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    O que estamos a ver – 21 de Agosto de 2022

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Yurei Deco (07)

    Após semanas a receber casos para resolver, desta vez, os Yurei Detectives partem para um muito pessoal, dado que um dos seus membros decide descobrir se é verdade ou não o rumor do restaurante ambulante de ramen. O que distingue este de qualquer outro é o facto do seu cozinheiro conseguir produzir pratos com um requinte inigualável. A temática filosófica desde rumor foi bem interessante e que me deu pensar, porque acreditamos em rumores? Será por segurança? Por esperança? Ou simplesmente para dar um ligeiro abanão ao nosso quotidiano? Outro efeito muito interessante foi o nome de Mark Twain dar à costa enquanto Deus, dado que pertence a um dos maiores novelistas norte-americanos, o escritor da obra As Aventuras de Tom Sawyer.

    Orient -Segunda Temporada- (07)

    Musashi, e os seus companheiros Bushi, preparam-se para enfrentar o trio de Bushis maléficos e os enviados de Orochi. Como não podia deixar, o foco é o guerreiro ruivo que deve despertar mais uma vez a Obsidian Goddess no seu interior. Orient, gradualmente, deambula de onde começou, sendo que o tradicional espírito de aventura está a ser deixado de parte em prol de uma narrativa de ação que não para de receber conceitos, lutas e muita confusão. Tive a sensação que aconteceu tanta coisa sem acontecer nada.

    Tekken: Bloodline 

    Por fim, a mais que aguardada adaptação de Tekken para anime produzida pela Netflix entrou nos ringues e, a meu ver, não desapontou. A mesma essencialmente divide-se em dois arcos, a infância de Jin, e o torneio, tendo como base Tekken 3 (o indiscutível jogo mais famoso da série), embora certas inconsistências tais como Leeroy, Law, e Julia Chang e Ling Xiaoyu em formas mais adultas fossem incluídas na mesma. Foi refrescante assistir a eventos que apenas foram referidos nos jogos, ou seja, sabíamos que existiam, mas finalmente pudemos presenciar -ficamos a saber o porquê das chamas nas calças e tatuagem no braço do Jin por exemplo. A série também relatou muito bem o conflito interior entre o jovem, e como foi forçado a deambular entre os ensinamentos ternos da sua mãe, e a crueldade dos Mishima. Na verdade, achei este conflito interior bem mais interessante que muitos do torneio, dado que o senti extremamente apressado, sem demonstrar lutas ou motivações como do Yoshimitsu por exemplo. Felizmente a arte, as lutas e as suas coreografias foram fantásticas. Os lutadores foram representados ao detalhe, desde maneirismos, combos, até às próprias poses em combate, infelizmente um CGI leve por vezes deu-lhes um efeito um tanto artificial, mesmo se tratando de personagens de videojogos, e os “slow motion moments” foram demasiados, acabando por criar fadiga. Se são fãs do Torneio do Punho de Ferro vejam esta adaptação, está muito bem conseguida a assina brutalmente as OVAS de Tekken 2 e a patética live action de Tekken. Sem dúvida o melhor produto multimédia de Tekken, e uma das melhores adaptações de videojogos para anime. Por favor que façam o mesmo para Tekken 4 e adiante, até porque o final antevê uma possível continuação.

    Tokyo Mew Mew New – (07)

    Com todas as guerreiras em posse dos seus poderes, o grupo prepara para um contra-ataque contra os seus inimigos, enquanto desfruta de uma fama inesperada. Do lado dos extraterrestres, Quiche é questionado quanto à sua eficácia, e deixado de lado, para dar lugar a Tart e o seu companheiro que decidem utilizar métodos mais qualitativos na conquista da terra.  Este episódio deu-me imensas vibes da Sailor Moon clássica, isto porque após imensos planos falhados, outros inimigos surgem para ocupar o seu lugar.

    Jashin-Chan Dropkick X – (07)

    Jashin-chan parece que se tornou numa guia turística, isto porque após apresentar-nos o requinte cultural de Kushiro, neste episódio levou-nos até Obihiro, uma das principais cidades da ilha e província de Hokkaido, conhecida pelos seus campos verdejantes e ser um dos maiores pontos agrícolas do Japão. Enquanto a lamia demoníaca tenta enriquecer através de todo o tipo de artimanhas, Minos e as suas amigas trabalham numa quinta. Este episódio mais uma vez serviu de guia turístico revelando os principais destaques da região, equilibrando narrativas com o contagiante humor de gato e rato da série. Para os mais atentos tivemos uma referência fantástica a Saint Seiya.

    Quem sabe se este momento não se inspirou em Attack on Titan

    Uncle From Another World – (05)

    O Tio da SEGA volta a agraciar-nos com a sua presença, se bem que com menos referências aos jogos e máquinas da SEGA. Sinto que cada vez mais a série está a se deambular do que a celebrizou, e a abraçar mais o seu lado isekai. Embora tivéssemos uma fantástica referência ao “Wise fwom youo Gwave” de Altered Beast e como jogos japoneses mudaram radicalmente para se ambientar ao ocidente, o foco do episódio foi o mundo isekai do Tio. Sinceramente, espero que a série se concentre no presente nas máquinas e produtos da SEGA, e como 17 anos de ausência mergulham qualquer indivíduo num mundo de fantasia.

    Dragon Quest: The Adventure of Dai (2020) – (91)

    As minhas suspeitas confirmaram-se, visto que finalmente podemos conhecer a verdade por detrás do Vearn e as suas partes. Não deixa de ser fantástico como passados tantos acontecimentos, Dragon Quest: The Adventure of Dai consiga transmitir alguma coerência e fluência quer das suas personagens como situações, como sabemos este último arco sofre de imensos percalços. Se formos analisar o nome Mystvearn, faz imenso sentido, dado que encobriu o verdadeiro Vearn por detrás de um manto de mistério durante milénios. Realmente achei interessante como o Mystvearn, na verdade, são duas entidades e como um todo o Vearn é uma mistura de vários elementos. Por fim podemos afirmar com todas as certezas que a aventura do pequeno herói está na sua reta final, e que os próximos episódios ainda devem revelar-nos a verdadeira natureza do Gomechan -não me surpreenderia se fosse uma entidade ou estivesse ligado à mãe do Dai- e o regresso do Popp, todos sabemos que mais cedo ou mais tarde vai regressar garantidamente. Infelizmente o “ressuscitar” personagens para efeitos narrativos é o maior pecado desta grande aventura.

    Helder Archer

    Sandman

    Terminei de ver a série. Melhor do que esperava embora existisse potencial para melhor em termos narrativos. Gostei muito do ator Boyd Holbrook como Corinthian, foi das melhores interpretações da série que passa muito o vibe de produção inglesa.

    Halo

    Vi toda a série e gostei do que conseguiram fazer, a série consegue representar o jogo em que se baseia e deve agradar tanto a fãs de longa data como a novos.

    Para além de algum CG duvidoso em alguns momentos, a história secundária foi muito forçada, Yerin Ha interpretou uma Kwan Há irritante e toda esta parte da história foi claramente feita a pensar no publico asiático onde a produção sabe que pode ir buscar muito dinheiro.

    Ricardo M.

    Fullmetal Alchemist The Revenge of Scar

    Como já é habitual, os live action baseados em anime e mangá têm costume deixar um sabor agridoce. A primeira parte do capitulo final de Fullmetal Alchimist segue à risca a eliminação de Scar, o resistente “Ishvaliano” que dá seguimento à sua vingança contra os alquimistas do estado. Ao longo do filme desfrutei da interpretação e da caracterização dos personagens, ressaltando o famoso alquimista do aço (Ryôsuke Yamada) e de seu irmão Alphonse (Atom Mizuishi). As coreografias utilizadas durante os períodos de acção não são um problema mas sim os seus efeitos especiais, que como de costume soam a falso do princípio ao fim. Mesmo que não tivesse muitas expectativas, possivelmente por causa da minha visão deturpada sobre estas adaptações, não é de todo uma longa metragem privada de bons momentos, salientando especialmente o humor e os seus encontros energéticos contra Scar.

    Digimon Survive

    Digimon Survive – Análise

    Esta semana passei grande parte comprometido com Digimon Survive, e posso-vos garantir que a nova aposta visual utilizada para contar a sua história acrescentou um encanto à série de jogos Digimon. O objetivo do diretor Habu foi cumprido, parte das minhas decisões deixaram-me seriamente a pensar nas consequências que foram se originando com evolução da narrativa. Sendo este um jogo de sensações, os vínculos construídos entre as “crianças escolhidas” e os seus Digimons são deliciosas de analisar. No entanto, aponto uma nota negativa quanto ao seu combate que para além de pouco exigente torna-se repetitivo prematuramente.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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