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    O que estamos a ver – 13 de Agosto de 2023

    De uma forma resumida, falamos um pouco sobre o que vimos e deixamos o convite para em baixo nos comentários dizerem o que viram e jogaram na última semana.

    Bruno Reis

    Mushoku Tensei II (05)

    Rudeus e Elinalise finalmente chegam à academia de feiticeiros e no local são recebidos por um misto entre o passado, presente e futuro do jovem Greyrat. Este episódio trouxe novamente à ribalta um sentimento que detesto, mas que infelizmente continua a existir num sem fim de media de entretenimento. Se o espectador é servido com a resolução de um mistério antemão esse mistério não só deixa de fazer sentido como perde o fator surpresa ou torna-se muito artificial. Tudo me leva a crer que no Japão desde que a personagem desconheça quem se esconde ou o que esconde que o espectador também sentirá o mesmo efeito quando for revelado. Em The Legend of Heroes Trails from Zero, tivemos este elemento quando muito precocemente foi revelada a identidade da personagem Yin. No jogo seguinte em The Legend of Heroes Trails to Azure essa identidade é revelada, mas o fator desapareceu porque o jogador já sabia quem era por isso era mais uma questão de quando ao invés de quem. Em Mushoku Tensei quem assistiu ao episódio 0 da segunda temporada não só sabe quem a verdadeira identidade de Fitz, porque atua daquela forma e porque protege a princesa. A exibição do episódio 0 matou por completo mistério em redor da nova personagem, uma pena porque creio que o espetador teria o mesmo choque que vai ter Rudeus quando descobrir. Fitz parece ser o amigo que o jovem feiticeiro deveria ter conhecido na sua infância e esse sentimento é descrito quando a personagem não guarda rancor e apela à razão e age com respeito e maturidade. Rudeus finalmente avançou com a sua vida só é pena que a produção tenha avançado demasiado com algumas revelações. A todos deixo a recomendação para evitarem assistir ao episódio 0 quando eventualmente fizerem binge. A meu ver acho este teria mais sentido se fosse inserido mais tarde na obra.

    Rurouni Kenshin (2023) (06)

    Os dias parecem que voltaram a normalidade no dojo Kamiya Kasshin, Yahiko continua a treinar, Kenshin a tratar das lidas da casa e a levar com peixes assados na cara e Sanosuke se juntou ao grupo para encontrar mais brigas. Contudo, desta vez o guerreiro dos punhos de ferro parece que não se vai esforçar muito para encontrar um adversário. Isto porque este e Kenshin são contratados pela policia para proteger um politico que caça membros anti-imperialistas, desde órgãos do governo a guerreiros que ajudaram a criar um período de relativa paz. Um dos grandes destaques deste episódio na minha opinião foi o próprio Jin-e, muito devido à genial intepretação de Tomokazu Sugita. Este Seiyuu continua a ser um dos mais talentosos e moldáveis da atualidade, dado que consegue encarnar personagens cómicas, sérias e diabólicas como vimos neste episódio. A par do Joseph velho este é o papel mais fora da sua zona de conforto que assisti. Outro fator muito interessante deste episódio é o começo do romance entre Kenshin e Kaoru, foi muito ao de leve mais já deu para sentir que a jovem já nutre sentimentos pelo samurai errante.

    Jidou Hanbaiki ni Umarekawatta Ore wa Meikyuu wo Samayou – (06)

    O grupo de Lammy parte para uma missão para conquistar um campo de sapos monstro num pântano. Boxxo ao longo destas semanas tem sido o elo que uniu o grupo, mas neste episódio descobrimos as ligações que desenvolveu em todas as outras personagens. Sentimos que no início estes estão dispersos, diria mesmo retalhados quer em relações como tarefas. Contudo, devido às intervenções de Boxxo, o grupo também escutou a sua coragem e valor e estes 25 minutos foram um testemunho deste crescimento. O mesmo podemos dizer do próprio boxxo que conquistou um crocodilo gigante através de toda a sua mestria e todos os “paradigm shifts” que desenvolveu até ao momento.

    Crocodilo explode fica logo num fóssil

    Bleach: Sennen Kessen-hen (19)

    Enquanto Ishida presencia uma execução violenta e sem moral dos seus aliados, Rukia dá de caras com um inimigo que faz do medo a sua principal arma. lembram-se de uns tempos atrás vos dizer que nesta parte Bleach era bem diferente das anteriores, por apresentar mais violência, um ambiente mais sério e momentos perturbantes e gráficos? Pois bem foi devido a estes capítulos. Este inimigo do exército branco começou por encarar Rukia como um mulher frágil e indefesa que fugia do seu próprio medo. Contudo, e como sabemos Rukia viu e viveu demasiado ao ponto de “sentir morta” para se deixar levar com uma energia tão primitiva e biológica. Ao despertar o seu poderoso novo Bankai também consegue finalmente o que sempre desejou, o respeito do seu irmão. Este foi um efeito muito breve mas sentido quer pela personagem como pelos espetadores que acompanharam o seu percurso. Bebam o shot cada fez que ouvirem a palavra “medo” neste episódio.

    Ryza no Atelier – Tokoyami no Joou to Himitsu no Kakurega: The Animation (07)

    Klaudia deseja fazer parte do trio dos pestinhas de Kurkhen e como tal confronta o seu pai para que possa participar em aventuras. Para garantir que o grupo pode protegê-la nestas decide colocá-lo à prova numa série de tarefas, enquanto Ryza tenta convencer Lila a entrar num desfile de moda. Já há algum tempo tinha esta suspeita e penso que agora se confirma, esta adaptação do primeiro jogo de Ryza vai se focar na apresentação e desenvolvimento das suas personagens. Tudo aponta que a história -mesmo que diminuta- não vai ser narrada visto estarmos a mais de meio da série e praticamente só tivemos a criação do atelier. Se estiver enganado daqui em diante o ritmo vai ser muito apressado e desconexo.

    One Piece (1072)

    Finalmente tivemos o verdadeiro episódio do despertar da Gear 5, na semana passada relatei que este despertar tinha sido um pouco aquém devido a algum rido e repetição. Felizmente esta semana posso dizer-vos com toda a certeza que igual ou até ultrapassou outras transformações icónicas de shonen devido a ser uma das mais orgânicas que assisti até ao momento, parece estranho mas passo a explicar. O Joyboy sempre existiu em One Piece quer implicitamente como através de outras pistas. Luffy por onde passou sempre devolveu alegria e sorrisos aos seus habitantes, essa é a verdadeira natureza do Joyboy e a liberdade que introduz. Ao contrário das transformações shounen, onde um poder descontrói o desenvolvimento de personagem a Gear 5 é um verdadeiro testemunho de não só da personalidade desta como os seus poderes são também uma extensão sua, daí que esta transformação já se tornou numa referência. Contudo, o verdadeiro momento que senti nesta não foi no anterior episódio, mas sim neste. Quando Luffy quase morreu, e envelheceu muitíssimo rápido, para recuperar o seu mais recente poder lembrou-se de todas as promessas que fez a algumas personagens secundárias, através da sua resolução recuperou o seu poder. A animação que até apresentou por segundos um Luffy “realista” (por Bahi JD), a banda sonora, e a genial interpretação da seiyuu do Luffy, Mayumi Tanaka cimentaram este como um dos momentos que certamente será referido para todo o sempre dentro e fora de One Piece.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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