De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.
Bruno Reis
Mushoku Tensei II (06)
Enquanto Elinalise continua a devorar os aspirantes a feiticeiros da academia de magia, Rudeus e Zanoba dedicam-se a tentar criar figuras dignas desse nome. Ao sentirem que chegaram a um impasse decidem contratar um anão, dado que esta raça é extremamente hábil a criar itens artesanais e para tal viajam até à um acampamento de escravos para o obter. Lá descobrem uma menina que foi abandonada, e devido ao seu passado, Rudeus acaba por a contratar para viver consigo na academia. Foi impossível não sentir vibes do Shield Hero neste episódio, todo o segmento da escrava anã foi extremamente parecido ao da Ralphtalia, inclusivamente o próprio ambiente. Ainda é cedo se Mushoku Tensei vai seguir a mesma via de Shield Hero, se a menina vai ser um plot device ou uma personagem para ser desenvolvida, ou se Rudeus sabe mesmo o significado de escravidão.
Zom100 Bucket List of the Dead (05)
Akira sempre desejou ser um super-herói (Sentai) desde criança e nada melhor que se tornar um durante um apocalipse zombie. Para conseguir sobreviver às dentadas dos zombies, este e Kencho viajam até a um oceanário do outro lado da cidade para obterem um fato extremamente robusto que é utilizado para os tratadores de animais alimentarem os tubarões. Evidentemente nem tudo corre como o previsto e o nosso amigo rapidamente é perseguido por um verdadeiro Street Shark, ou seja um tubarão que se tornou zombies porque consumiu zombies e estes vivem no seu interior -com pernas e tudo. É realmente fantástico o modelar e absurdo que Zom100 consegue ser e alcançar. A série consegue deambular entre o cómico hiperbólico e uma ação “over the top” sem perder a sua essência e sem manchar a sua narrativa, ambiente e personagens. Agora que Akira e Kencho absorveram tudo o que a sua cidade tinha para oferecer é tempo de viajarem para outras paragens com Shizuka também nesse encalço mesmo que tenha filosofias e um modo de encarar a vida bem diferente.
Rurouni Kenshin (2023) (07)
Kenshin caminha até à floresta para enfrentar Jin-e, salvar Kaoru, e confrontar o seu passado. Esta foi a primeira grande luta de Rurouni Kenshin, já que apresentou o seu primeiro grande vilão da obra. Na minha ótica o duelo não desapontou, aliás adorei as explicações de física mas técnicas de cada um dos esquartejadores e as falas adultas do Jin-e durante os imensos cigarros que fumava. Mais uma vez a atuação de Tomokazu Sugita imergiu para presentear os espetadores com um misto de loucura, compulsividade e até de camaradagem durante o seu último sopro de vida. Nunca na vida esta adaptação vai ter só 24 episódios.
Jidou Hanbaiki ni Umarekawatta Ore wa Meikyuu wo Samayou – (07)
Boxxo caiu num abismo e sozinho no meio de um enorme labirinto conhece um trio de diabos da Tasmânia. Foi divertido como estes pequenos amigos felpudos foram os únicos com uma pinga de senso comum, na verdade sempre achei como o Boxxo com três frases conseguiu comunicar com uma aldeia e arredores. Foi interessante assistir a desconfiança e cuidado que tiveram ao se aproximar de um elemento do exterior. Realmente só gostava de saber como a Lammy encontrou o paradeiro do Boxxo, visto que caiu num abismo e foi parar a uma dimensão paralela, não teve mesmo uma réstia de sentido.
Bleach: Sennen Kessen-hen (20)
Kenpachi e Yachiru batalham contra o quinto Sternritter numa das lutas mais moldáveis de Bleach até à data. A célebre frase de Dragon Ball Z citada pelos nossos atores de voz “ultrapassa tudo o que se pode imaginar” assenta que nem uma luva na caracterização de Zaraki neste episódio isto porque nem mesmo a imaginação décimo primeiro capitão é suficiente para derrubar a espada e a violência desta benevolente e imponente criatura. Tite Kubo se inspirou em John Wick, Afro Samurai e até Final Fantasy VII para conquistar o herdeiro do nome Kenpachi, mas a ficção não conseguiu levar de vencida este e a sua nova shikai. Para a semana preparem-se porque Zaraki vai revelar o seu aguardado bankai, um evento que também é aguardado num agosto repleto de momentos incríveis e diversas séries anime.
Ryza no Atelier – Tokoyami no Joou to Himitsu no Kakurega: The Animation (08)
Ryza recebe o seu segundo desafio. Desta vez a alquimista e o seu grupo recebem a missão de limpar os escombros nos arredores das muralhas da aldeia. Então produção? Qual foi a ideia de colocar a primeira quest mandatória quase no final da série? Começo a acreditar que esta adaptação é apenas uma introdução visto que em termos narrativos apenas animou três frases do jogo e Ryza parece que no final ainda está a tentar encontrar o seu lugar no mundo e no seu coração. Ah se a produção se empenhasse tanto na animaçao como se empenha nos planos exagerados e sugestivos das coxas e do busto da Ryza.
One Piece (1073)
Enquanto Luffy continua batalhar contra Kaido -com uma referência de todo o tamanho do Mask- os seus aliados também se inspiraram com a sua coragem e tentam a todo o custo extinguir o fogo que consumiu a ilha de Onigashima. Com base no diálogo de Kaido dei por mim a pensar, será que o Joyboy essencialmente é a imaginação do Luffy que transbordou? O futuro Rei dos Piratas luta essencialmente para conquistar a sua liberdade, será que a Gear 5 é sua manifestação de liberdade? Se formos a analisar faz imenso sentido porque não existem limites para a imaginação e esta transformação está a revelar esse efeito ao ponto de moldar até o ambiente à sua volta. Penso que todos temos um Joyboy dentro de nós, um ideal de liberdade e inocência que molda a nossa e realidade de quem nos toca. Também achei interessante como Luffy se inspirou num dos elementos de Enel durante esta luta e como este esteve intimamente ligado com a Gear 5.
