O Escritório de Patentes do Japão e a Agência de Assuntos Culturais revelaram que estabeleceram uma parceria com o filme CG de Space Pirate Captain Harlock que vai estrear no Japão a 7 de Setembro.
Tendo por base essa parceria serão colocados 40000 posters em locais públicos e escolas com a frase “Mesmo os piratas espaciais não perdoam a pirataria!”. O poster pede também para não comprarem materiais pirateados ou imitações.
O filme que é um remake da série anime foi produzido pela Toei Animation sendo até à data a sua produção mais cara, os custos vão ultrapassar os 30 milhões de dólares.
Estratégia contra a pirataria!?
You have no power here!!!
Eu perco completamente a admiração que tinha por alguém quando começam a falar contra downloads de conteúdo para uso próprio, justo e sem intuito de lucro.
Esse pessoal deveria largar esse tipo de estratégia, que é um tiro no próprio pé: no mundo atual é impossível alguém não ter ao menos UM conteúdo que viola direitos autorais no HD do PC. Desse modo acabam acusando e afastando o público que deveriam atrair para o cinema… logo, não é à toa que os cinemas reclamam da perda de público…
Deveriam abandonar, também, a ganância e admitir que o que ganham com as vendas de ingressos no cinema, merchandising, anúncios e patrocínios é mais que o suficiente para terem vidas luxuosas.
No entanto querem restringir o acesso até mesmo de quem nunca conseguirá esses conteúdos pelos meios oficiais, sendo que se oficialmente não lançam tal conteúdo em seu país, por exemplo, não perdem nem ganham se alguém o copia! Ainda assim, tentam todos os anos fortalecer as leis contra pirataria no âmbito mundial, com proteções ao conteúdo não só nos territórios onde são oficialmente distribuídos!
Enquanto muitos autores do Ocidente tendem a diminuir as restrições de acesso aos seus trabalhos e a aceitar a pirataria como mais uma forma de divulgação e homenagem, como no caso do Neil Gaiman (que em entrevista revelou que prefere que seus fãs leiam seus trabalhos pirateados do que que não os leiam de modo algum!), no Japão vemos cada vez mais essa escalada contra a pirataria de modo implacável, ameaçando condenar gente a pagar quantias absurdas ou mesmo correr o risco de ir presa por fazer downloads.
Não sei a situação em Portugal, mas aqui no Brasil os músicos tendem a cada vez mais deixar de lado a venda dos CDs ou de MP3 como forma prioritária de distribuição de suas músicas e disponibilizam suas músicas, seja para download gratuito ou em seus canais de Youtube, para quem quiser ouvir os álbuns de graça.
As próprias leis contra cópias no Brasil são bem flexíveis (sendo permitida uma cópia de um conteúdo protegido por leis de direitos autorais desde que não haja o intuito de lucro).
Ai de nós quando o modo como lidam com um assunto no Brasil é mais avançado que o modo como lidam com ele no Japão!
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P.S.: esperando esse filme estrear no PB, só por pirraça!
podiam vender o filme online, paga 10zão e baixa ;P