Foi em junho de 2020 que nos cruzamos com o muito aguardado e antecipado The Last of Us Part II, um dos últimos grandes exclusivos PlayStation 4 e não ficamos desiludidos, aliás, foi o meu jogo favorito daquele ano, a sua história polarizante, toda a envolvência daquele mundo e o gameplay tornam The Last of Us Part II um jogo obrigatório. Passados mais de 3 anos chegou a vez de reviver a aventura de Ellie e Abby na poderosa Playstation 5 na forma de The Last of Us Part II Remastered.

Se não conhecem The Last of Us Part II remeto-vos para a minha review onde caracterizei o jogo como uma “montanha russa de sentimentos” retratada num jogo “Belo, Intenso e Visceral” que é absolutamente recomendado. Vou então em baixo concentrar-me nas melhorias que este The Last of Us Part II Remastered tem para oferecer.

The Last of Us Part II – Análise

Se já jogaram The Last of Us Part II na PS4 podem importar o vosso Save Game e desfrutar das novidades que foram adicionadas em The Last of Us Part II Remastered.

The Last of Us Part II Remastered Menu Portugal

O grande destaque vai para o modo “Sem Regresso“, onde o jogador é colocado numa série de combates aleatórios num modo roguelike. Vão ter assim sempre uma localização diferente, com diferentes adversários e modificadores de gameplay para testar a vossa perícia. Vão poder controlar vários personagens, alguns deles que nunca controlaram no jogo original, com características únicas para oferecer uma variedade de estilos de jogo. No final vão ter sempre uma luta contra um Boss.

Aqui vão ter vários modos, o “Modo de Assalto” onde grupos de inimigos surgem em vagas, o “Modo Caçada” onde têm de sobreviver à chegada continua de inimigos até ao tempo se esgotar, o “Modo de Resistência” onde têm de defender um aliado e o “Modo de Captura” onde têm de chegar a um local protegido.

Tudo começa no esconderijo depois de selecionar a personagem que querem e onde vão delinear o vosso plano até ao encontro final com o Boss. Começa uma contagem decrescente e é assinalado no ecrã o número de vagas que vão enfrentar. O confronto direto pode ser uma opção, mas a via furtiva consegue ter bom resultados, e é essencial explorar as redondezas à procura de armas e outros artigos.

Vão ter também acesso a “Tentativa Personalizada” onde vão poder personalizar as regras do modo Sem Regresso incluindo modificadores. Ao concluírem “Desafios” desbloqueiam permanentemente novas personagens, modificadores e inimigos.

Quando concluem o encontro não se podem esquecer de recolher as vossas recompensas para assim aprimorarem o vosso equipamento para o desafio seguinte e comprarem equipamento, até ao confronto final.

Como este é um modo roguelike, se morrerem, têm de começar todo o percurso de novo. O género roguelike ganhou popularidade dos últimos tempos, principalmente com os jogos Indie, mas reconheço que pode não ser do agrado de todos levanto até a muitas frustrações. Aqui em The Last of Us Part II Remastered temos uma grande variabilidade de jogabilidade introduzida pelas diferentes personagens e modificadores que são introduzidos aleatoriamente ou selecionados pelo jogador.

Nos extras vão ter desde o modo de tocar guitarra, à modificação de roupas, passando por alterações da aparência do jogo, modificadores de jogabilidade (com algumas batotas disponíveis), vão poder consultar os vossos tempos do Modo Contrarrelógio e desbloquear conteúdos únicos como modelos dos personagens. Claro está que para tudo isto vão utilizar os pontos que vão adquirindo no jogo.

Vão ter também à vossa disposição os “Bastidores“, vai ser aqui que vão encontrar os “Níveis Perdidos“, que vos vão permitir explorar versões de desenvolvimento inicial de três novos níveis que não apareceram no The Last of Us Part II original, são eles: Festa de Jackson, Esgotos de Seattle e A Caçada. Os níveis possuem comentários opcionais pelos criadores que recomendo ativarem, dando um maior insight sob a sua construção. Os níveis são relativamente curtos e esperava um pouco mais de gameplay.

Vão também encontrar aqui um trailer interessante e 4 episódios do Podcast Oficial de The Last of Us onde os criadores do jogo falam sobre vários aspectos do mesmo, como por exemplo o design dos personagens, o arco narrativo de Ellie, o arco narrativo de Abby e a conclusão da história. Vão poder também utilizar aqui os pontos que foram ganhando para desbloquear muita, mas mesmo muita, arte conceptual.

E por falar em comentários, algo que gostei de ativar nos “Bastidores” foram os “Comentários” da equipa de produção, dando uma nova perspetiva sobre as sequências cinematográficas, mas fica aqui o aviso que apenas estão disponíveis com o áudio em inglês.

Temos uma transição da PlayStation 4 para a Playstation 5 e tal como o “Remastered” no título indica temos um aprimoramento da qualidade visual do jogo. Vão ter à vossa disposição dois modos gráficos “Desempenho” e “Fidelidade”.

  • Desempenho: Equilíbrio entre resolução e taxa de fotogramas com renderização a 1440p e saída de vídeo com resolução ampliada para 4k com uma meta de 60 FPS.
  • Fidelidade: Privilegia a resolução em detrimento da taxa de fotogramas com a renderização e saída de vídeo com resolução 4K com uma meta de 30 FPS. Neste modo podem ativar a “Taxa de Fotogramas Sem Limite”.

Nas opções e a pensar nos mais pequenos vão também encontrar a opção “Carnificina” que podem reduzir para remover desmembramentos, cenas mais violentas e com sangue, e até remover alguma da nudez presente no jogo.

Como estamos a falar da Playstation 5 a utilização do Dualsense é bem notória e bem-vinda, desde o Feedback Háptico no combate corpo a corpo, a sensação de receber dano e até os efeitos climatéricos (chuva, neve, vento), passando pelos Gatilhos Adaptativos transmitindo uma maior sensação de imersão quando disparamos uma arma ou a Ellie utiliza o seu arco e sentimos resistência. Em menu têm a opção de configurar estas características e mais do Dualsense, ou se preferirem, até desativa-las, algo que não aconselho para desfrutarem em pleno deste The Last of Us Part II Remastered.

No que diz respeito a acessibilidade temos muitas, mas mesmo muitas opções que estão divididas em 6 grandes grupos, “Controlos Alternativos”, “Ampliação e ajudas Visuais”, “Cinetose”, “Navegação e Travessia”, “leitor de ecrã e Avisos Auditivos” e “Acessibilidade de Combate”.

The Last of Us Part II Remastered posiciona-se assim como a experiência derradeira de The Last of Us Part II, quem nunca jogou o jogo na PS4 tem aqui um jogo obrigatório para a sua PS5, e aqueles que querem voltar a reviver as aventuras de Ellie e Abby com gráficos aprimorados, uma maior imersão pelo Dualsense e gostam de uma experiência roguelike têm aqui uma boa desculpa para regressar ao mundo de The Last of Us, ainda para mais com um preço reduzido de upgrade. O modo Sem Regresso dá ao jogo um grande variabilidade e motivo para jogarem múltiplas vezes.

Os 3 níveis “Níveis Perdidos” são muito curtos e o roguelike pode não ser do agrado de todos, o que vai afastar aquele jogador casual que já jogou The Last of Us Part II.

Subscreve
Notify of
guest

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments