Em fevereiro de 2022 recebemos Horizon Forbidden West sem dúvida nenhuma um dos destaques da Playstation 5 e pouco mais de um ano depois chega agora o seu DLC Burning Shores, seguindo assim as pisadas do seu primeiro jogo, Horizon Zero Dawn que mais tarde recebeu The Frozen Wilds.

Relativamente às questões técnicas remeto-vos à análise de Horizon Forbidden West que podem ler aqui e à qual vou fazer algumas referências, sendo a primeira delas à minha afirmação na review de que o jogo ficou “refém da geração passada”, passado um ano Burning Shores veio confirmar isso mesmo, agora um exclusivo Playstation 5 e livre das limitações da Playstation 4, Horizon Forbidden West: Burning Shores respira de detalhe.

Em Burning Shores vão encontrar uma Los Angeles pós-apocalíptica muito bela, cheia de detalhe e variedade, desde efeitos de luz a ambientais, é notório que os produtores tiveram maior liberdade para implementar a sua visão e no computo visual Horizon continua a demonstrar que é dos jogos que melhor consegue construir um mundo aberto e detalhado.

Mundo Belo e Detalhado

Em Horizon Forbidden West: Burning Shores temos ainda uma maior verticalidade de gameplay, com a possibilidade de agora mergulharem e navegarem de baixo de água livremente com um dos vossos monstros mecânicos. É fantástica a experiência de estarem a voar e segundos depois mergulharem e estarem de baixo de água a explorar tudo de uma forma fluida. A transição ar/água é instantânea e é um atestado à capacidade da e do motor gráfico em criar experiência ininterruptas, sem loadings, sem quebras de frames, tudo funciona de uma forma fluida e bela.

Seyka e Aloy

Burning Shores expande um pouco mais a história de Horizon Forbidden West após o fim dos acontecimentos do jogo e se se mantiverem na missão principal esperem ter pela frente cerca de 7 horas de gameplay que aumentam se enveredarem pelas missões secundárias que não são assim tantas.

Neste DLC para além da introdução de um novo local belamente detalhado, vão também encontrar novas máquinas, novas armas, nomeadamente uma que vos será muito útil na fase final, um novo inimigo (não vou dar spoilers) e uma luta gigantesca. Espalhado pelo mapa vão encontrar também muito lore pelo que os completistas podem esperar muita exploração.

Horizon sempre foi uma série que se baseia muito nas emoções dos seus personagens, na review do jogo escrevi que me transmitia algo que “já não sentia desde os tempos áureos de Mass Effect” e neste Burning Shores o jogo apresenta uma nova companheira, Seyka, que eleva ainda mais esse sentimento.

Seyka é uma personagem que encontramos logo no início de história de Horizon Forbidden West: Burning Shores e que nos vai acompanhar por grande parte da nossa jornada. Foi extremamente interessante ver a dinâmica das interações da guerreira Seyka e Aloy. Pela primeira vez a nossa protagonista encontra alguém “à altura” e à medida que a história progride vemos as personagens a começaram a aproximar-se e a aperceberem-se que têm mais em comum do que pensavam. Gostei muito da história optar por ir nessa direção e no meio de toda a luta e caos mostrar algo mais humano.

O primeiro amor de Aloy

Seyka e Aloy (1)

Gostei de ver explorado este lado afetivo de Aloy e só por isso este Burning Shores vale a pena, se são fãs de Aloy vão gostar de ver esse seu lado mais íntimo e mais frágil. Aliás deixo aqui um elogio à atriz de voz portuguesa de Aloy, que conseguiu transmitir muito bem com a sua voz o misto de excitação/medo de Aloy à medida que esta se aproximava de Seyka. Aloy não tem medo de máquinas gigantes mortíferas, mas quando se trata de assuntos do coração o seu lado mais frágil é exposto.

Se são fãs dos jogos de Horizon não tenho qualquer dúvida em afirmar que Horizon Forbidden West: Burning Shores é Obrigatório. Para além de um mudo mais detalhado e belo, vão conhecer uma faceta de Aloy até então pouco explorada e que eu gostei muito de ver.

Subscreve
Notify of
guest

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments