe pequenos momentos que passam despercebidos para o espetador comum, mas que para o espetador com um olhar mais atento foram um verdadeiro deleite, mais como proporções de corpo, física, e um simples caminhar num metro.

Shin-chan

Rurouni Kenshin (2023) (13)

Rurouni Kenshin por fim fecha o seu primeiro arco com a apresentação de uma personagem extremamente importante para o desenvolvimento da história e consequentemente no desenvolvimento de duas no futuro. Embora seja bem diferente Aoshi vai apresentar bastantes paralelos com o próprio Kenshin, principalmente no arco de Kyoto, após a sua conclusão. Mesmo neste arco já tivemos um vislumbre de um desenvolvimento primário, isto porque Aoshi embora não pareça é um líder extremamente preocupado com o bem-estar dos seus companheiros -e vice-versa- e esse efeito foi palpável em todo o episódio. Também achei interessante como Gensai foi apresentado, o doutor foi imediatamente introduzido na série clássica, contudo, desta vez surge para humanizar a Megumi para dar um rumo à sua vida como médica. Agora que penso onde estão as netinhas da Kaoru nesta encarnação moderna?

Ragna Crimson (01)

Ragna Crimson arrancou com um episódio de 47 minutos que muito provavelmente poderia ter sido encurtado para as duas dezenas e pouco mais. A série conta a história de Ragna um rapaz que durante toda a sua vida foi perseguido pela espécie que existe e tornou-se na maior ameaça para a humanidade, os dragões. Não importa com quem estivesse, Ragna era sempre visto com desdém por quem conhecesse, porque inexplicavelmente era alvo de dragões, um dia conhece uma estranha -porém poderosa- menina que está em posse de uma longa espada prateada, e por assistir a um Ragna abandonado decide acompanhá-lo na viagem, simplesmente por acreditar que aapenas tem de ser mais forte que os dragões e nesse tempo também se dedica a treinar o Ragna para destruir os seus opressores. Certo dia, num período muito mais tardio Ragna é atormentado por estranhas visões onde é visitado por um estranho homem com olhar semelhante e que a sua amiga vai ser morta por dragões. Para já o anime foi interessante ao ponto de se evadir do estigma de herói lendário, ou alguém descendente de lendas, existe uma razão bem mais íntegra e presente para Ragna alcançar novos poderes, diria mesmo mais humana e credível que muitas por aí fora. De resto foi um primeiro episódio funcional com muito mais tempo de antena do que devia na minha opinião.

Frieren: Beyond The Journey’s End (01)

Frieren: Beyond The Journey’s End começa de uma forma muito interessante e original, visto que dedicou o seu tempo a demonstrar que uma vida terrena demasiado longa também pode ser uma maldição. Como a nossa mago é uma elfo, a sua vida é demasiado e durante o primeiro episódio assistimos a um adeus muito prematuro do seu grupo de amigos que combateu e venceu o Rei Demónio que assolava o reino. Gradualmente Frieren perde os seus companheiro e depressa mergulha nas melancolias características de .//hack Sign ou Kino no Tabi, onde uma figura estoica parte numa viagem e pelo caminho toca nas vidas e dos locais que visita. Pelo ambiente deu a entender que pode ser o nosso Mushoku Tensei de outono, e visão interessante de um período que geralmente é ignorado em muitas narrativas, o que existe depois de um mundo em paz.

Sabes que jogas demasiado jogos de Dark Souls quando…

Bleach: Sennen Kessen-hen (24 e 25)

Os dois últimos episódios de Bleach, fizeram jus ao nome deste arco, porque foram jorrados litros de sangue quer por protagonistas como antagonistas. As técnicas, as inevitáveis ressurreições e inusitadas explicações foram uma constante, não me interpretem mal porque este último trio de episódios foi o melhor que este arco ofereceu. Apesar de existirem raras exceções como por exemplo os Bankais da Rukia e do Kenpachi, todas as outras lutas e momentos foram muito pobres, especialmente quando comparados aos da primeira parte. Senti uma fadiga tremenda e uma escrita horrível na maioria das lutas dos Shinigami do Gotei 13 contra os Sternritter, muitos acontecimentos pareceram bastante inusitados e sem conteúdo. Felizmente estes últimos arcos acabaram por atuarem como uma redenção deste cour, a Divisão Zero voltou a transmitir o dinamismo do anterior cour e deu o safanão necessário para alavancar o desenvolvimento necessário da série e das personagens. Grande parte se deve ao xadrez entre Shinigamis e Quincies que além de ser extremamente metódico as duas peças principais fazem movimentar os seus cabeleireiros e peões, maioritariamente às motivações de Yhwach que também podem ser consideradas de nobres. Infelizmente este cour terminou numa forma muito abrupta, justamente quando este se estava a tornar-se interessante.

A caneta é sem dúvida mais forte que a espada
Bruno Reis
Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.
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