Mais...
    InícioO que estamos a verO que estamos a ver – 10 de Dezembro de 2023

    O que estamos a ver – 10 de Dezembro de 2023

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Captain Tsubasa: Youth Tournament Arc (09 e 10)

    Este bloco de episódios de Captain Tsubasa atuaram como uma colheita de tudo o que os anteriores semearam até ao momento, ou seja, o poderio e intimidação das seleções mundiais de futebol juvenil, a adversidade e conquista de Tsubasa e dos seus companheiros, e regressos muito aguardados pelos fãs dentro e fora dos relvados. Enquanto a presença de Roberto é calma e praticamente sem palavras, a de Misaki é fulminante tanto que reintroduz a primeira fraqueza num guarda redes que parecia imaculado. Embora o protagonismo de Tsubasa continue a ser um pouco exagerado em campo, como sempre foi, pelo menos desta vez sinto que também serviu para desenvolver as restantes personagens e revelar que mesmo vindo de mundos diferentes, as vidas de todos, especialmente de Misaki e Hyuuga receberam um pouco mais humildade e continuaram o legado do eterno Capitão Falcão.

    Shangri-La Frontier (10)

    Através da abertura sabemos que o grupo de Sunraku descobrimos que o seu grupo vai aumentar com a chegada de duas guerreiras, contudo, desconhecíamos era como e quando. Felizmente este episódio chegou para colocar um ponto nos “i’s” e responder parcialmente a algumas questões. Enquanto uma destas já sabíamos é o seu “amor não correspondido” a outra é uma Player Killer que aceita formar uma aliança com o jogador que tomou o jogo divino de assalto para lhe ajudar a encontrar um tesouro. O episódio faz um excelente trabalho a desenvolver a PK, mesmo que na primeira parte do mesmo o foco fosse a luta de Sunraku contra mais uma poderosa ameaça, que foi claramente inspirada na Skulltula de The Legend of Zelda: The Ocarina of Time, e o mundo fora de Shangri-La onde o guerreiro virtual retira a sua máscara de pássaro azul e continua a suas pesquisas em revistas e fórum da espacialidade, algo que acho louvável numa série com estes valores porque Sunraku é não é OP, apenas consegue ter sucesso a colocar o jogo a seu favor através de conhecimento prévio e estratégias.

    Hello it’s-a me Super Mario on the PS4 WAHOOOOO

    Rurouni Kenshin (2023) (23) 

    Por fim Rurouni Kenshin apresentou um dos momentos mais esperados pelos fãs no pré -kyoto arc, o duelo de Kenshin contra Saito. Embora na minha opinião não consiga alcançar o esplendor da obra clássica, posso dizer-vos que não desiludiu mesmo com uma direção e abordagem mais adequada à nossa era moderna. Contudo, além da majestosa e incrível banda sonora, que jamais poderá ser replicada, nesta e noutras inevitáveis adaptações, outro efeito que senti foi a falta do olhar dourado acutilante do Kenshin quando abraçou momentaneamente a sua anterior identidade como esquartejador. O olhar demonstrava uma personalidade mais fria e distante que contrastava com a personalidade simpática e morna do samurai vagabundo, infelizmente nesta encarnação apenas senti os mesmos valores pela falas do seiyuu de Kenshin. As cores esbatidas no duelo do original também lhe deram um efeito mais sombrio. Contudo, a forma como a produção realizou o mesmo não foi descartada pelo contrário, garantiu-lhe uma identidade muito própria, foi bem interessante ver o Saito a recorrer ao seu vestuário para tentar levar de vencida o nosso samurai favorito e a demonstrar a luta interior de Kenshin através de Kaoru e Yahiko.

    O utilizador original do Santoryu

    Goblin Slayer II – (10)

    “Seguir em frente com a vida ao respeitar as experiências positivas e negativas que conquistámos e vivemos”. Esta citação descreve parcialmente o episódio de Goblin Slayer desta semana. Quem segue este espaço com atenção sabe que ao longo das aventuras do Orcbolg nesta temporada se apercebeu que o outrora inexpressivo Matador de Goblins gradualmente tem revelado um lado mais humano. Como este efeito tem sido cada vez constante, aconteceu o impossível, o guerreiro disse aos seus amigos que o tempo que passou foi divertido mesmo que não tivesse a matar Goblins, que como sabemos é a sua “raison d’être”. Acredito que todos os espetadores ficaram com a mesma expressão de espanto das personagens. Outro destaque deste episódio foi protagonizado pelas sacerdotisas quer a da espada como a pequena guerreiro do escalão de prata que acompanha o grupo. Enquanto a outrora poderosa mulher “cega” revela um lado mais feminino e frágil, na outra assistimos a um fechar de ciclo, ainda que permaneça vinculada como o mesmo. Estes elementos poderiam ser melhor descritos se alguns não fossem uma desculpa esfarrapada para o constante fanservice que observamos nesta temporada que mesmo com o disclaimer no início de cada episódio continua a censurar tudo. Sinto que a produção quer replicar a controvérsia da anterior mas tem receio de acarretar com as consequências. Um cena que talvez tenha passado despercebida mas julgo ser muito importante foi o treino do Goblin Slayer enquanto criança será que foi treinado por um Goblin? Pelo menos foi o que me pareceu.

    Porque o Goblin Slayer não tira o capacete para comer?

    Frieren: Journey’s End (14) 

    Este episódio de Frieren podia ser praticamente resumido a uma birra da Fren por não receber um presente de aniversário. Contudo, se formos analisar mais a fundo descobrirmos que foi bem mais profundo que isso. Temos finalmente a prova implícita que o lendário herói amava a Frieren, só que o facto da elfo não revelar sentimentos talvez por ter um elevado de vida, não se apercebeu na altura. Felizmente, este episódio também nos demonstrou que os gestos de carinho nunca são tardios nem mesmo quando a outra pessoa já não se encontre presente em corpo, mas em espírito. Os momentos da compra do anel e o reconfortar na sua velhice são fatores mais que evidentes. Novamente Frieren volta a abraçar a vida a honrar a morte.

    Dr. Stone: New World (22)

    Dr. Stone continua a surpreender porque ao invés de atuar como um epílogo, o autor revelou estar atento e voltar a relembrar um acontecimento que passou despercebido para muitos, reconheço mesmo que me esqueci. Contudo, o caminho que vai percorrer para conquistar esta última ameaça vai ser o mesmo que delineei. Mas não pensem que este episódio de emoções fortes ficou por aqui, o outro Senkuu certamente também conseguiu surpreender tudo e todos.

    Jujutsu Kaisen -Segunda Temporada- (20)

    Jujutsu Kaisen continua com a sua verdadeira montanha russa de acontecimentos e animação. É mais que sentido que a reta final da obra de Gege Akutami está literalmente a ser levada aos ombros porque os estilos de arte e animação nestes episódios estão a ser do mais inconsistente. De um lado temos uma arte em planos aproximados extremamente cuidada e detalhada, por outro lado no horizonte, no decorrer da ação e nas lutas não só observámos “buffers” como alguns momentos bem bizarros. A luta entre os “Brothers” e uma personagem que conseguiu o feito de sentir fúria cada vez que a vejo foi dinâmica mas num estágio e num cronograma menos intenso certamente que teria um impacto e um destaque bem maior, os efeitos da fadiga e da pressão são cada vez mais evidentes neste fechar de pano. Contudo, não fico indiferente à escrita deste episódio que conseguiu tapar um pouco as lacunas técnicas do mesmo. As metáforas hiperbólicas do Todo, a angústia do Yuji Itadori e a loucura do Mahito foram os grandes aliciante de mais 20 minutos tirados a ferros.

    A Gear 5 do Mahito

    SPY x FAMILY II (10) 

    Embora este episódio de SPY x FAMILY atue praticamente como um rescaldo dos intensos acontecimentos dos anteriores da a bordo do Lorelai, não consigo deixar de ficar indiferente ao facto que Loid gradualmente começa a despertar sentimentos, ainda que sejam pequenas sementinhas mas com raízes, por Yor. O desembarque dos Forgers a uma localização que partilha semelhanças com albufeira no Algarve, foi passado em família onde cada membro teve destaque. Quem quis beber todo este destaque foi a Anya junto dos seus colegas de escolinha que de novamente de uma forma muito inocente, infantil e extremamente relacionável com a nossa infância tenta afirmar a sua posição, claro que de uma forma bem cómica.

    A família Forger em Albufeira
    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

    Artigos Relacionados

    1 COMENTÁRIO

    Subscreve
    Notify of
    guest

    1 Comentário
    Mais Antigo
    Mais Recente
    Inline Feedbacks
    View all comments
    Ana MartinsD
    Ana Martins
    12 , Dezembro , 2023 20:52

    A mudança de cor dos olhos é uma coisa do anime antigo e não acontece no mangá. É um efeito visual bonito mas não faz sentido porque faz com que pareça que ele esta possuído por algo sobrenatural quando Kenshin é totalmente humano.

    Tb duvido que eles iam copiar algo original do anime antigo. A unica coisa que eu queria que eles tirassem é mesmo o OST que é infelizmente o maior problema do remake.

    - Publicidade -

    Notícias

    Populares