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    TOP 3 Jogos de 2022 – Bruno Reis

    Não vai incluir as escolhas mais populares

    2022 foi um ano de muitas mudanças e condicionantes na minha vida. Como atualmente desfruto de uma condição financeira mais favorável, tive de fazer alguns sacrifícios para a manter. Como seria de esperar, o tempo dedicado aos videojogos foi reduzido e se juntarmos à equação a minha vida pessoal e a nossa dedicação ao site, este efeito foi muito mais sentido ao longo do ano. Contudo, e como não ainda não possuo consolas da nova geração, naturalmente que ficaram de fora desta lista jogos como Horizon Forbidden West ou God of War Ragnarök. Julgo que só a partir de 2023 este dueto poderá ser desfrutado na minha plataforma de eleição, que como sabem é o PC. Estes eventos acabaram por produzir uma “regressão”, ou seja, um efeito contrário ao síndroma “PC Gamer” que acreditem já senti em diversas ocasiões no passado. Sem mais demoras vou apresentar-vos o meu “TOP 3 de jogos de 2022”, que realmente mais parece de saído de duas décadas atrás porque apenas posso relatar o que joguei.

    The Legend of Heroes: Trails from Zero

    Tal como relatei nas Conversas Otaku e em outras instâncias, The Legend of Heroes foi uma das séries que tive o prazer de descobrir por fazer parte da reação do OtakuPT. Um Bruno muito reticente há uns anos resolveu aceitar o desafio que consistia em escrever uma análise sobre The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel II. Isto porque como muitosjogadores, esta série passou-me completamente ao lado ao longo dos anos, julgo que um título demasiado genérico também não lhe faz justiça. Desde que a descobri e deslumbrar-me pelo seu magestoso world building, tornei-me num fã ávido, ao ponto de jogar os capítulos anteriores que incluíram a duologia de Crossbell, um feito que apenas os jogadores no PC puderam desfrutar pelo trabalho e a dedicação dos seus fãs.

    Durante anos -talvez mesmo uma década- que os exigíamos que a NIS America trouxesse para o ocidente o jogo The Legend of Heroes: Trails from Zero para o PC e para as restantes plataformas. O apelo e consequente vitória dos fãs teve lugar durante o concerto online dos 40 anos da Nihon Falcom Corporation quando foi anunciado que finalmente a duologia de Crossbell viajaria para o ocidente junto de The Legend of Heroes: Trails into Reverie.

    The Legend of Heroes: Trails from Zero – Análise

    The Legend of Heroes: Trails From Zero, é cronologicamente o quarto episodio da série. Quem jogou a quadrilogia de The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel sabe da importância que este jogo tem na sua narrativa. Isto apenas na sua superfície, porque o jogo possui indiscutivelmente o melhor elenco de personagens da série. A sua história e twists são dos mais surpreendentes, não só da desta como também no seu género. Ao passo que os capítulos seguintes vão girar em torno de Rean Schwarzer, aqui sentimos que todas as personagens possuem uma história e um propósito, o que lhes garantiu uma posição tão importante como a do herói da história, Lloyd Bannings. Ellie, Tio e Randy partilham as também as mesmas motivações e ideais de justiça, o que lhes transmitiu uma dimensão própria ao invés da Class VII, que é imensa, mas alguns membros parecem apenas fazer número. Quanto à história podem contar com uma narrativa adulta e paralela à nossa realidade, visto que muitos dos elementos encontram-se patentes. Corrupção, organizações criminosas, raptos e trafico de humanos, fanatismo religioso e drogas, estes são apenas alguns condimentos do que espera num jogo essencial para qualquer fã de Jrpgs.

    Crisis Core Final Fantasy VII Reunion

    Surpresa! O próximo jogo desta lista também recebeu lançamento originalmente para a PlayStation Portable. Crisis Core Final Fantasy VII é um título que foi lançado em 2007 para a consola portátil da Sony, por isso Crisis Core Final Fantasy VII Reunion é essencialmente um remaster do mesmo. Na verdade, nem sei bem categorizar se é uma remasterização ou um remake, isto porque em diversas instâncias no departamento visual fica muito próximo de Final Fantasy VII Remake. O jogo atua como uma prequela deste e do Final Fantasy VII clássico de 1997. No mesmo encarnamos Zack Fair um SOLDIER 2nd Class que é mergulhado numa conspiração pela sua entidade empregadora, a Shinra Electric Company. Quem jogou ou conhece Final Fantasy VII sabe da importância que este jogo possui na sua narrativa -acredito que tenha implicações futuras em Final Fantasy VII Rebirth– porque é onde surge Cloud Strife e mergulhamos a fundo nas motivações de Sephiroth, e o que o levou a libertar a sua fúria sobre a pacata aldeia Nibelheim. Neste departamento o jogo manteve a sua essência, ou seja, a história não sofreu mudanças para se equiparar a Final Fantasy VII Remake. No entanto quando passamos para os restantes elementos encontramos diversas mudanças. A mesma “IU” de Final Fantasy VII Remake, uma jogabilidade mais rápida e intuitiva, modelos de personagens e cenários atualizados com o motor Unreal Engine 4 e todo o jogo com áudio nas personagens principais e NPCS. Se forem muito além das limitações que este título infelizmente possui através da sua herança portátil, podem crer que estão perante uma das melhores personagens e histórias da série Final Fantasy. Não hesitem e ativem o vosso “COMBAT MODE” incansavelmente, não se vão arrepender.

    God of War (2018)

    Realmente parece um paradoxo encontrar a primeira parte de God of War nesta lista quando a segunda para muitos leitores foi o seu jogo de 2022. Porém como a mesma só deve chegar ao PC em 2025, apenas pude voltar a desfrutar da primeira através de uma análise. Em boa hora o fiz porque quando um jogo que terminámos anteriormente nos faz sentir exatamente o mesmo, sabemos que estamos perante de algo muito especial. Como não fosse bastante, a história de Kratos recebeu um novo requinte visual no PC através de um sem fim de novas opções visuais que lhe garantiram uma fidelidade muitíssimo superior.

    God of War (PC) – Análise

    Menções Honrosas

    Marvel’s Spider-Man Remastered

    Estamos diante de mais um jogo da PlayStation que recebeu uma nova casa noutra plataforma. Muito do que disse sobre esta jogo podem encontrar na minha análise, mas passo a resumir os seus pontos fortes. Marvel’s Spider-Man Remastered é um jogo que nos faz mesmo sentir como um super-herói. A jogabilidade é de tal forma orgânica e intuitiva que se molda na perfeição com todos os seus elementos, desde as missões do jogo até à própria narrativa e caracterização e dimensão das personagens. Se adicionarmos um grafismo polvilhado com dezenas de opções visuais que incluem suporte ao Ray tracing e outras opções técnicas modernas podem crer que temos a melhor port da PlayStation para o PC até à data.

    Marvel’s Spider-Man Remastered (PC) – Análise

    The King of Fighters XV

    The King of Fighters XV é um jogo que tem presente no seu DNA o indomável espírito das arcadas dos anos ’90. Mesmo que se trate de um jogo de 2022, os seus elementos e mecânicas são uma verdadeira carta de amor para quem alimentou máquinas das arcadas com moedinhas de 50 escudos. O título resgata mais de 50 lutadores que incluem um misto entre novos e veteranos e reúne os heróis dos arcos anteriores nomeadamente, Kyo Kusanagi, K’ e Ash Crimson e põe um ponto final no arco atual. Este efeito a meu ver foi o maior ponto negativo para a história do jogo, visto que por vezes a mesma se contradiz e é confusa. Devido a esta vertente, as suas conclusões são demasiado simples ilustrações acompanhadas por áudio muito ao estilo do antigamente. Claro que a maior qualidade de The King of Fighters XV está presente nos seus modos competitivos, ou seja, nos modos online. São nestes que encontramos todo o requinte do jogo, porque além de ser robusto é incrivelmente intuitivo quer para fãs como novatos nos ringues do “Fighting Entertainment”. Se não receberam o vosso convite para participar na sua décima quinta edição deixo desde já a sua recomendação.

    Stray

    Stray foi um jogo que captou os olhares e atenções de qualquer jogador desde que foi apresentado. O mesmo coloca os jogadores no papel de um felino que foi mergulhado numa cidade distópica onde pequenos robots persistem. Estes partilham o seu mundo com pequenas criaturas que se alimentam de qualquer espécie, seja mecânica ou orgânica. O grande destaque desta aventura é o facto dos jogadores se projetarem para a dimensão e características de um gato. Isto porque na perspectiva de um destes animais, alcançar uma plataforma encima de um teto ou acionar um interruptor atrás de uma rede pode ser uma verdadeira aventura. Se adicionarmos a sua agilidade, individualidade e uma história filosófica podem crer que não só estamos perante de um dos melhores e mais originais jogos do ano como também de uma das melhores experiências quer para humanos como para felinos. Nem mesmo os nossos amiguinhos felpudos ficaram indiferentes ao nosso corajoso gato laranja.

    STRAY – Análise

    Como podem ver grande parte desta lista são experiências do passado que se canalizaram para o presente através de relançamentos. Podem crer que fiquei mesmo reticente se devia ou não escrever esta edição. No entanto, decidi fazer não só para manter a continuidade como também para relatar algo que não sentia há imenso num videojogo. Este “regressar” fez-me sentir novamente aquele fulgor e entusiasmo pelos Jrpgs que julgo que se perdeu, porque diversas produtoras se deixaram levar pelos elementos ocidentais. Na minha ótica o grande requinte deste jogos emerge quando as suas personagens e histórias são assentes pelo seu mundo e identidade, sem apelarem a elementos ou características exteriores. Também jogar novamente títulos com quase duas décadas fez-me perder aquele destaque desnecessário para os visuais e gradualmente perder o síndroma de “PC Gamer”, ou seja, não reduzir ou apelar jogos e outras experiências pelo seu portefólio técnico, nomeadamente resoluções, taxas de fotogramas, e outros elementos gráficos. Acredito que muitos dos nossos leitores já tenham sentido este efeito anteriormente e mesmo que não seja consciente de uma forma ou de outra tenham sentido inconscientemente. Daí que é importante de vez em quando lavar a vista e abraçar a simplicidade e o requinte de experiências passadas num mundo em constante mutação repleto de números e outros detalhes técnicos que por vezes encobrem experiências incríveis, muitas das quais nos fizeram abraçar por completo esta indústria numa época onde não era tão badalada ou equiparada a filmes ou outras superproduções.

    Bruno Reis
    Bruno Reis
    Vindo de vários mundos e projetos, juntou-se à redação do Otakupt em 2020, pronto para informar todos os leitores com a sua experiência nas várias áreas da cultura alternativa. Assistiu de perto ao nascimento dos videojogos em Portugal até à sua atualidade, devora tudo o que seja japonês (menos a gastronomia), mas é também adepto de grandes histórias e personagens sejam essas produzidas em qualquer parte do globo terrestre.

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    Lucius Artorius Pendragon
    Lucius Artorius Pendragon
    25 , Dezembro , 2022 20:32

    Dos que joguei foram:
    Valkyria Chronicles 3 E2
    Elden Ring
    Final Fantasy 7 Intergrade

    Zero no Kiseki é um jogo incrível e bem subestimado. Considero ele um dos melhores da franquia (melhor que todos Coldsteel/Hajimari/Kuro). Joguei faz um bom tempo mas ainda me recordo de como o worldbuilding e a história eram fenomenais e não uma bagunça completa. Acho que o único ponto fraco são os personagens mas não chega a ser tão ruim quanto o Coldsteel, já que a galera da SSS participa mais dos eventos, ao invés de ficarem por aí enquanto o protagonista anda sozinho. Yin Best Girl.

    Last edited 1 ano atrás by Lucius Artorius Pendragon
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