A Google está a preparar uma mudança significativa na sua estratégia de sistemas operativos, confirmando oficialmente que vai unificar o Android e o ChromeOS numa única plataforma. A confirmação chegou através de Sameer Samat, presidente do ecossistema Android da Google, numa entrevista recente à publicação TechRadar.
Durante a conversa, Samat demonstrou particular interesse na forma como os utilizadores gerem múltiplos dispositivos Apple, questionando especificamente sobre a utilização conjunta de MacBook, iPhone e Apple Watch. “Perguntei porque vamos combinar o ChromeOS e o Android numa única plataforma, e estou muito interessado em perceber como as pessoas usam os seus portáteis atualmente e o que conseguem fazer com eles“, explicou o executivo.
Esta decisão representa um passo estratégico da Google para criar um ecossistema mais integrado, seguindo o modelo bem-sucedido da Apple, onde todos os dispositivos funcionam em perfeita harmonia. Embora muitos considerem que esta unificação deveria ter acontecido desde o início, a verdade é que nunca é tarde para implementar melhorias significativas.
A transição não surge do nada. A Google tem vindo a preparar o terreno para esta mudança há algum tempo. No ano passado, a empresa anunciou que o ChromeOS passaria a basear-se mais na mesma tecnologia que alimenta o Android. Além disso, o ChromeOS já há muito tempo que consegue executar aplicações Android, muitas das quais incluem modos específicos para desktop.
O Android 16 também traz novidades neste sentido, incluindo uma interface de desktop semelhante ao Samsung DeX, que permite uma experiência mais próxima da de um computador tradicional.
Esta unificação deverá tornar-se mais evidente nos próximos meses, especialmente com o lançamento dos dispositivos Android XR, que representam uma nova categoria de produtos da Google no universo da realidade aumentada e virtual.
A decisão pode ter implicações significativas tanto para fabricantes de dispositivos como para programadores, que passarão a trabalhar com um ecossistema mais coeso e potencialmente mais fácil de desenvolver. Para os utilizadores, a promessa é de uma experiência mais fluida entre diferentes tipos de dispositivos Google.
