Presidente do Brasil, Lula da Silva, culpa videojogos pela violência entre crianças

Numa reunião no Palácio do Planalto, para ações integradas de proteção nas escolas, o presidente do Brasil, Lula da Silva, fez um duro ataque aos videojogos responsabilizando-os pela violência. Podem ver no vídeo em cima aos 02:29:15.

O presidente brasileiro afirmou:

Não tem game falando de amor. Não tem game falando de educação. É game ensinando a molecada a matar. E cada vez muito mais morte do que na Segunda Guerra Mundial. É só pegar o jogo que essa molecada [joga]. É o meu filho, é o filho de cada um de vocês. É [sic] os meus netos, é o neto de cada um de vocês.

Eu duvido que tenha um moleque de 8 anos, de 9 anos, de 10 anos, de 12 anos que não esteja habituado a passar grande parte do tempo jogando essas porcarias. E mais, hoje a molecada joga com gente de outro país. Passam a noite jogando. E tudo resulta nessa violência no meio de crianças…

Ainda a semana passada, um deputado brasileiro pediu a suspensão de jogos violentos após um ataque a uma escola na cidade de Blumenau, no estado de Santa Catarina. o autor matou quatro crianças com idade entre 4 a 7 anos.

A solicitação do deputado cita um boato das redes sociais que afirma que o autor do ataque jogava jogos eletrónicos. Em investigação inicial do ocorrido, a Polícia Civil de Santa Catarina não encontrou nenhuma relação entre jogos eletrónicos e a ação do autor do atentado.

Deputado brasileiro pede a suspensão de jogos violentos após ataque em escola

Em 2019 discussão sobre a influencia dos jogos em acontecimentos violentos voltou a tona no Brasil após um terrível massacre em uma escola na cidade brasileira de Suzano no estado de São Paulo. Após o corrido Hamilton Mourão, ex-vice-presidente da republica do Brasil e atualmente senador, afirmou que “os jovens estão muito viciados em videogames violentos”.

Esta não é a primeira vez que os jogos se tornam a primeira opção de culpa após um ataque deste tipo ocorrer no Brasil, porém em todos os casos recentes foi comprovado, após investigação policial ou exames psicológicos, que os executores dos ataques tinham algum problema psicológico ou possíveis fatores externos (incluindo bullying) que levaram estas pessoas a cometeres estes atos.

Lembrando que o resultado de uma pesquisa da Universidade de Oxford, publicada na Royal Society Open Science e conduzida por Netta Weinstein, revelou que não existe uma ligação que sugere que os jovens venham a se tornar violentos por causa dos jogos.