Mais...
    InícioAnimeSegredos Ultramarinos - Island Episódio 4

    Segredos Ultramarinos – Island Episódio 4

    A pedido de Karen, Setsuna decide cooperar com o seu plano de fugir da ilha. Apesar de a legenda, no terceiro episódio, ter dado a entender que haveria algo mais “quente” entre eles, tudo não passava de um plano de fuga há muito protelado por Karen, que em desespero foi capaz de sugerir ao rapaz aquilo que já vimos e julgamos, assim creio, não ser necessário tocar no assunto de novo. Certo? Agora, com a ajuda do Setsuna, ela provavelmente seria banida de Urashima, posto que fugiria da ilha com alguém fora da realidade da mesma, contrariando assim a tradição daquelas famílias. No quarto — sim, literalmente no quarto — episódio, Setsuna foi muito solícito para com Karen, além de suas amigas, irmão e conhecidos, que, posteriormente, ajudaram-na nessa empreitada. Karen, como parte da tradição da ilha, casar-se-ia com Harisu, fazendo o gosto de seu rabugento pai, mas, como tinha decidido sair de lá para definitivamente encontrar sua mãe, tal casamento não iria ocorrer. Não mesmo.

    Quando Karen estava prestes a ser oficialmente mulher do delegado, Setsuna interrompe a cerimônia, para o espanto dos convivas, fazendo-se revelar a todos, inicialmente, com uma máscara (em seu rosto, é claro). Depois de ter dado as caras na cerimônia — ou seja, sem máscara agora —, Setsuna pega a noiva e foge com ela para realizar o sonho dessa preciosidade, da minha, da nossa cara Karen. Só repareis na felicidade estampada em seu rosto ao fugir de motocicleta com o Setsuna. É ou não é gratificante ajudar alguém? Sim, é.

    Com a preciosa ajuda de seu irmão e amigos, Karen consegue pôr seu plano em andamento. Graças a distração do Setsuna, ambos caem num barco que, por sorte e zelo, tinha sido preparado justamente para essa fuga. Seu irmão, a par de todo o plano, havia preparado tudo para que tudo, absolutamente tudo corresse bem. E correu. A mocinha foi ao mundo daquele tal cachorro-robô, viu com seus próprios olhos um novo mundo, mundo esse que sua mãe escolhera viver. Neófita em matéria de Oriente, contente com cada novidade vista, passava a cada passo a apreciar esse mundo novo. Suas reações, feições e trejeitos eram o reflexo duma sonhadora a ver quimeras vestidas de realidade, a ver sonhos robustos de concretude, a ver, na simples contemplação das coisas, os “manjares” duma sociedade moderna. E olha que estamos falando do século XX ainda, hein! Enfim, a rebelde de causa nobre, em seu percurso citadino, viu o que se espera ver numa cidade: carros, prédios, lojas diversas etc. Sua mãe era a única a quem faltava ver e ansiava por vê-la. Só que antes de irmos a esse encontro, vejamos um pouco de seu passeio ao lado do Setsuna pela cidade nipônica (qual?), cujos encantos em nada ofuscaram o brilho da radiante Karen.

    Seguindo o mapa dado por Subaru (irmão de Karen), vão eles em busca de uma estação de trem, com o intuito de chegar à localidade onde se encontra a mãe da nossa jovem aventureira. Pelo caminho, Karen nota não está trajando as roupas típicas das garotas da cidade e da sua idade. Enquanto Karen pensava alto, Setsuna tenta deixá-la mais confortável com a diferença existente entre ela e as meninas da cidade, dizendo que ninguém a estaria observando, gerando nela o efeito oposto. E após ouvir de Karen uma recomendação muito sábia — para namorados e homens casados —, Setsuna vira o jogo e levanta o moral e a autoestima da “fugitiva” com uma afirmação nada criativa, mas bastante eficiente. Embora o Setsuna seja meio bobão às vezes, sua espontaneidade garante-lhe alguns pontos de estima. Para constatar isso, basta ver seu esforço em ajudar a Karen ou a Rinne quando ela mais precisou. Rinne já foi ajudada. Agora temos ela, a radiante e vívida Karen, ávida por sua mãe, uma mocinha de coração valente que há muito conquistou este que vos escreve.

    Falando em conquista, já se perguntastes qual casal é de vosso agrado? Eu já tenho o meu. Não me digais que vós não tendes algum. Eu mesmo não acredito nisso. Bom, o mais importante é a aventura da Karen, não é mesmo? Então, voltemo-nos a ela. No decorrer deste episódio, muita coisa me passou pela cabeça. A primeira foi em relação ao banimento dela da ilha. A isso eu nem dei credibilidade, porque, a meu ver, a ilha sem Karen seria como a Terra sem Sol. Ou seja, não teria vida. Mas a Terra sem Lua… Eu gosto da Rinne (ela seria a Lua), mas não tanto quanto gosto da Karen. A segunda foi a presença do irmão de Karen na ilha, esboçando uma grande mudança que se avizinha. E seus primeiros sinais deram-se na união das pessoas em virtude da concretização do sonho de Karen. A ilha tem costumes ultrapassados — os quais devem ser mudados. E Karen foi a primeira a principiar essa mudança. Em breve, ela verá a razão pela qual sua mãe decidira sair da ilha Urashima. Encarará a realidade dum modo surpreendente. Não há como ficar indiferente a uma criatura tão luzente. Não mesmo, minha gente.

    Na foto acima, os dois parecem um belo casal, não? Na imagem em questão, eles estão indo pegar um trem. Afinal, o objetivo da aventura é encontrar a mãe de Karen.

    Já no trem (sim, eles não ficaram só olhando, eles também entraram), partem ao encontro tão expectado por Karen. Havia um livro que sua mãe muito lia e apreciava. Sua filha o tinha nas mãos, pois sabia do apreço que sua mãe tinha por ele. Passado algum tempo sobre os trilhos, os dois acabam adormecendo, mas antes de chegarem ao local de desembarque, acordam, obviamente. Já fora do trem e a pé, vão ao local em que se encontra a mãe de Subaru e Karen, segundo o mapa daquele. Karen, antes disso e segundos depois do desembarque, mostrou-se um pouco apreensiva para consigo. Não tinha certeza se sua mãe apreciaria a sua visita. Não sabia o que diria ao vê-la, ou melhor, ao revê-la. Setsuna, como todo bom amigo, tira ela desse caminho tortuoso de dúvidas e a puxa pela mão, lembrando a ela da irrelevância desses pequenos detalhes frente a tudo que fizeram para chegar aonde chegaram. Após uma certa andança, uma triste realidade: sua mãe havia morrido. O tom outonal do ocaso junto com as lágrimas da Karen ao ver aquilo me foram uma espécie de poesia triste. Fugindo um pouco da análise, dar-vos-ei uma recomendação: nunca assistais ao filme A Vida é Bela, pois é mais triste ainda.

    De volta à análise, de repente, enquanto ruminava a dor da perda e a certeza da falta irreparável de sua esperada mãe, uma nova personagem chamada Yamabuki Momoka, ex-aluna de Nakamiya Sueharu (Kurutsu Natsumi), desponta em meio a dor sofrida por Karen, deixando-a “confusa” com sua calorosa, animada, alegre e agitada abordagem.

    Karen descobre, por intermédio de Momoka, que sua mãe era uma geóloga marinha e que fez uso do nome Nakamiya Sueharu para poder publicar suas pesquisas e lecionar numa universidade. Muitas foram as obras de Nakamiya, ou melhor, de Natsumi que obtiveram reconhecimento por parte da comunidade científica. Ela, graças ao pseudônimo adotado e a cientificidade que corria em suas veias, rapidamente ascendeu ao zimbório dessa mesma comunidade, e Karen, ao tomar conhecimento disso, só tinha orgulho das grandes realizações de sua estimada mãe. Setsuna até tentou saber o motivo principal da saída de Natsumi da ilha, mas, por razões confidenciais, Momoka viu-se impedida de dizê-lo. Ao menos, pelo que foi até então revelado, sabemos apenas que a ilha não daria o suporte necessário para que Natsumi fosse capaz de desenvolver suas atividades. Urashima não lhe daria todo o aparato tecnológico necessário às suas pesquisas. Quanto ao resto que não nos foi revelado, resta-nos torcer para que tudo seja descortinado o quanto antes.

    Karen, antes de partir, pergunta à Momoka se sua mãe estava feliz, se era feliz, e ela, Momoka, afirma que sim, e que o arrependimento de ter deixado sua filha na ilha era a única coisa que toldava a felicidade de sua admirável sensei. Sua mãe nunca a esqueceu. E isso fez Karen perceber o amor de sua mãe para com ela, para com sua filhota da ilhota Urashima.

    A caminho de pegar o barco (sim, aquele mesmo barco), Setsuna e Karen avistam uma loja de conveniência. Ele diz a Karen para que ela se anime, visto que ele estava disposto a comprar o que ela quisesse. Como Karen não é nada boba, sai em disparado em direção à loja, e a razão de sua empolgação eminente é bem patente, não? Em Urashima, não há lojas semelhantes, quer dizer, eu mesmo não vi loja alguma lá, embora eu creia que deva haver sim, mas nenhuma com a mesma variedade de coisas que há no comercio oriental. Só repareis na imagem abaixo e julgueis se tenho ou não razão em dizer que a variedade de cousas vendidas justifica a grande empolgação da Karen.

    Terminadas as compras, os dois empregados da família Kurutsu vão ao ponto de embarque, tendo por destino a nossa já conhecida ilha. Chegando lá, são recebidos por Kurutsu e Subaru, além das amigas de Karen, que não perdem uma chance de fazer troça da querida amiga “rebelde”.

    Setsuna, ao voltar para a casa de Rinne, depara-se com uma grata surpresa: Sara estava, na sua ausência e na ausência de Karen, a fazer as tarefas que ambos faziam, demonstrando assim uma determinação em ajudar seus amigos para além do comum.  Sara constata que tanto Rinne quanto Karen haviam mudado, mas ela em nada mudou, assim pensava com seus botões, enquanto tirava uma bandeja que estava defronte à porta do quarto de Kuon, que a abre e vê o aparente abatimento da pequena, perguntando a ela o que havia acontecido, e Sara responde “Se eu tivesse meu poder de volta, poderia fazer algo sobre a doença dessa ilha”. “Você está sempre se esforçando, Sara-chan”, diz Ohara, marejando os olhos da miúda com essa afirmação mais do que justa.

    Já fora de lá, mais precisamente, em frente ao templo e sob forte chuva, Sara demonstra-se não satisfeita com todo o seu esforço despendido para o bem de seus amigos. Ela, pelo visto, quer mais, quer ir além, dizendo a si mesma “Eu não tenho tempo a perder”. As coisas vão ficar ainda mais agitadas no próximo episódio (eu acho), porque temos agora mais um personagem dentro da ilha, que é o irmão de Karen, o qual vê a necessidade de mudanças na ilha, tomando para si a responsabilidade dessas mudanças.

    Para finalizar, vistes a idade atual da Sara? E eu que pensava não ter ela mais do que dez anos idade. Agora tudo faz sentido! Bem, quase tudo. Enfim, este é o fim. Que a verve otaku esteja convosco! Que este anime anime vosso espírito! Desejo-vos um ótimo fim de semana! Inté!

    Análise semanal por Otaku Safado.

    Helder Archer
    Helder Archer
    Fundou o OtakuPT em 2007 e desde então já escreveu mais de 50 mil artigos sobre anime, mangá e videojogos.

    Artigos Relacionados

    Subscreve
    Notify of
    guest

    0 Comentários
    Inline Feedbacks
    View all comments
    - Publicidade -

    Notícias

    Populares