Goblin Slayer – ep 11 e 12: Que final bonito!

Depois de um longo tempo sem qualquer review semanal de Goblin Slayer e de o anime ter terminado recentemente, eu decidi fazer um post dedicado aos dois últimos episódios da série anime. Para além disso, irei também falar um pouco dos episódio que não foram comentado, visto que irá existir sempre algo interligado entre eles e também não se perde nada em relembrar um pouco do que foi Goblin Slayer.

Para começar vamos relembrar o que aconteceu nestes dois últimos episódios. Depois do Goblin Slayer ter encontrado um monte de pegadas de goblins numa das suas buscas matinais, o nosso protagonista prepara-se para enfrentar este enorme exército para poder proteger o seu lar e impedir que os goblins conquistem aquele lugar.

Nesta quinta, junto do Goblin Slayer, vive também a sua amiga de infância que, por tudo aquilo que sabemos acerca deste mundo, seria um dos maiores alvos destes goblins. Esta personagem, mesmo que não seja uma aventureira e que não consiga defender-se sozinha, acaba por ter um papel bastante importante na história. Graça a ela, o nosso protagonista vê-se obrigado a pedir ajuda aos membros da guilda aumentando assim as suas chances de vitória, salvando a quinta sem ter que se sacrificar para o fazer.

Dado tudo isto chegamos ao ponto onde pensamos se o Goblin Slayer iria ou não conseguir a ajuda dos membros da Gilda.

Mesmo que as pessoas ao seu redor o achem esquisito e louco por goblins (e mesmo que isso seja verdade) todos mostram um enorme respeito por ele, visto que o trabalho que ele faz, mesmo que pareça fácil, necessita de ser feito e dada a experiência e a fama que o Goblin Slayer ganhou ao longo do seu percurso este pedido de ajuda mostrou que o que vinha ai não seria nenhuma brincadeira de crianças. 

Através desta atitude do protagonista (que seria algo que até à relativamente pouco tempo ele não faria) e de outras coisas que foram acontecendo ao longo destes episódios podemos, então, ver a sua evolução ao longo de todo este percurso/jornada. 

Depois de várias aventuras, juntos de novos companheiros, conhecendo mais daquele mundo que não vive só à base de goblins ele conseguiu evoluir como guerreiro, mas principalmente como pessoa. Conheceu novas pessoas, aprendeu a confiar nos seus companheiros, visitou novos lugares, lutou contra diferentes inimigos e tudo isso fez o Goblin Slayer ser o homem que é hoje.

Entramos agora no ponto em que a alteração na ordem dos acontecimentos do material original desta obra se torna bastante importante. Como a maior parte de vocês já deve saber este ataque em massa feito pelos goblins à quinta onde o protagonista vive acontece no primeiro volume da light novel, ou seja, deveria ter sido adaptado lá para metade da serie anime.

Contudo, o diretor acabou por alterar a ordem destes acontecimentos para poder terminar esta serie anime com chave de ouro o que eu achei uma ideia de génio. Um final como este, que acabou por apelar muito mais para a parte sentimental focando principalmente na evolução do personagem, encaixa muito melhor como conclusão da história, como o fim de uma jornada que nós acompanhamos ao longo destes três meses.

Para além disso, o tempo que o espectador acompanhou as aventuras do Goblin Slayer foi muito maior dada esta mudança. Já rimos, já choramos, já vivemos de tudo um pouco com este louco por goblins, por isso o impacto que este final tem em nós é muito maior do que  teria se esta cena acontece-se lá para meio da série anime.

Vamos falar agora da batalha contra o exército de goblins. Foi uma batalha bem construída, com diferentes desafios para os membros da Guilda, desde paredes humanas (que não deixa de ser nojento, mas não chegou a ter nenhum exagero que me deixasse desconfortável ao assistir) a goblins montados em lobos (parece familiar não é?), mas mesmo assim com a estratégia do protagonista tudo acabou bem e os inimigos foram eliminados com relativa facilidade. 

Em termos de animação, não há grande coisa a dizer. A animação de Goblin Slayer nunca foi grande coisa, nada de cenas linda e super fluidas, apenas uma animação razoável com vários pormenores que poderiam ser melhorados. Mesmo assim este último episódio até foi dos melhorzinhos, animação muito mais constante e muito menos CG. Posso dizer que gostei, mas pronto é pena os restantes episódios não puderem ser assim.

Chegando então ao fim desta serie anime, vamos então dar inicio à minhas considerações finais e esperar por uma continuação que eu irei assistir sem sombra de duvidas.

Considerações finais:

História – 8/10

Uma boa história, focada num ponto de vista completamente diferente das obras do mesmo estilo. Achei bastante interessante a forma como os goblins são explorado neste mundo mostrando que mesmo aquelas criaturas que são considerandas fracas e que acabam por passar despercebidas podem trazer muitos porblemas para a sociedade.

Personagens – 8/10

Gostei, principalmente, do protagonista, um personagem frio, calculista, mas que não deixa de ter o seu lado mais “humano” e isso vai sendo mostrado ao longo da história. Temos também a Elfa, o Anão, e o Homem-Lagarto, que acrescentam uma maior dinâmica ao grupo e que  também são bastante engraçados. Por último a Sacerdotiza(1) que é muito fofa e que, mesmo que eu ao início preferisse a Recepcionista, ao longo da história fui gostando cada vez mais desta personagem.

Animação – 6.5/10

Para mim, que costumo dar notas altas, esta é uma nota que mostra bem que a animação foi o ponto fraco de Goblin Slayer. Tal como disse em cima, tivemos uma grande falta de cenas fluídas nas batalhas o que para este anime seria um ponto que iria aumentar e muito a qualidade da obra. Podemos também pegar pelas cenas do quotidiano nas quais eu valorizo bastante a consistência, mas pronto isso sou eu que sou meio esquisito.

Trilha Sonora – 8.5/10

Foi sinceramente um dos pontos que mais me agradou. Mesmo que não seja uma trilha sonora inesquecivel, conseguia trabalhar muito bem nas maior parte das cenas. Podemos até destacar as cenas de ação que foi onde a trilha sonora conseguia ainda mais impacto.

Nota final –8/10

No geral foi uma boa série anime, com alguns problema, como é óbvio, mas mesmo assim conseguiu trabalhar muito bem dentro daquilo que se propôs a mostrar. Foi sem sombra de dúvida uma das melhores do ano e por isso recomendo para as pessoas que estiverem á procura de uma história de fantasia, que lembra muito um jogo de RPG, que explora um ponto de vista diferente das outras obras, mostrando também algumas cenas mais fortes onde podemos ver muito bem que o mundo não é tão “bonito” como nós pensamos.

Algumas cenas interessantes: